RETROSPECTIVA DA OBRA GRÁFICA DO ARTISTA CLAUDIO TOZZI EM CARTAZ NA CAIXA CULTURAL CURITIBA
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 7 de novembro a 6 de janeiro de 2019, a exposição Emblemas da Cultura Brasileira: Retrospectiva da obra gráfica de Claudio Tozzi. A mostra tem o caráter retrospectivo, visto que se trata de uma visão panorâmica da obra gráfica do artista, nos últimos 50 anos. Apresenta soluções técnicas coerentes com cada fase de sua produção pictórica, utilizando variados processos de reprodução gráfica: serigrafia, xerox, litografia, gravura em metal, zinc off-set e digitografia.
A produção de Tozzi tem absoluta coerência de linguagem entre sua pintura e o meio de reprodução utilizado em cada fase. Assim as cores chapadas dos astronautas e multidões da década de 60 são reproduzidas pelo processo de serigrafia. Os parafusos mais simbólicos e contidos exigem uma técnica mais intimista: a gravura em metal.
“Em meu trabalho havia a intenção de se aproximar da linguagem dos meios de comunicação de massa e se apropriar de imagens do mundo urbano, sempre com a intenção de modificar seu significado, de propor uma sintaxe diferente para criar uma nova mensagem: criar novos objetos”, disse Claudio Tozzi.
Atualmente, sua produção exige técnicas e superposições de retículas gráficas que permitem ao expectador uma percepção mais ampla da forma e da cor através da somatória ótica de retículas com variações de seus matizes.
A mostra é resultado de uma pesquisa do curador e historiador Manuel Neves, realizada na École dês hautes Etudes em Sciences Sociais em Paris, que investigou a produção da arte brasileira na segunda metade da década de 60, onde a obra de Claudio Tozzi ocupa destacado lugar. A pesquisa em idioma francês (ainda não publicada no Brasil) que tem como título: “Image Pop: Pop art presence et negation dans l’art brésilien des années soixante“, foi editada na Europa pela Édition Universitaires Européennes, Sarrebruck.
Segundo o curador Manuel Neves, Claudio Tozzi é um artista fundamental na cena contemporânea brasileira. Sua obra, como a dos artistas mais importantes de sua geração, articula uma mudança radical no estatuto da imagem artística, tomando e reprogramando os modelos visuais projetados pelos meios de comunicação e a indústria do espetáculo, para produzir uma obra figurativa, chamada genericamente no mundo anglo-saxão pop art.
As imagens referentes à exposição englobam toda a produção de Tozzi em suas diversas fases: multidões, bandido da luz vermelha, astronautas, parafusos, cor pigmento luz, recortes até a mais recente – territórios.
O ARTISTA
Nasceu em São Paulo, onde vive. Estudou no Colégio de Aplicação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (1956 a 1962) e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1964 a 1969), onde trabalha como professor. É Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).
Participou de várias exposições coletivas, entre elas: Jovem Arte Contemporânea no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; Panorama da Arte Brasileira no Museu de Arte Moderna de São Paulo; Brasil 500 anos – Arte Contemporânea; Arte e Sociedade; Subversão dos Meios no Centro Cultural Itaú; The World Goes Pop na Tate Modern (Londres); International Pop no Walker Art Center, Dallas Museum of Art e Philadelphia Museum of Art e nas Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelin (Colômbia), Havana, Makurazaki (Japão) e do Mercosul.
Realizou exposições individuais no Museu da Casa Brasileira em São Paulo, Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, Museu Andrade Muricy em Curitiba, Museu de Arte Moderna de Cascavel, Museu de Arte Moderna de Londrina e em diversas galerias no Brasil e no Exterior: Museo D’Arte Contemporanea Villa Croce, Cecilia Brunson Projects e Gary Nader Art Centre. Fez exposição-tese de doutorado no Museu Brasileiro de Escultura pela FAUUSP.
Recebeu vários prêmios dentre os quais Prêmio de viagem ao Exterior, no Salão Nacional; Press Prize Awards 2016 – Artes Plásticas Miami, Fort Landerdale; Prêmio Trajetória 2016, Associação Brasileira de Críticos de Arte. Venceu o concurso para realizar um painel de 600m2 em um edifício na Av. Angélica, e painel para a capela no Campus da FIEO. Realizou painéis em espaços públicos, como Zebra na Praça da República, nas estações Sé e Barra Funda do Metrô, no Edifício 2222 na Avenida Dr. Arnaldo, no TRT Barra Funda, na Faculdade de Direito da USP-Ribeirão Preto, no campus USP-Zona Leste, no Centro de Convenções da USP, na sede do PNUD (UNESCO) em Brasília e em uma grande área das Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes, todas na cidade de São Paulo.
Na abertura da exposição, dia 06 de novembro, às 19h30, o público terá a oportunidade de fazer uma visita guiada sob a orientação do artista Claudio Tozzi.
Incentivo à cultura:
A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.
A CAIXA Cultural Curitiba oferece, desde 2004, uma programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares, estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado no centro da capital, conta com duas galerias, um teatro, uma sala de oficinas e tem 70 atrações previstos na programação de 2018.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=depkw_YEzlo&t=2s
Convite: https://www.youtube.com/watch?v=00XD9x2ftE8
Serviço:
Artes Visuais: Emblemas da Cultura Brasileira: Retrospectiva da obra gráfica de Claudio Tozzi
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Galeria Térreo – Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro – Curitiba (PR)
Visitação:7 de novembro a 6 de janeiro de 2019
Horário: terça a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 19h
Entrada franca
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Informações: (41) 2118-5427
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
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