Encontro de Tradições proporcionou imersão na cultura popular do Paraná

Folia de Reis Foto: Day Luiza

Força, diversidade e emoção da cultura popular paranaense mais uma vez conquistaram o público do Encontro de Tradições, festival itinerante que concluiu sua quinta edição na última sexta-feira (13/12), no Centro Histórico de Piraquara. Com público de 8.700 mil pessoas, o evento gratuito trouxe nas sete tendas uma intensa programação que se espalhou por dois dias de celebração e compartilhamento de artes e saberes tradicionais. Foram 15 apresentações artísticas no palco e mais cinco exposições, seis oficinas e vivências, além de uma feira de artesanato e arte popular.

Realizado pela produtora Olaria Projetos de Arte e Educação, o evento teve apoio da Copel e da Prefeitura de Piraquara; o projeto foi aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), da Secretaria de Estado da Cultura, do Governo do Paraná. Entre os participantes, estiveram grupos como os paranaenses a Associação de Capoeira Angola Dobrada, Grupo Ukuthula de música africana, Wakaba Taiko (tambores japoneses), Companhia de Santos Reis Anunciando o Rei Messias, Boi de Mamão da Associação Mandicuera, Grupo de Fandango Mestre Eugênio, além de um convidado de fora do estado, a Orquestra Fraterna de Viola Caipira, sediada em Botucatu, São Paulo.

Outro destaque, a Feira de Artesanato e Arte Popular do Encontro de Tradições reuniu coletivos, associações, famílias, cooperativas, aldeias e quilombos que produzem com matérias primas orgânicas um artesanato de identidade cultural dos povos tradicionais do Paraná.

Repercussão

Para a curadora do Encontro de Tradições, a pesquisadora e produtora Lia Marchi, o evento ganhou ainda mais corpo nesta edição. “Foi uma emoção muito grande ver tanta gente junta circulando pelas diferentes atividades. Sem dúvida o Encontro cumpriu seu papel de ser uma imersão na cultura popular e proporcionar o contato com diferentes comunidades”, conta. “O público pôde participar tendo grande proximidade com diferentes mestres, e temos neste ponto outra característica marcante do evento: ele é feito para tocar, viver, experimentar. Assim, as pessoas voltaram para suas casas levando um pedacinho do Encontro. Queremos que as pessoas saiam com a cultura popular bem viva dentro de si”.

Para o coordenador da tenda Afro-brasileira, Dizi Joanassi, o evento inteiro foi fantástico.  “Tivemos aqui uma reunião dos mestres e mestras da cultura popular paranaense num único lugar. Isso é importante não só para quem participou, mas para todo o Paraná”, afirma. “Outro fator importante é que muitos professores participaram e vão replicar os conteúdos novamente em sala de aula”.

O músico Itaercio Rocha, que veio do Maranhão para ministrar oficinas, ressaltou que o evento é uma importante forma de descentralizar o acesso à cultura. “Como o Encontro é realizado em diferentes cidades, isso permite que se discuta a cultura popular como um todo e também questões locais”.

Para o professor Florêncio Rekayg Fernandes, líder indígena de Nova Laranjeiras, o evento também reforçou a importância dos povos originários na formação do Paraná. “Pudemos apresentar nossa cultura para crianças de várias idades, desde o terceiro ano do ensino fundamental até o ensino médio. E pelo que pudemos conversar com os pequenos, vemos que há um avanço no processo de luta por mais divulgação da causa indígena no Paraná”.

Para o coordenador da Congada Ferreira da Lapa, Ney Manoel Ferreira, o Encontro de Tradições também promove um importante intercâmbio cultural.  “Ele faz os grupos se unirem e cada um busca aprender sobre a cultura do outro”, explica. “Além disso, é muito importante a grande presença de crianças no evento, pois são elas que vão dar continuidade à cultura popular”.

FC Comunicação | Assessoria de Imprensa

Guilherme | Fabiano | Cauby

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