Estudantes curitibanas são premiadas na USP
Temas com caráter social foram escolhidos entre mais de 300 finalistas na Febrace 2017
Dois trabalhos científicos do Colégio Positivo, de Curitiba, obtiveram reconhecimentos de destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que aconteceu entre os dias 21 e 23 de março, na Universidade de São Paulo (USP). A estudante do 1° ano do Ensino Médio, Luísa Detzel ficou em 3º lugar entre os projetos de Ciências Humanas, com um estudo sobre a origem da honestidade. Já as estudantes do 2° ano do Ensino Médio, Cindy Maureen e Júlia Beatriz Vaz de Oliveira, receberam o prêmio da Revista InCiência, que publicará o artigo das alunas sobre o Innovative Absorbent Gel (Gel Absorvente Inovador, em português), que foi destaque por apontar uma solução contra a proliferação do Aedes Aegypti.
A feira, que acontece desde 2003, contou com mais de dois mil projetos inscritos neste ano, sendo que destes, apenas 346 foram para a etapa final de mostras. Segundo a professora Irinéia Inês Scota, coordenadora da Mostra de Soluções do Colégio Positivo, estudantes que participam de um evento como a Febrace oportunizam o desenvolvimento de projetos investigativos criativos e significativos para a sociedade. “Por isso, nós incentivamos nossos alunos a se envolverem com assuntos que estimulam o empreendedorismo, a criatividade, a inovação e o espírito científico”, salienta. “Nossas alunas representantes defenderam seus projetos com amor, muito suor, superação e dedicação. Respeitaram todo e qualquer tipo de público que assistiu às apresentações, ouviram com atenção e interesse as dicas dos avaliadores, interagiram com os avaliadores, professores, público e outros participantes com hombridade, simpatia, talento e respeito”, conta, orgulhosa, Irinéia.
Conquistas relevantes para a sociedade
Luísa Detzel, além de ficar em terceiro lugar entre os projetos de Ciências Humanas, ganhou uma credencial para a Feira Mineira de Iniciação Científica (FEMIC), que acontece de 16 a 18 de agosto, em Mateus Leme (MG). Segundo ela, participar da Febrace foi recompensador e a experiência da mostra expandiu seu modo de pensar sobre a esfera científica. “A Feira me impactou principalmente por ter tantas pessoas, de tantos lugares, lidando com a pesquisa com tamanha importância e tendo tanto amor por aquilo que estava fazendo”, ressalta. A pesquisa, orientada pela professora de Língua Portuguesa, Claudia Cristiane Secco Morgenstern, teve como objetivo descobrir se a honestidade é herdada ou moldada pela influência da sociedade.
Já as alunas Cindy Maureen Rossoni Honjo e Júlia Beatriz Vaz de Oliveira apontaram uma solução contra a proliferação de mosquitos por meio de focos de água parada. A experiência consiste em utilizar um polímero superabsorvente que, quando em contato com a água, cria uma espécie de gel, impedindo que as larvas do Aedes Aegypti se desenvolvam. As estudantes contam que a mostra do projeto na Febrace serviu não só para o reconhecimento de importantes personagens do meio científico, como a Revista InCiência, mas também para uma maior elaboração do projeto. “Todos os avaliadores acrescentaram algo a mais no trabalho, com críticas e dicas para melhorar”, ressalta Cindy. O projeto foi elaborado com o auxílio do professor de Biologia do Colégio Positivo, Guilherme Rodrigo Teitge e do professor de Química, Paulo C. Bega.
Outro ponto destacado pelas alunas foi o apoio que receberam de seus professores e do Colégio como um todo. Júlia lembra das etapas que a levaram à feira e reforça a necessidade dessas motivações. “A educação que tivemos voltada para a ciência e os projetos da escola, como a Mostra de Soluções, realmente geram frutos muito bons, não só como a Febrace, mas na formação de alunos que têm a curiosidade e a mentalidade científica”, disse.
De acordo com a diretora pedagógica da Editora Positivo, Acedriana Vicente Sandi, “a iniciação científica recebe grande incentivo dentro do Sistema Positivo de Ensino, uma vez que a proposta é justamente a de uma formação cidadã dos indivíduos por meio de um processo de ensino questionador, onde o professor age de modo interativo e articulador, e o aluno atua como protagonista, investigador”.
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