Filme “Onde as Ondas Quebram”, da documentarista Inara Chayamiti, participa do 10º Santos Film Fest

Créditos Arte sobre 10º Santos Film Fest Still do filme Divulgação

Documentário estreou, em março, no DisOrient Asian American Film
Festival, nos EUA

O longa-metragem “Onde as Ondas Quebram” estreia na Baixada Santista no dia 22 de junho de 2024 (sábado), às 15h, no Sesc Santos, durante a
Mostra Nacional competitiva do 10º Santos Film Fest. Necessário retirar
gratuitamente os ingressos 1h antes da sessão.

A exibição acontece durante as comemorações dos 116 anos da imigração
japonesa no Brasil. Previamente, ele foi exibido no 47º Festival Guarnicê de Cinema – o mais longevo do Nordeste e o quarto mais antigo do país.

O filme teve um circuito de pré-lançamento de impacto no ano passado,
marcando os 115 anos da imigração japonesa e os 80 anos da expulsão da
comunidade do litoral paulista, durante a Segunda Guerra. Foram 9
sessões especiais seguidas de debates em museus, espaços culturais,
acadêmicos e comunitários, com 21 convidados, em 5 cidades (São Paulo,
Londrina, Arapongas, Ribeirão Preto e Santos).

No próximo mês, a Comissão de Anistia (MDHC) realizará, no dia 25 às
14h, uma sessão de julgamento do processo de reparação coletiva sem
fins pecuniários à comunidade japonesa com base nos casos da Ilha de
Anchieta em Ubatuba (SP) em 1946 e no episódio da expulsão de Santos
em 1943. Os proponentes do pedido são a Associação Okinawa Kenjin do
Brasil e o idealizador do movimento pela retratação Mario Jun Okuhara.
A expulsão é um dos temas abordados pelo filme, pois a batchan (avó) da
documentarista estava entre os milhares que perderam tudo nesse
traumático e silenciado episódio da história.

Sobre o filme
No filme, a documentarista investiga sua identidade fragmentada colando
peças da história de sua família e da saga nipo-brasileira, marcadas
por duas diásporas entre lados opostos do mundo: Brasil e Japão.
Partindo de um ponto de vista autêntico e de uma busca curiosa e
afetiva, o filme constrói pontes geracionais e culturais, levantando
fatos históricos e atuais, questões pessoais e universais.

O filme teve apoio do Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Museu
Histórico de Londrina (acervo filmográfico de Hikoma Udihara), Museu
Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, Bunkyo – Sociedade Brasileira
de Cultura Japonesa e de Assistência Social, Museu da Emigração e Centro
de Intercâmbio Cultural de Kobe, Instituto Moreira Salles (acervo
fotográfico de Haruo Ohara), Logan Nonfiction Program, Café Altinópolis,
Maria Fumaça Campinas / Associação Brasileira de Preservação
Ferroviária, Trama Fantasm, Your Podcast, Mommalaw – Müller Mazzonetto
(apoio jurídico), marmiroli comunicação, REN Brasil, Embaixada do Japão
no Brasil, Imago Machina, Associação Japonesa de Santos e Prefeitura de
Makurazaki.

Mais informações sobre o filme: www.ondeasondasquebram.com

Busca de identidade
Quando a documentarista Inara Chayamiti migra do Brasil para os Países
Baixos, descobre-se estrangeira em sua própria terra natal. Ela, que se
considerava uma típica brasileira no caldeirão do país, percebe agora o
seu não-lugar: vista como japonesa demais no Brasil e nada japonesa no
Japão. Começa então a buscar sua identidade fragmentada investigando a
história de sua família.

Como na arte japonesa de reparar cerâmicas com ouro, ela cola peças
dessa história marcada por duas diásporas entre lados opostos do mundo:
Brasil e Japão. Ao usar ouro em sua cola, o kintsugi valoriza a
imperfeição e a história de cada peça.

Por considerar-se brasileiro, o pai de Inara rompeu com tradições
japonesas e até mesmo casou-se com a mãe de Inara, uma uma “gaijin”
(“estrangeira”) para a decepção de sua família. Sua batchan (avó),
nascida no Brasil, define-se como japonesa sem titubear. Seus tios vivem
no Japão há 30 anos enquanto brasileiros. E apesar de suas primas terem
nascido lá, elas são brasileiras que só conhecem o Japão.

