Universidade Livre do Meio Ambiente leva projetos de recuperação de biomas para COP 28 em Dubai

A Universidade Livre do Meio Ambiente, Unilivre, estará presente na conferência do clima, a COP 28, com soluções de recuperação e preservação de ecossistemas. Realizado pela Organização das Nações Unidas, o evento acontece de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes, e vai discutir e organizar estratégias para reduzir os impactos das mudanças climáticas representantes de todo o planeta

A Unilivre é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que apoia e apresenta soluções sustentáveis, com abordagem também nos temas culturais, sociais e econômicos.

Durante a COP 28, os técnicos da organização, o engenheiro civil Paulo Henrique Ferrarini, o biólogo Durval Nascimento Neto e Cristiano Cavali, engenheiro civil especialista em Gestão Ambiental e Mestre em Ciências Geodésicas, vão apresentar três projetos de recuperação e conservação da biodiversidade que envolvem ações no rio Araguaia, no rio Iguaçu e no Alto Xingu.  

O projeto Juntos pelo Araguaia já está em execução e é o maior programa de recuperação ambiental em execução no país e trata dos problemas ambientais na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Araguaia, que banha os estados de Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Pará. “É um projeto ambicioso. Nossa meta é a recuperação de 10 mil hectares de matas ciliares”, explica o biólogo Durval Nascimento Neto.

Outra proposta levada para Dubai, é a revitalização do rio Iguaçu.  Considerado o maior rio totalmente paranaense, o Iguaçu tem 1.370 quilômetros de extensão e só possui 7,2% da vegetação original, segundo levantamento da ONG SOS Mata Atlântica. O plano da Unilivre destaca quatros pontos: Recuperação ambiental das nascentes em Curitiba, Recuperação das matas ciliares na região da capital paranaense até São Mateus do Sul. A 150 quilômetros da nascente do rio. Estão previstos também a limpeza e a manutenção de alguns afluentes na região metropolitana de Curitiba e um programa de educação ambiental nas escolas e comunidades ribeirinhas. “Sem a participação de todos, com educação ambiental, não há remédio para o rio”, disse Cristyano.

O outro projeto que a UniLivre apresentará na COP 28 prevê o reflorestamento do Parque Nacional do Xingu. Importante área de preservação que une os biomas do cerrado e da Amazônia, o Parque está ameaçado pelo desmatamento e pela degradação ambiental.

A ideia é juntar reflorestamento em áreas devastadas pelas populações indígenas residentes no Alto Xingu com a recuperação da zona de amortecimento, ocupada por fazendeiros de soja. Fazer a recuperação das nascentes e proteção contra os resíduos de agrotóxicos despejados a montante do rio Xingu e desenvolver projetos socioambientais gerando emprego e renda as comunidades, exemplo formação de viveiros de espécies, função de guardiões da floresta, estímulo à produção e exportação de artesanatos. Dessa maneira, o projeto une desenvolvimento sustentável com a formação social.

Mara Andrich 

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*