Retrópica atualiza o Tropicalismo e a Antropofagia na dança

Espetáculo contemporâneo contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna contará com a colaboração do público curitibano para a sua concepção

 

Crédito: Divulgação

 

 

Brasil e Antropofagia cultural. Uma pesquisa de dança contemporânea de iniciativa da artista paulistana Mari Paula discute e atualiza esses temas em um espetáculo solo cuja a concepção “final” contará com a colaboração do público curitibano. A obra, que foi contemplada pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna – edição 2015, chega ao público da capital paranaense com apresentações a preços populares durante o mês de setembro. O projeto, cuja produção está a cargo da Associação de Bailarinos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra – a ABABTG, ainda conta com oficinas e mostras de processo.

De acordo com a bailarina, performer e diretora Mari Paula, o Brasil não foi “descoberto” por um fidalgo navegador e sua caravela. “A colônia Brasil descendeu de um tratado ibérico que, em sua bula papal, estipulou que o leste de uma linha meridional seria ‘redescoberto’ por Portugal e o oeste dessa mesma linha ficaria para a Espanha”, defende. Segundo a pesquisadora, os corpos brasileiros se movem e agem sob essa influência histórica, o que repercute em uma produção artística nem sempre originalmente nacional.

Com base na antropofagia cultural, a pesquisa de Retrópica, aborda o hibridismo existente entre alguns elementos da cultura brasileira e da península ibérica e conta com a colaboração dos curitibanos para se aproximar de uma arte de identidade brasileira. Tal contribuição do público se dará por meio de duas mostras de processo e 10 oficinas culturais intituladas “O corpo brasileiro e a performatividade”, para o levantamento de reflexões e partilhas em torno do tema.

“Curitiba apresenta um determinado contexto sócio-identitário europeu, mas está localizada em uma realidade sócio-política latino-americana. Diante disso, se faz relevante ingressar em discussões sobre arte de identidade brasileira aqui e tornar essas partilhas parte do espetáculo. É por isso que a criação de Retrópica organiza-se em caráter híbrido, com a participação do público”, explica Mari Paula.

O resultado desse trabalho poderá ser conferido em três apresentações na Casa Hoffmann e seis na Casa Selvática de 1 a 17 de setembro, com ingressos a R$ 10,00 e uma sessão gratuita na Casa Hoffmann. O projeto conta com a colaboração de artistas como Ângela Donat, Airton Rodrigues, Fernando de Castro, Giorgia Conceição, Leonarda Glück, Ricardo Nolasco, Vítor Sabbag e Wagner Corrêa e com a produção da ABABTG – Associação de Bailarinos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra.

 

A Associação de Bailarinos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra apresenta

Espetáculo Retrópica, de Mari Paula

 

Na Casa Selvática

Datas e hora: De 1 a 3 de setembro e de 8 a 10 de setembro. Sempre às 20hs

Ingressos: R$ 10,00 (retirados no dia do evento, na bilheteria do espaço, uma hora antes do espetáculo)

Endereço: Rua Nunes Machado, 950 – Rebouças.

 

Na Casa Hoffmann

Datas: Dias 15 e 16 de setembro, às 20h. Dia 17 de setembro, às 11h e às 20h.

Ingressos: R$ 10,00 (retirados no dia do evento, na bilheteria do espaço, uma hora antes do espetáculo)

Obs.: Haverá sessão gratuita no dia 17 de setembro, às 11h

Endereço: Rua Dr. Claudino dos Santos, 58 – São Francisco.

 

Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna – edição 2015

Classificação indicativa: 14 anos

Produção: ABABTG

Contato: (41) 3044-7439 / 99136-7884

Ficha técnica:

Concepção e performance: Mari Paula
Colaboração: Airton Rodrigues, Ángela Donat, Giorgia Conceição, Leonarda Glück e Ricardo Nolasco
Iluminação: Trio desenho de luz – Wagner Correa e Victor Sabbag
Operação de Luz: Semy Monastier
Sonoplastia: Fernando de Castro
Ilustração: Evandro Prado
Vídeo: Marcus Vinicius Bonato e Livea Castro Calvo
Foto: Frank Pittoors, Ángela Donat e Cayo Vieira
Assessoria de impressa: Smartcom – Inteligência em Comunicação

Designer gráfico e gerenciamento de redes sociais: RDO Brasil

Direção de produção: Jorge Schneider

Coordenação geral: Simone Bönisch

Agradecimentos: Gabriel Machado, Adrián Torices Sáez, Alma Sáenz, Demétrio Sanches, Gil Costa, Victor Hugo, Ana Machado, Centro Cultural Teatro Guaíra, Estúdio Aire Flamenco, Casa Hoffmann e Casa Selvática.

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