Profissionais buscam segunda graduação a distância para impulsionar carreira
Com o mercado de trabalho mais exigente, busca por mais uma formação auxilia a se destacar entre outros profissionais; flexibilidade de horários de EAD é um atrativo para esse público
Dentre os 13 milhões de desempregados brasileiros, 10,4% possuem ensino superior – é o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente ao primeiro trimestre de 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A competitividade do mercado de trabalho faz com que profissionais formados busquem uma segunda graduação para incrementar o currículo ou até mesmo mudar de carreira. Para esse público, o ensino a distância torna-se um facilitador, pois permite que mantenham-se trabalhando enquanto estudam.
“Fazer uma segunda graduação a distância é o melhor caminho para quem possui atividades profissionais e vida familiar agitadas, sem condições de frequentar uma sala de aula presencialmente. A flexibilidade dos cursos a distância permite uma autonomia considerável na organização da rotina de estudos”, diz o reitor do Centro Universitário Internacional Uninter, Benhur Gaio.
Na instituição, em 2019, 21% dos ingressantes estão realizando uma segunda graduação. Os cursos mais buscados são licenciatura em Pedagogia, licenciatura em Letras e bacharelado em Educação Física. Além da maior autonomia para estudar, aqueles que já são graduados têm outras vantagens, como a facilidade de ingresso – que não exige prova no vestibular – e equivalência de disciplinas, que pode reduzir o tempo total para concluir o curso.
Mercado de trabalho exigente
Além da mudança total de carreira, a segunda graduação pode vir como forma a complementar a formação de um profissional. Por exemplo, um graduado em Engenharia Elétrica pode realizar Engenharia da Computação para destacar-se com seu conhecimento de automação. Por sua vez, um licenciado em qualquer área pode fazer Pedagogia para aumentar seu conhecimento sobre educação.
Esse último caso descreve histórias como a de Sweder Souza, professor licenciado em Letras Português-Inglês que decidiu fazer uma segunda licenciatura em Pedagogia. “Nós vemos pouco sobre educação no curso de Letras. Quis estudar Pedagogia para ampliar minha área de atuação, para ter mais oportunidades profissionais e também para crescer na carreira acadêmica”, diz.
Gaio reafirma que a segunda graduação impulsiona profissionais como Souza no mercado de trabalho. “As áreas de contratações das empresas estão cada vez mais exigentes com as competências dos candidatos. A segunda graduação é uma excelente forma de se destacar, pois mostra que o profissional é versátil e tem conhecimentos diversificados”, coloca.
A rotina do professor é dinâmica, pois dá aulas de inglês em um cursinho, faz Mestrado em Estudos Linguísticos na Universidade Federal do Paraná e se dedica a trabalhos pontuais de redação e revisão de textos. “Eu não conseguiria fazer outra graduação na modalidade presencial, pois o horário em que dou aulas varia bastante. Então o EAD está sendo ótimo para mim e também me ajuda a pensar em formas de inovar minhas próprias aulas”, conta.
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