Técnicas circenses ajudam executivos a equilibrar-se na crise

Técnica lúdica utilizada por coach e educador físico auxilia executivos e colaboradores a falarem sobre as questões da empresa

A coach Jo Tavares e o educador físico Danilo Faria, que criaram o Malabarizando.
Crédito: Diego Lagroteria

 

Umas das artes mais típicas do circo, o malabarismo, é o instrumento de análise e percepção da coach Jo Tavares e do educador físico Danilo Faria, de Curitiba, para ajudar empresas a melhorarem o desempenho e o comprometimento de seus colaboradores com o trabalho, além de descobrir novas lideranças. O Malabarizando utiliza o lúdico que o malabarismo traz para falar sobre temas como trabalho em equipe, cooperação, motivação, foco, gestão do tempo, superação e muito mais, com o objetivo de desenvolver o potencial pessoal de seus colaboradores.

 

“Existem muitos treinamentos de executivos atualmente. O nosso diferencial é o lúdico mesclado com o coaching em grupo. O Malabarizando proporciona metáforas para que os participantes repensem a maneira como estão lidando com suas questões dentro das empresas e consigo mesmo, através das alusões que fazemos entre a prática e um ‘bate-papo’ após”, explica Jo Tavares.

 

A técnica permite a autopercepção dos aspectos comportamentais e emocionais dos colaboradores e cria oportunidade de mudanças no ambiente de trabalho de uma maneira produtiva. Também proporciona autoestima, superação e empatia entre as pessoas e estimula o trabalho em equipe.

 

Técnica

 

A técnica é aplicada nas empresas em grupos de executivos ou colaboradores em cinco a dez sessões, quando em formato de coaching. Quando em formato de treinamento, a técnica pode ser aplicada em grupos de até 50 pessoas, de uma a cinco horas. O primeiro passo é a construção das bolinhas, as quais o Danilo ensina como fazê-las e, em seguida, pede para que cada participante faça pelo menos três. A matéria-prima fica à disposição dos participantes, mas não há ferramental para todos. “Aí, já temos conteúdo suficiente para observar como o grupo irá se comportar”, observa Danilo.

 

Após a confecção das bolinhas, é iniciada a progressão pedagógica do malabarismo, mas por meio de lenços. Começa com um, depois dois e finalmente três lenços. Esse objeto dá mais tempo de voo e também para a pessoa pensar no movimento que terá que fazer. Além disso, é leve e mais fácil de fazer antes de passar para a etapa seguinte que são os malabares com bolinhas.

 

“Durante a dinâmica vamos fazendo a ponte entre o que está sendo praticado e o dia a dia na empresa. A prática ajuda no processo de reflexão, fazendo com que os participantes percebam o que podem estar fazendo de errado e assim possam corrigir”, diz a coach. Para isso também são usados alguns instrumentos de medição de resultados, tanto individuais quanto coletivos.

 

O Malabarizando pode ser usado para equipes, duplas, ou individualmente. A percepção e análise da coach e do professor começam no momento em que os malabares são apresentados ao coachee. “Muitos que dizem que não conseguem fazer os malabares são os que mais se saem bem. O participante acaba aprendendo algo que a princípio disse que não conseguiria fazer. O impossível acaba sendo uma questão de opinião. Por isso, o Malabarizando faz o impossível se tornar possível”, observa Danilo.

 

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