ENTREVISTA ESPECIAL DE PRIMAVERA COM MARCIA CARAZZAI PROPRIETÁRIA DA AGAPANTHUS
Marcia Carazzai é referência na cidade de Curitiba quando pensamos em flores e, como ela mesma diz, a floricultura a escolheu. Há 26 anos, tem se dedicado constantemente a Agapanthus.
Você gosta de flores e plantas? Então, aprecie a história de empreendedorismo e, principalmente, de amor.
Katia Velo – Como surgiu o interesse em abrir uma floricultura?
Marcia Carazzai – É uma história única. Logo após o nascimento da minha filha, passei um tempo em casa, sem trabalhar. Decidi que era hora de fazer uma mudança. Queria algo diferente, inusitado e inovador, então me inscrevi em um curso noturno sobre hidroponia com duração de uma semana. Morava longe da escola, peguei uma carona com meu marido, que na época estava fazendo uma pós-graduação. Deixei meu bebê com meus pais e segui para o meu novo destino. Ao chegar lá, fui informada pela secretaria da escola que o curso de hidroponia não aconteceria, pois só havia um aluno inscrito – eu. Eles não podiam reembolsar o valor investido naquele momento, já que a tesouraria só funcionava de manhã. Naquele momento, não havia como avisar meu marido que eu teria aula e iria embora, pois não tínhamos celular. Tive que aguardar minha carona de volta. Decidi ficar e um professor da escola me convidou para a primeira aula sobre ‘como montar sua floricultura’. Para passar o tempo, aceitei. Empolgada, participei de todas as aulas. O resultado está à vista. Costumo dizer que não escolhi abrir uma floricultura, mas a floricultura me escolheu.
KV – Quais foram as principais dificuldades do início da trajetória da Agapanthus?
MC – Gosto de salientar que não encontrei dificuldades, mas sim diversos desafios. Sendo advogada, inicialmente não possuía muito conhecimento sobre flores e plantas, o que me demandou uma extensa jornada de estudo, que continua até hoje.
Acredito que o maior desafio das floriculturas seja lidar com produtos extremamente delicados. Trabalhar com flores exige expertise e dedicação constante.
Outra dificuldade foi gerir uma empresa no Brasil, onde a burocracia é substancial, com muitos entraves jurídicos, sobrecarga de impostos e a necessidade de capital de giro, entre outros aspectos. Contudo, a Agapanthus foi concebida com uma visão empresarial, e sempre busquei aplicar práticas administrativas sólidas. O planejamento foi crucial para um começo bem-sucedido. A beleza das flores e plantas sempre me impulsionou a seguir em frente, e desde então já se passaram 26 anos.
KV – Você acredita que após a pandemia houve uma mudança na relação das pessoas com as plantas e flores?
Com certeza, as pessoas passaram mais tempo em casa e investiram um pouco mais na ambientação para deixar os seus espaços mais acolhedores, e as plantas e flores desempenharam um papel importante nisso. Afinal, quem não aprecia um ambiente onde a natureza está presente?
Uma considerável parcela de indivíduos escolheu enviar flores naturais para aqueles que estavam distantes ou isolados. Uma maneira brilhante de expressar afeto e estar presente sem se expor aos riscos de sair de casa quando isso não era possível.
KV – Durante o período pandêmico e pós-pandemia, o Mercado de Flores teve que se adaptar as novas mudanças?
MC – Durante a pandemia os eventos sociais e corporativos foram praticamente extintos. As decorações de festas e encontros cessaram. Os produtores especializados em flores de corte perderam quase instantaneamente 70% do mercado. Toneladas de flores foram desperdiçadas, gerando um prejuízo enorme, além do pesar de ver as flores sendo descartadas. Em algumas regiões do Brasil, as restrições às operações das floriculturas só ampliaram os prejuízos. No entanto, assim que conseguimos reabrir a loja e também pudemos retomar as vendas pelo site, notamos um aumento vertiginoso no consumo.
Todos desejavam a presença acolhedora da natureza em suas casas e escritórios. Nossos clientes passaram a mandar mais flores para presente, pois as flores carregam significados profundos de bem-querer, evocam emoções, encantam e expressam afeto.
Agora em 2023 sentimos que o mercado voltou aos patamares de pré-pandemia e muitos clientes nos relataram que a relação deles com flores e plantas mudou, hoje consideram as flores indispensáveis na sua vida.
KV – Os arquitetos, paisagistas e designers de interior incluem, cada vez mais, vasos, plantas e flores em seus projetos. É mais um estímulo para quem deseja ingressar nesse nicho de mercado?
