Galeria Boi faz homenagem ao centenário do artista Abelardo da Hora na próxima Art PE em Recife

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A Galeria Boi participa da terceira edição da Art PE em Recife com homenagem ao centenário do grande artista Abelardo da Hora (1924/2014) que se destacou como um dos grandes escultores brasileiros do século XX, influenciado pelo movimento expressionista, desenvolveu um estilo marcante que transmite emoções intensas e uma visão crítica da sociedade.


A Feira de arte contemporânea de Pernambuco acontece de 26 a 30 de junho de 2024 em Recife

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Volúpia, 1959, bronze polido de Abelardo da Hora. Obra será apresentada pele Galeria Boi durante a ArtPe foto: Henrique Santos
Escultura de mármore de Abelardo da Hora em exposição na FENEARTE


Hora, substantivo feminino

No centenário de Abelardo da Hora, que além de artista foi militante na defesa dos direitos humanos, hoje, num momento da nossa história onde, a também ativista, Maria da Penha é vítima mais uma vez de agressões, sendo agora digital, fake news de hackers e heaters que atacam constantemente esse corpo cujo nome é uma lei de proteção às mulheres vítimas de violência no país, nos remete a um conflito que Abelardo parece resolver entre o peso da matéria e a imponderabilidade das ideias: as mulheres de concreto agigantadas afirmam imageticamente que sim, é preciso lutar pelo direito à vida e à liberdade.

A Galeria Boi junto com a ArtPe e a Iron House, comissionadora do projeto, fazem uma homenagem ao artista com a exibição de seis esculturas, cujo recorte curatorial trata do tema da presença da mulher na obra de Abelardo da Hora. As esculturas serão expostas no espaço Nosso Quintal, na Várzea, durante todo o período da feira e do circuito da FENEARTE.

Aberlardo da Hora (1924/2014) foi um artista que se destacou como um dos grandes escultores brasileiros do século XX, influenciado pelo movimento expressionista, e desenvolveu um estilo marcante que transmite emoções intensas e uma visão crítica da sociedade. Sua habilidade em esculpir formas orgânicas com destaque para obras como “a mãe do nordeste”, que retrata a força e a resiliência das mulheres brasileiras. Essa iniciativa contribui para enriquecer o cenário artístico de Pernambuco ao apresentar obras que celebram o feminino e a arte em sua forma mais potente e autêntica.

Recife, 14 de junho de 2024.

Carlos Mélo, Curador


Fundada em 2021 em Caruaru, a Galeria Boi é um espaço de pesquisa, documentação, fomento e exibição da produção artística contemporânea. Propõe estratégias curatoriais colaborativas que fomentem o diálogo entre diferentes gerações e distintas perspectivas culturais. Mantém como diretriz principal o estímulo às práticas artísticas caracterizadas pelo conceitualismo, pela ênfase nos processos e pela postura crítica, muitas vezes subversiva. Pretende estimular o debate que compreende ações artísticas como zona de contato para o exercício de mudanças geográficas, estéticas e econômica pensando a América Latina como o Nordeste do Ocidente, o que inspirou o tema desta edição da ArtPE “o eixo virou seta”.

Para esta Edição da Feira, além das comemorações ao artista Aberlardo da Hora, Abniel Nascimento (PE), Armarinhos Teixeira (SP), Caetano Costa (PE), Chico Dantas (PB), Edilson Parra (PB), Jared Domício (CE), Junior Pimenta (CE), Guilherme Borba (PE), Marcenaria Olinda (PE), Mitsy Queiroz (PE), Pedro Vinicius (PE), Rafael Chavez (PB), Ratinho (PE), Rejane Cantoni (SP), Thalyta Monteiro (PE), Xinga (PE) e Yuri Bruscky (PE).

A Boi é uma extensão da Primeira Bienal do Barro do Brasil, idealizada pelo artista e diretor da galeria Carlos Mélo, e desenvolve um programa especial de investigação em torno da produção de jovens bem como de renomados artistas flexionando o anagrama AGRESTE_RESGATE, referência à região onde acontece a Bienal do Barro e funciona a sede da Galeria, o Agreste Pernambucano. Promove uma atualização histórica de processos desenvolvidos a partir de forte resistência intelectual e geopolítica, cujo desafio e compromisso é o contra hegemônico (SULLIVAN, SPICER E e BÖHM, 2011) como transformação dos agentes do mercado de arte no país, mas cuja atuação, portanto, foi exclusivamente no sudeste do país ao longo das últimas décadas.

Abelardo da Hora em seu ateliê, 2014 Foto: Hans Von Manteufe

Abelardo da Hora (1924-2014) foi um escultor, desenhista, gravador e ceramista brasileiro. Ficou conhecido por retratar as mulheres e os temas regionais, se destacando como um dos maiores escultores do século XX em Pernambuco. São de sua autoria diversas esculturas que embelezam a cidade do Recife.
 

O artista nasceu nas terras da Usina Tiúma, na cidade de São Lourenço da Mata, em Pernambuco, no dia 31 de julho de 1924. Cursou Artes Decorativas no Colégio Industrial Professor Agamenon Magalhães. Ingressou na Faculdade de Direito de Olinda e frequentou o Curso Livre de Escultura da Escola de Belas Artes do Recife, onde foi aluno de Cassimiro Correia. Em 1946, junto com Hélio Feijó e outros artistas, participou da criação da Sociedade de Arte Moderna do Recife, sendo seu diretor por quase dez anos. Em 1952, Abelardo da Hora fundou junto com os artistas Gilvan Samico, Wiltonde Souza, Wellington Virgulino, Ionaldo, Ivan Carneiro e Márius Lauritzen, o “Ateliê Coletivo”, do qual foi professor e diretor até 1957.
 

Realizou exposições nos Estados Unidos, Europa, Argentina, Mongólia, União Soviética, Israel e China. É de sua idealização a lei municipal que transformou a cidade do Recife em uma galeria de arte a céu aberto com obras de arte, esculturas ou murais.
 

Serviço:

ART*PE 2024

Galeria Boi localizada no piso térreo, stand nº 20

Período: 26 a 30 de junho de 2024

Horário: quarta a sábado das 13h às 21h | domingo das 13h às 17h

Local: Terminal Marítimo de Passageiros no Porto do Recife / PE
Recife, PE, 50030 Armazém 7, Recife
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Galeria Boi
Caruaru

Travessa Mestre Vitalino, S/N

Alto do Moura – PE – Brazil
+ 81 9 99552323

Terça à sexta, 14h às 18h30

Sábados, 12h às 18h

Por Uiara Costa De Andrade – Agência Catu

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