DOTART GALERIA INAUGURA NOVAS EXPOSIÇÕES NO DIA 25 DE ABRIL: “ABRINDO A CAIXA”, “BARULHO” E “GREEN OU SINAL VERDE PARA O SAQUE DAS AMÉRICAS”

LÍVIA MOURA, FELIPE FERNANDES E REGINA VATER ASSINAM AS MOSTRAS, RESPECTIVAMENTE

Abrindo a Caixa. Crédito: Lívia Moura

 

 

Bons ares, ares bons. É com este frescor que o ano começa na dotART galeria, com a inauguração de novas exposições no dia 25 de abril: “Abrindo a caixa”, de Lívia Moura; “Barulho”, de Felipe Fernandes; e na Sala Pensando o vídeo “Green ou Sinal verde para o saque das Américas”, de Regina Vater.

Com curadoria de Wilson Lazaro, diretor artístico da galeria, a mostra traz dois jovens e consistentes artistas, Felipe Fernandes e Lívia Moura, que se conectam e transformam a experiência da arte pela vivência do espaço, criando um universo pictórico de poesias e formas.

“É uma pintura pensada, construída e realizada sobre uma arquitetura do gesto e da experiência, que não é estática e posiciona o espaço dentro da dimensão do tempo, imprimindo movimento à matéria, um apelo sensorial dessa pintura atual que está sempre incorporada pela cor e pelas formas. A tela é a morada desse gesto em momentos tão intensos, em contextos tão austeros. Delicado ou não, colorido ou não, tudo se resume numa boa e sedutora pintura. Esse é o sentido.”, comenta o curador.

Na Sala Pensando, um vídeo de Regina Vater, uma artista consagrada que teve um importante papel político nos anos 70, com obras ainda atuais. Mantém exposições tanto no Brasil quanto no exterior.

 

Abrindo a Caixa – Lívia Moura

O título da exposição remete ao mito de Pandora, no qual ela abre uma caixa deixando escapar todos os males do mundo e culpando todas as mulheres pelo pecado original. Segundo historiadores, a origem deste mito tem suas raízes há mais de 6 mil anos, quando Pandora era uma das representações do “vaso divino”.

Esta exposição faz parte de estudos e projetos que a artista desenvolve há 10 anos. As cerâmicas foram produzidas em 2010 no sul da Itália e lançadas ao mar em 2016 nas Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro. Elas são um resgate da Pandora arcaica, do antigo vaso que jorra o mar e é engolido pelo oceano.

As pinturas intituladas “Abrindo a Caixa” são um jorro explosivo que sai dos vasos. “Elas foram feitas com argilas que venho recolhendo no sul de Minas misturadas com tintas industrializadas. Nessas pinturas trago o movimento natural das tintas jorrando e escorrendo, conjugado com jatos de spray e minhas pinceladas, num exercício de diálogo e, por vezes, de camuflagem entre natura e cultura”, conta Lívia Moura.

Pandora é a mulher- biosfera, que parece desordenada, mas que é na verdade a ordem secreta do vivo, da matéria orgânica que se desdobra em mil possibilidades, produzindo ininterruptamente e espontaneamente novas formas de vida.

 

Barulho – Felipe Fernandes

Felipe Fernandes parte de formas simples como folhas, círculos e manchas. A mostra inicialmente levava o nome “primário”, pois eram as primeiras imagens que vinham, em um processo o mais espontâneo possível.

“Observei que a maior parte das pinturas passava a ideia de um movimento brusco, mas silencioso. Trabalhava contrastes e densidades de tinta e cor. A imagem, o figurativo, ou mesmo o gráfico, continuava lá, como um ponto de apoio para o olhar. As pinturas mostram uma intenção de figuração, mas que se perde na abstração que as manchas e coberturas de tinta proporcionam”, conta o artista.

Com o amadurecimento desse processo, “Barulho” tornou-se uma opção interessante de nome. “O barulho é algo difícil de definir, às vezes podemos identificar alguns sons reconhecíveis mesmo sendo uma massa sonora. Mas o barulho é por definição abstrato, uma interferência muitas vezes, no curso de um som inteligível. Mais do que falar das formas primárias que são o gatilho para a pintura, aqui o foco é justamente o desdobramento que elas proporcionam, o barulho que é gerado em meio ao que pode ser identificado”, finaliza Felipe Fernandes.

 

SALA PENSANDO

Green ou Sinal verde para o saque das Américas – Regina Vater

Trata-se de um trabalho desenvolvido para uma vídeo escultura executada na Bélgica, que a artista enviou para a curadoria da mostra “América, The Bride of the Sun”, realizada no Koninklijk National Royal Museum. Participaram também artistas como Ana Maiolino, Waltércio Caldas, Cildo Meireles, Tunga, Roberto Evangelista etc. O vídeo mostra as riquezas da flora e as invenções agrárias do “Novo Mundo” que foram exploradas e exportadas para a Europa depois do “descobrimento” do Brasil.

 

SERVIÇO:

Abrindo a Caixa – Lívia Moura

Barulho – Felipe Fernandes

Green ou Sinal verde para o saque das Américas – Regina Vater

Abertura: 25 de abril, às 18h30.

Visitação: até 24 de junho de 2017.

Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 19h. Sábado, das 9h às 13h.

Local: dotART galeria – Rua Bernardo Guimarães, 911 – Funcionários – BH/MG

Entrada Franca.

Contato: (31) 3261-3910/ dotart@dotart.com.br.

Facebook.com/dotart.galeria

Instagram.com/galeriadotart

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*