MUSEU DE VILA VELHA NECESSITA DE REFORMAS EMERGENCIAS

 

Vila Vellha
Foto / Divulgação

O prédio que abriga o Museu de Geologia e Paleontologia do Parque Estadual de Vila Velha, na região dos Campos Gerais, deverá passar por reformas, em breve. Laudo técnico conclusivo, divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), nesta semana, apontou os principais problemas da construção. O IAP contratou a vistoria depois de uma visita ao local, agendada pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa que analisa as condições de funcionamento do museu.

Segundo o documento apresentado ao IAP, o espaço, concluído em 2007, apresenta condições estruturais suficientes, de acordo com as normas exigidas, mas é necessário que o Estado invista em melhorias para proporcionar segurança à edificação. Somente após a reforma será possível abrir o museu ao público.

De acordo com o laudo, os maiores problemas são de infiltração, estrutura do concreto no subsolo do edifício, sistema externo de captação e condução de águas pluviais e fluviais, além de revestimentos de pisos. O sistema externo de drenagem, coleta e capacitação de água também está comprometido, agravando os problemas de erosão. O relatório indica que a obra de reparo mais urgente é a de tratamento da corrosão das armaduras e recomposição do concreto das peças estruturais. O laudo foi assinado por dois engenheiros civis e um engenheiro eletricista.

O museu tem área total construída é de 3,5 mil metros quadrados, dos quais dois mil são para exposições. Cerca de R$ 4 milhões já foram investidos no projeto.

Relator da Comissão Especial da Assembleia, o deputado estadual Péricles de Mello (PT) acompanhou nos últimos meses as reuniões realizadas com representantes do governo do Estado e da Fundação João José Bigarella (Funabi), responsável pela coordenação do museu, sobre os motivos que impedem a abertura do empreendimento.

Entre as pendências relatadas à Comissão estão a conclusão do circuito expositivo e regularização de assinatura de convênio com o Estado. O convênio é fundamental para que a Funabi possa seguir com o projeto e ter acesso a recursos, já liberados pela Lei Rouanet de incentivo à cultura. Os problemas de infraestrutura do prédio também estiveram na pauta de discussões.

Definiu-se ainda que o museu deve se transformar em Centro de Geociência, com o objetivo de simplificar o modelo de gestão. O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, disse que o problema central não é de ordem financeira, mas sim, de encontrar um modelo ideal de administração, que poderá ser aberta a outras instituições, como a Universidade Estadual de Ponta Grossa, a Universidade Federal do Paraná e secretarias de Estado de Turismo e da Cultura.
Péricles explica que o papel da Comissão Especial foi de contribuir e encontrar um caminho para a solução junto aos órgãos envolvidos. “Após várias reuniões, verificamos que os problemas se concentram em detalhes técnicos, conforme mostra o laudo do IAP. A colaboração de todos nesse processo está sendo essencial para a conclusão do nosso relatório, que será apresentado em breve”, salienta o deputado.
O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, afirmou que, com o laudo em mãos, o Estado adotará as ações necessárias junto às empresas que executaram o projeto para que os reparos sejam feitos sem ônus para o órgão. “O IAP e a Secretaria de Meio Ambiente continuarão trabalhando para encontrar a maneira jurídica mais correta de firmar parcerias ou convênios com instituições para gerenciar e equipar o local”, afirmou Tarcísio.
Ambiente educativo
Autora da tese de doutorado “Geoturismo – Interpretação Ambiental”, a professora doutora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Jasmine Cardozo Moreira, defendeu a elaboração de um plano educativo e interpretativo para o museu. “O local proporciona oportunidades para pesquisadores de universidades de outros estados e outros países, além disso, trará um incremento turístico para os Campos Gerais”, declarou Jasminie aos parlamentares.  Ela apontou que é possível agregar ao parque atividades como palestras e oficinas, implantação de uma biblioteca, kits pedagógicos, capacitação de monitores e guias turísticos, treinamentos para professores, entre outros instrumentos.

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