SÉRGIO SANTOS FAZ SHOW INTIMISTA E SENSÍVEL NO SOLO MÚSICA
O compositor e intérprete Sérgio Santos é a atração da Série Solo Música na CAIXA Cultural Curitiba, na próxima terça-feira, dia 17 de setembro, às 20 horas. Será uma oportunidade do público de Curitiba ter um encontro intimista com o artista, cuja obra fala muito do Brasil. Por ser compositor de Minas Gerais, Sérgio traz ao violão muitos ritmos tradicionais que ouviu desde sempre e incontestáveis influências da Bossa Nova, do Clube da Esquina e de Dorval Caymmi. Por ser compositor negro, Sérgio canta a contribuição de sua raça ao país, o que ficou cristalizado em parcela da parceria que possui com Paulo César Pinheiro, um dos principais letristas do país. Juntos compuseram o CD que é uma espécie de “afrosambas” do século XXI, o CD “Áfrico”, de 2002, que é desde o seu lançamento uma obra histórica na MPB. Além do recital, Sérgio fará uma palestra na CAIXA Cultural, segunda-feira, dia 16,às 19h30, falando exatamente de seu processo criativo de sua parceria com Pinheiro.
No show que preparou para o Solo, Sérgio enfatizou a sua parceria com Paulo César. Das 14 músicas, somente 3 não são da dupla. Ele interpretará “Eu preciso a só ser”, de Gilberto Gil e “Linda Flor”, história canção de Henrique Vogeler, Luis Peixoto e Marques Porto, que aparecem no mais recente CD de Sergio: “Como são bonitas as canções’ E ‘Sorri”, a versão de Braguinha a música de Charles Chaplin, com a qual o cineasta encerra “Tempos Modernos”. Entre as mais de 250 músicas que compôs com Paulo César, Sérgio selecionou algumas de temática racial: “Mulato”, “Áfrico”, “Ganga-zumbi” e “Kekerekê”. E outras que abordam o samba “Samba para Mangueira” e “Samba não tem dono” e outras marcadas pelo lirismo, como “Lá vem chuva” e “Sombrinha branca”.
Estar só no palco, com seu violão, é desafiador a Sérgio. “É sempre um desafio que eu gosto. É uma possibilidade de ter uma relação intimista com o público. E fica tudo muito concentrado com o púbico, sem outros elementos para tirar o foco”, diz. Ele enfatiza que é também uma forma do público conhecer como as canções foram feitas, antes de ganharem os arranjos finais. Para o produtor Alvaro Collaço, a presença de Sérgio Santos no Solo Música vem a reforçar a diversidade do projeto Solo Mùsica. “A obra de Sérgio está além de questões estéticas, da beleza das músicas e da qualidade dele como cantor. É música que fala de forma contemporânea das tradições e discute historicamente a presença do negro na sociedade, um universo que está tão ligado a Minas, mas também ao Rio de Janeiro de Paulo César Pinheiro, a artistas que pensam no que é de fato o Brasil”.
Compositor e instrumentista
Cantor, violonista, intérprete, arranjador e compositor, Sérgio Santos nasceu em Varginha, Minas Gerais, e vive em Belo Horizonte. Com o poeta Paulo César Pinheiro, que se tornou seu principal parceiro, compôs mais de 250 músicas, interpretadas por uma gama de artistas renomados que vai de Leila Pinheiro até Milton Nascimento. Também tem parcerias com Olívia Hime, Joyce, Francis Hime, Márcio Borges, Murilo Antunes, Tavinho Moura, Fernando Brant e André Mehmari. Sua música abrange uma diversidade de gêneros e estilos, de choros, valsas e baladas a baiões, frevos e jongos. Entretanto, toda a sua produção é perpassada pela inspiração na cultura afro-brasileira, o que dá coesão à sua discografia.
Em 2002 seu trabalho Áfrico venceu o Prêmio Rival-BR de melhor disco do ano no Brasil, sendo ainda o primeiro disco a integrar a Discoteca Básica do Século XXI do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Também foi indicado ao 9º Prêmio Sharp de Música (1996) por Aboio, seu primeiro disco, e ao 11º Grammy Latino de melhor canção brasileira (2010) pela faixa-título de seu sexto disco solo, Litoral e Interior.
Lançou CDs com participações de músicos célebres como Sivuca, Raphael Rabello, Grupo Uakti, Lenine, Dori Caymmi, Mônica Salmaso e outros. Com André Mehmari e Chico Pinheiro formou o Triz, com quem lançou CD em 2012.
Entre turnês e festivais, apresentou-se na Espanha, na Itália, na Argentina, no Uruguai, no Japão, na França, nos EUA, incluindo palcos famosos como Hollywood Bowl (Los Angeles), Herbst Theather (San Francisco), Blue Note Tokyo e a sede da Unesco em Paris.
Em junho lançou São bonitas as canções, nono título de sua discografia e também seu primeiro disco de intérprete, no qual canta as músicas que o formaram como compositor.
Serviço
Música: Série Solo Música – Sérgio Santos
Local: CAIXA Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro)
Data: 17 de setembro
Horário: terça-feira às 20h
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (De terça a sábado das 12h às 20h. Domingo das 16h às 19h.)
Duração: 80 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
Capacidade: 125 lugares (2 para cadeirantes)
Bate-papo com Sérgio Santos
Local: CAIXA Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro)
Data: 16 de setembro
Horário: segunda-feira às 19h30
Ingressos: Entrada franca
Deixe um comentário