Mostra “Desenhos e Pinturas”, do artista plástico Gregório Gruber, marca a sua volta na São Paulo Flutuante, na Barra Funda

Créditos: Romulo Fialdini / Divulgação

Pintor é representado pela galerista Regina Boni, desde os anos 80, e já
participou da XV Bienal Internacional de São Paulo, em 1979, e da mostra
“O Desenho Moderno no Brasil e Retratos e Auto-Retratos” na Coleção
Gilberto Chateaubriand

O artista plástico Gregório Gruber apresenta a mostra “Desenhos e
Pinturas” a partir de 15 de julho de 2023 (sábado), das 16h às 21h, na
galeria São Paulo Flutuante, na Barra Funda, em São Paulo. O texto
curatorial fica a cargo de Denise Mattar. A visitação, que é gratuita,
segue até 14 de outubro de 2023.

Reunindo cerca de 42 trabalhos inéditos (entre pinturas acrílicas,
pastel sobre papel, esculturas e assemblages), a exposição marca o
retorno do artista – nascido em Santos, mas criado em São Paulo, que não
expunha há uma década. As obras datam de 2020, época da pandemia de
Covid-19, até 2023, e mostram cenas (diurnas e noturnas) da capital
paulistana, como Avenida Paulista, Vale do Anhangabaú, Parque Dom Pedro
I, Marechal Deodoro e Pacaembu, entre outras.

Como parte complementar, será exibido o documentário “Gregório no
Centro”, que foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural – ProAC
Expresso LAB 51/2020, “Prêmios por Histórico de Realização em Artes
Visuais” da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São
Paulo. Produzido por Lorena Hollander (filha do pintor), pesquisa e
entrevista de Laura Escorel e captação e edição de Renata Chebel, o
artista plástico, com 50 anos de atuação, abre seu estúdio e conta sobre
suas primeiras lembranças do centro de São Paulo.

O artista já teve textos escritos sobre a sua obra por críticos,
curadores e artistas como Aracy Amaral, Miguel de Almeida, Pietro Maria
Bardi, Carlos von Schmidt, Sheila Leirner, Olívio Tavarez de Araujo,
Wesley Duke Lee, Ernestina Karman, Jayme Maurício, Mario Schenberg,
Flávio de Aquino, Roberto Pontual, Frederico de Morais, Flávio Motta e
Radha Abramo.

“A vivência no Centro da cidade me fez querer pintar o meu entorno, os
edifícios, as ruas e as pessoas que fazem parte do meu círculo. Foi a
lição que a História da Arte me ensinou, como por exemplo, Van Gogh
pintou Arles na sua época e Gauguin pintou as ilhas marquesas. Eu tinha
essa consciência que precisava me relacionar com que estava perto”,
afirma o artista que foi criado na Rua Martins Fontes, no centro de São
Paulo, e é filho do também pintor Mário Gruber (1927-2011).

Gregório Gruber. créditos: Romulo Fialdini / Divulgação

Sobre o artista
Gregório Gruber nasceu em 1953, em Santos/SP. Vive e trabalha em São
Paulo. Surgiu no cenário artístico em fins dos anos 70 como desenhista e
gravador, coincidindo com a volta da figuração e da pintura.

Depois de entrar na faculdade de Artes Plásticas, na FAAP em São Paulo,
viajou para a Europa e frequentou diversos cursos de artes em diferentes
cidades como Paris, Londres e Amsterdam. Em 1974, a convite de Pietro
Maria Bardi, voltou ao Brasil para realizar sua primeira mostra
individual no MASP. A partir daí participou de diversas bienais, mostras
em museus e de exposições em galerias pelo mundo todo.

Entre suas principais mostras estão: XV Bienal Internacional de São
Paulo, Bienal de Paris, O Desenho Moderno no Brasil e Retratos e
Auto-Retratos na Coleção Gilberto Chateaubriand.

Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte em Melhor
gravura, ganhou o Prêmio de Aquisição no Salão Nacional de Artes
Plásticas e, pela FUNARTE, foi premiado no 10º Salão Paulista de Arte
Contemporânea. Em 1989, passou a criar também em seu estúdio em
Barcelona onde ampliou seus recursos técnicos produzindo esculturas,
pinturas matéricas e cenografias. Atualmente reside em São Paulo e na
Serra da Cantareira, onde mantém um estúdio desde os anos 80,
trabalhando com as mais variadas técnicas, como pintura a óleo e
acrílica, escultura em argila e madeira, litografia, gravura em metal e
assemblage.