Afinal, o que torna uma pessoa brasileira, japonesa ou de qualquer
lugar? Nascer em um lugar ou em outro? Crescer lá ou aqui? Entender sua
cultura e língua? Amar um lugar? E o que significa ser vista como
amarela? Como foi isso para seus bisavós e avós?

Em sua jornada por respostas, ela percebe o quanto desconhece as
memórias familiares e a história coletiva. Descobre que sua batchan, aos
seis anos de idade, estava entre milhares de japoneses e descendentes
que perderam tudo por serem vistos como inimigos no Brasil durante a
Segunda Guerra. Porém, ela descobre que essa hostilização, na forma de
racismo e xenofobia, já ocorria muito antes da guerra.

Como entender essas histórias invisibilizadas a partir da perspectiva de
hoje e trazer mais peças para o kintsugi da própria brasilidade?

Sobre a documentarista
Documentarista nipo-brasileira residente em Portugal, Inara Chayamiti
conta histórias de não-ficção há 15 anos. Em seus trabalhos, as
pessoas são protagonistas de suas próprias narrativas.

Entre suas obras estão: “Yzalú – Rap, Feminismo e Negritude” (exibido
por In-Edit Brasil, Curta Kinoforum, MIMO e outros cinco festivais;
finalista da Semana Paulistana do Curta- Metragem, Prêmio CineB Solar);
“Raam” (Prêmio do Público do SHIFT Film Festival/Cinesud); e “Volta na
Quadra” (Prêmio NETLABTV e patrocinada pela Folha de S. Paulo).

Foi fellow no Logan Nonfiction Program com o longa “Onde as Ondas
Quebram”, que foi finalista no Sundance Documentary Fund e no Berlinale
Talents.
Por meio de sua produtora, trabalhou para Greenpeace, Google, Marie
Claire, Fundação C&A, GOL, entre outros. Durante duas temporadas,
integrou a equipe internacional de “Legends Rising”, da Riot Games.

Foi videojornalista na TV Folha e nas editoras Globo e Abril. Formou-se
em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina, foi integrante do
Curso Abril de Jornalismo e do laboratório NETLABTV, fez
especialização em cinema na universidade Anhembi Morumbi e estudou
documentário no UnionDocs (NY). Fez ainda cursos focados em
cinematografia, impacto, roteiro e empreendedorismo.

SERVIÇO RÁPIDO
10º Santos Film Fest
Estreia na Baixada Santista no dia 22/06, sábado, às 15:00 no Sesc
Santos, na Mostra Nacional competitiva. Retirada gratuita dos ingressos
1h antes da sessão
santosfilmfest.com

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida, Santos – SP, 11040-900
(13) 3278-9800
https://www.sescsp.org.br/unidades/santos/guia-de-programacao-sesc-santos/

Ficha Técnica
Direção: Inara Chayamiti
Produzido por: Lorena Bondarovsky e Inara Chayamiti
Produção Executiva: João Martinho
Roteiro: Inara Chayamiti e João Martinho
Montagem: Inara Chayamiti
Direção de Fotografia: Inara Chayamiti e Kiyoshi Chayamiti
Trilha Sonora Original: Pedro Sodré e Rudah Guedes
Mixagem e Pós-produção de Som: Paulo Oliveira Sousa
Produção Local: Sarah Kimura e Emília Chayamiti
Design Gráfico: Flávio Reis
Kintsugi: Taku Nakano
Estratégia de Impacto: João Martinho
Produção e Distribuição de Impacto: Inara Chayamiti

“Onde as Ondas Quebram”
documentário
BrasiI
2023
85 min
português
cor
Trailer: https://vimeo.com/821072515

Site: www.ondeasondasquebram.com
Redes sociais
Facebook: www.facebook.com/ondeasondasquebram
Instagram: @ondeasondasquebramfilme

Por marmiroli comunicação, 21 ANOS
Erico Marmiroli

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