MC – Atualmente, observamos uma crescente demanda dos clientes por flores e plantas naturais em seus lares e estabelecimentos comerciais. Os arquitetos, decoradores e paisagistas mais atualizados estão atentos a essa tendência. Nas floriculturas, é possível notar uma profusão de novas espécies, variedades e cores, o que proporciona um estímulo para a criação de ambientes encantadores e acolhedores. Profissionais que buscam conceber espaços aconchegantes com a presença de plantas têm à disposição um leque muito mais amplo de opções do que no passado. As plantas estão se tornando cada vez mais disponíveis, com uma série de novidades promissoras à vista. Cultivar plantas e ter flores frescas em casa tornou-se um passatempo popular, e as pequenas plantas são frequentemente chamadas de “pets verdes”.
KV – A decoração das festas, sejam casamento, aniversário, batizado, etc., também segue um modismo com relação ao estilo de montagem e uso de flores?
MC – As decorações estão alinhadas com as tendências da moda em termos de formas e cores. As novas técnicas para montagem de arranjos, ambientação e cenografia estão elevando as decorações a um nível de superprodução. Não há limites na criação.
KV – Você teria uma história interessante para contar sobre uma entrega de flores?
MC – O amor bateu à porta
Era um dia de semana. Fábio estava alegre. Queria fazer uma surpresa para a namorada. Passou na floricultura e comprou um buquê de flores diversas. Neste dia, pediu em tons mais quentes, do vermelho ao laranja. Apreciou as bocas de leão, as rosas, gérberas, alstroemérias e crisântemos. Perguntamos se era para entregar como sempre e ele quase que cantarolando respondeu que naquele dia levaria as flores pessoalmente. Não era uma data especial, mas surpreendentemente, algo lhe dizia que alguma coisa diferente iria acontecer naquela quarta-feira. Será? O rapaz não era supersticioso e nem ligado à intuição. Logo, deixou o pensamento de lado e correu para a casa de Andréa, antes que tivesse que voltar ao trabalho.
Já conhecia o porteiro que, logo, lhe abriu a entrada de vidro do prédio da amada. Estava muito eufórico, feliz de verdade. Apertou o número 8 e subiu. Chegou no andar e, como de costume, ou seja, mecanicamente, apertou a campainha. Vamos lembrar aqui que Fábio era um pouco desligado. Uma moça lhe abriu a porta. Ele nunca tinha a visto. Talvez, a família tivesse mudado de empregada. Pediu para chamar a Andréa e ficou aguardando. Observou que os móveis estavam colocados de forma estranha no apartamento. Nossa, pensou ele, mudaram tudo de lugar!
De repente, ouve passos. É ela! Andréa saiu estonteantemente linda. Só tinha um problema: não era sua namorada. Ele ficou embasbacado pela beleza da moça que lhe perguntou o que queria. Fábio ficou gago. O coração, descompassado.
– Andréa?
– Sim, o que deseja?
Ele ficou tão sem graça, com as flores nas mãos, que não sabia o que dizer. Então, a moça lhe deu água, sentou com ele no sofá e começaram a conversar. Tudo foi esclarecido. E eles riram muito…
Na agonia de ver a namorada, Fábio apertara o oitavo andar, mas não vira que o elevador parara no sexto. Saiu e bateu à porta do apartamento errado. E por acaso -se que é ele existe- havia uma Andréa ali.
Se você acha que nossa história termina aqui, está enganado. Fábio entregou as flores à desconhecida e nunca mais a tirou da cabeça. Aliás, eles casaram e sempre contam que tudo aconteceu por causa de um buquê da nossa floricultura. Não se cansam de relembrar que foi por causa das flores do campo que o amor deles foi possível. Ah, sim! Fábio agora acredita firmemente na intuição. Quando acha que o dia vai ser diferente, fica todo alegre. Só toma cuidado para não mais errar de apartamento.
KV – A Agapanthus é uma referência quando o assunto é Arte Floral. O sucesso é o resultado de vários fatores?
MC – Temos a convicção de que a equipe Agapanthus é a essência de nosso sucesso e o principal impulsionador de nosso reconhecimento pela excelência em serviços. Nossos membros sempre têm acesso ao que há de mais destacado no aprendizado da arte floral, buscando constantemente o conhecimento e as técnicas primorosas na confecção e montagem de arranjos.
KV – Quais são os planos para o futuro para a Agapanthus?
MC – Estamos focados em aprimorar constantemente o atendimento aos nossos clientes, expandindo nossos serviços tanto na loja física quanto através de canais digitais como WhatSapp e e-commerce.
Nosso objetivo é continuar compartilhando a beleza das flores e plantas naturais com um público ainda mais amplo.
Ação especial para este ano:
Coleção Natal Natural Agapanthus
A partir do dia 08/11/2023
Rua Augusto Stresser, 1133 – Juvevê – Curitiba/PR
Estacionamento exclusivo e gratuito
WhatsApp 41 98851-6862
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