Galeria Zilda Fraletti inaugura neste sábado (06) a exposição “Borda”
A borda é o arremate, a extremidade, quase o fim de algo. Mas também é o ato, o bordar de um terceiro conjugado no tempo presente que ornamenta, enfeita, decora, torna algo ainda mais interessante a partir do afeto que transborda das mãos e dá forma a saberes que passam por gerações.
E são esses os saberes que fazem a Borda. Do trabalho consistente e generoso da dupla Ana Penso, designer especializada em fibras naturais, e Fabiana Queiroga, artista e poeta visual, em sua segunda colaboração conjunta, nasce o conceito que fundamenta a coleção na qual o destaque se volta ao artesanal e ao natural. São centenas de metros de fitas de taboa – fibra da planta de mesmo nome cultivada na água — colhidas, tingidas e trançadas por mãos que tecem objetos e histórias em uma comunidade rural de Cerro Azul. Transformadas em tapete, lustres e cadeira, as peças deixam em suas bordas um convite para se ver mais.
Então, apure a visão, perceba a delicadeza e veja a arte em forma e função para além do que a borda do olhar permite.
Sharon Abdalla, editora de HAUS e co-fundadora do Anima Studio Design
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