Sobre a galeria
A Galeria São Paulo resultou de um ideal inspirado na paixão pela
produção de arte brasileira, provavelmente a mais pródiga do mundo e da
precariedade dos mercados para seu florescimento na época de sua
inauguração.

A marchande Regina Boni, que iniciara precocemente sua aliança e
história com a arte, vinha nessa época, depois de sua vivência
exuberante com o grupo tropicalista, iniciada pela marchande brasileira
Ceres Franco, dona da histórica galeria L’oeil de Boeuf em Paris,
desenvolvendo trabalhos que envolviam eventos no circuito das galerias
europeias.

Anos depois, voltando ao Brasil pretendeu criar um novo modelo, que
contra todas as opiniões dos estrategistas de mercado abriria uma nova
realidade para a produção das artes plásticas brasileiras.  Um espaço
construído, projetado pelo arquiteto Marcos Acayaba, para ver, viver,
discutir, debater, adquirir arte. Bonito, grande e moderno. E que
pudesse abrigar outros eventos além da tradicional pintura. Um acervo
adquirido junto aos grandes artistas e artistas jovens.

Eventos institucionais, edição de catálogos com texto de críticos,
escritores e intelectuais de vanguarda. Ações culturais de grande porte
gerando interesse das mídias escritas e televisivas. Participação e
colaboração importantíssima de alguns colecionadores como Adolpho
Leirner e Gilberto Chateaubriand que aderiram a sua ideia efetuando
compras sistemáticas junto ao acervo da galeria durante seus primeiros
dois anos, garantindo a sobrevivência da mesma.

A galeria São Paulo, em pouco tempo, mereceu o troféu dado pela APCA
pelo desenvolvimento de todo o setor.  Com o apoio de artistas
consagrados e interesse de jovens talentos que aderiram ao movimento, a
galeria se tornou conhecida e ampliou sua base, um mercado novo e
eficaz.

No ano de 1986, a galeria São Paulo realiza uma exposição histórica,
revelando ao público brasileiro e internacional a obra de Hélio
Oiticica, realizada através do apoio do Projeto HO e com a colaboração e
participação dos artistas Luciano Figueiredo, Lygia Pape, Lygia Clark e
do poeta Wally Salomão. Críticos europeus, depois responsáveis pela
divulgação da obra nos circuitos internacionais, como Guy Brett e
Catherine David, responsáveis pela implantação de Hélio Oiticica no
mercado internacional, foram trazidos ao Brasil pela galeria. Na
primeira retrospectiva de Hélio Oiticica, foram expostas pela primeira
vez em uma galeria, obras emblemáticas como Parangolés e o Penetrável
Tropicália, além de bólides, meta-esquemas e outros trabalhos. Uma parte
da escola de samba Mangueira veio do Rio de Janeiro para homenagear a
inauguração do evento em uma grande festa que começava para celebrar o
artista. Hélio Oiticica ainda foi mostrado em mais cinco mostras na
galeria São Paulo durante os próximos anos: meta-esquemas, grupo Frente,
Penetráveis e duas Cosmococas.

Aos 21 anos de idade, a galeria São Paulo encerrou suas atividades que
agora em 2020, diante de um cenário completamente diferente, com grandes
desafios pela frente, renasce acreditando no poder de perseverança e
permanência da arte. Baseada fisicamente em um grande galpão no bairro
da Barra Funda, que abrigará além de exposições de artes plásticas,
eventos envolvendo outras linguagens artísticas(como música, dança,
literatura e cinema)a Galeria São Paulo aguarda ansiosamente o momento
de sua reabertura.

SERVIÇO RÁPIDO
exposição “Desenhos e Pinturas” do artista plástico Gregório Gruber
texto curatorial: Denise Mattar
o quê: pinturas, desenhos, esculturas e vídeo
abertura: 15 de julho de 2023 (sábado), 16h às 21h
visitação: até 14 de outubro de 2023
(segunda a sexta, 10h às 18h e sábados, 10h às 12h)

local: Galeria São Paulo Flutuante
rua brigadeiro galvão, 130
barra funda – são paulo – sp – 01151-000
tel: (11) 94907-9892
valor: gratuito
metrô: estação Marechal Deodoro (L3 – vermelha)

redes sociais
Gregório Gruber @greoriogruber
Denise Mattar @mattardenise
Galeria São Paulo Flutuante @sp_flutuante

marmiroli comunicação, 20 ANOS
Erico Marmiroli

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