GALERIA MURILO CASTRO PRORROGA MOSTRA “INSTALAÇÃO MACIA”

Instalação Macia
Foto: Divulgação

A GRANDE INSTALAÇÃO QUE ENCOBRE TODA A SALA FICA

ATÉ DIA 9 DE AGOSTO NA GALERIA

 

Depois do grande sucesso de “Instalação Macia”, a Galeria Murilo Castro decide prorrogar a mostra, com o trabalho da jovem artista Maria Lynch, até o dia 9 de agosto. Com destaque para uma grande instalação na sala principal da Galeria, que já passou pelo Paço Imperial, no Rio de Janeiro, conta também com duas telas e três objetos flutuantes.

“O trabalho se instaura entre o feminino e o lúdico, entre o erótico e uma repulsa à realidade. Existe nessas figuras femininas uma projeção de um ideal de mulher e ao mesmo tempo o apagamento da identidade, como uma questão existencial, falando dessa ausência/falta. Essas contradições e ambivalência geram ansiedade e angústia. Recrio uma ficção, uma alegoria, um excesso junto a fragmentos do imaginário, sublimando o real numa lógica particular.”, define a própria Maria Lynch.

A instalação encobre toda a sala, do chão ao teto, de objetos macios, pelúcias, veludos, rendas, e perde-se a dimensão e divisões do ambiente, misturando o erótico e o lúdico, o gozo e a culpa. “A artista, não por acaso, escolhe cores vibrantes e cenicamente compõe um quarto de criança, um ambiente ‘alegre’, que mentes mais ingênuas julgariam como propício para a brincadeira. O fato é que a forma dos objetos a serem manipulados nega a aparência meiga e delicada que a imagem daquele ambiente pode supor. É nessa ambiguidade que Lynch está interessada”, revela o crítico Felipe Scovino.

E completa: “A obra de Lynch pede uma fenomenologia dos sentidos porque é tão visual quanto tátil. Na ativação dessas ambiguidades, a proliferação desses objetos fricciona um lugar que fica entre a adoração, o refúgio e a culpa. Não se trata de uma obra meramente participativa ou erótica, mas de como perversão, erotismo e aspectos lúdicos vão se contaminando, se apropriando e se misturando nessa obra, sobrando para nós uma atitude de perplexidade e encantamento. Um sorriso amarelo, talvez. Mas nunca descaso. Lynch aponta os paradoxos de uma sociedade (hipócrita) e as suas ambiguidades sexuais; o espectador agora está defronte do cotidiano que ele mesmo criou, dos elementos e perversões que ele glorifica e de que necessita”.

“Instalação Macia” fica na Galeria Murilo Castro até o dia 27 de julho. Em agosto, Maria Lynch segue para Nova York, onde fará uma residência na Residency Unlimited. A instituição tem o objetivo de fomentar a criação e difusão da arte contemporânea, oferecendo uma experiência multifacetada. Em janeiro, a artista continua na cidade para estudar na New York Art Residency and Studios (NARS).

 

Sobre Maria Lynch:

Maria Lynch nasceu no Rio de Janeiro em 1981, onde vive e trabalha. Formada pela Chelsea College of Art and Design, de Londres, onde concluiu pós-graduação e mestrado em 2008.

Entre suas principais exposições estão, ‘The Jerwood Drawing Prize’ com itinerância por Londres e outras cidades da Inglaterra, em 2008. ‘Nova Arte Nova’ no CCBB, RJ e São Paulo, também em 2008. Em 2009, Maria foi a artista convidada para o ‘Salão Paranaense’, em Curitiba, e apresentou a performance ‘Incorporáveis’ no Oi Futuro e no SESC 24 Horas, Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Em 2010, foi convidada para a exposição coletiva ‘] entre [‘ na Galeria IBEU e foi contemplada com o Prêmio Marcantônio Vilaça, Funarte com exposição no MAC de Niterói. Em 2011 participou da 6º Bienal de Curitiba, VentoSul.

Em 2012 apresentou a instalação ‘Ocupação Macia’ no Paço Imperial (RJ) e realizou a performance ‘Incorporáveis’ no MAM (RJ). Foi convidada para fazer a residência artística na Bordalo Pinheiro, em Portugal e no mesmo ano a expor Barbican na exposição coletiva Creative Cities, nas Olimpíadas de Londres. Além destas, participou da exposição individual na galeria Marília Razuk em São Paulo.

Em 2013 fez exposição individual na Galeria Anita Schwartz e contemplada com a bolsa do Itamaraty para uma residência em Lima (2014). Foi comissionada para fazer uma obra para a Fundação Getúlio Vargas, na nova sede do Flamengo. A artista tem obras em importantes coleções, como o Museu de Arte Contemporânea (Niterói), Centro Cultural Candido Mendes (RJ), Committee for Olympic Fine Arts 2012 (Londres), Coleção Gilberto Chateubriand (RJ), Ministério das Relações Exteriores – Palácio do Itamaraty (DF), Fundação Getúlio Vargas (RJ).

 

SERVIÇOS:

Instalação Macia.

Exposição: até dia 9 de agosto.

Local: Galeria Murilo Castro – Rua Antônio de Albuquerque, n° 377, sala 01 – Savassi.

Horário de funcionamento: de segunda à sexta-feira, das 10 às 19h. Aos sábados, das 10 às 14h.

Informações: (31) 3287-0110

Entrada franca.

www.murilocastro.com.br

 

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