DESTAQUE “MÚSICA NO MUSEU”
O idealizador do programa Música no Museu, Sergio da Costa e Silva tem obtido destaque, não é para menos, depois do trabalho árduo, muita dedicação por mais de 15 anos, o sucesso é inevitável. Mas, só trabalho não é suficiente, qualidade e empreendedorismo, são fortes aliados. O Música no Museu é inspirado no que é realizado nos museus mais importantes do mundo, aqui foi adaptado às peculiaridades do Brasil. Ocupando espaços nobres, formando plateias, já que todos os concertos são gratuitos. Música no Museu possui um acervo rico de pesquisas, apresentações, experiências e já conta com a publicação de um livro demonstrando a retrospectiva dos últimos 15 anos. “São momentos especiais, depois de todo empenho e dedicação” destaca Katia Velo, artista plástica, colunista e professora de Arte.
Além do Música no Museu, a dedicação do Dr. Sergio abrange também outras criações como: Festival Internacional de Harpa,o RioHarp Festival, o Festival de Sopros e o Concurso Jovens Instrumentistas.
A seguir, a entrevista de Maria Luiza Nobre (Sol Maior, Jornal do Brasil, 3 de setembro).
http://www.jb.com.br/sol-maior/noticias/2015/08/26/musica-no-museu-da-premio-de-105-mil-dolares/?from_rss=None
A nossa conversa hoje é com o empresário Sergio da Costa e Silva, diretor, criador e produtor do Projeto Música no Museu que durante quase todos os dias do ano proporciona um concerto na cidade do Rio de Janeiro. Também são suas criações o Festival Internacional de Harpa,o RioHarp Festival,que coloca a cidade no calendário internacional durante o mês de maio, o Festival de Sopros e o Concurso Jovens Instrumentistas que acabou de escolher um músico brasileiro para ter a sorte de estudar nos Estados Unidos,com tudo pago,com o maior prêmio de um concurso no país,de expressivos cento e cinco mil dólares,disputado a cada centavo de norte a sul do país. Também tivemos curiosidade em saber como se sentem os ganhadores, suas experiências no estrangeiro e suas perspectivas de futuro. Com a palavra Sergio da Costa e Silva.
A maior premiação de um Concurso de Música,U$ 105 mil, foi dada no último Concurso Jovens Músicos,idealizado e criado por você. Como é a sensação de proporcionar uma premiação tão importante e de qualidade aos músicos brasileiros?
Sinto-me iluminado ao fazer Música no Museu. E a cada momento uma nova alegria onde a parceria entre Música no Museu e a centenária James Madison University uma escola Steinway tem sido muito proveitosa e proporciona a ampliação das atividades do nosso projeto que, ano a ano, além de premios em dinheiro, permite a ida de um jovem músico para se especializar nos Estados Unidos e, assim, abrir-lhes o horizonte internacional. Sentimo-nos gratificados porque a cada versão inscrevem-se músicos de todo o país e, assim, consolidando o Concurso Jovens Músicos como um evento de grande amplitude na renovação da música clássica brasileira. Isto a par dos espaços que a série lhes dedica já que 30% dos seus concertos é feita por jovens talentos, já há oito anos proporciona premios e estimulos a uma nova geração de músicos no Brasil. Esta é a nossa proposta e na versão de 2015, por exemplo, ¨ foram 8 meses de um trabalho profícuo de uma Comissão Organizadora formada por professores de várias escolas de música e que selecionaram 9 semifinalistas de um grande universo de candidatos de vários naipes e de todo o Brasil¨.
O concurso, que se amplia a cada ano,desperta grande interesse entre os jovens músicos das várias escolas de música de norte a sul do país.
Registramos, assim, o resultado do VIII Concurso Jovens Músicos-Música no Museu cujo vencedor foi André Araujo de Souza, violinista da Paraíba, 2º. Lugar o pianista Ramon Theobald Seabra da Cruz. do Rio Grande do Sul e 3º. Lugar a violonista Anna Carolina Leone Ferreira do Rio de Janeiro que também foi a escolhida pela James Madison University para receber o prêmio de U$105 mil já que além de excelente performance, também preencheu os pré-requisitos de bacharel em música e proficiência em ingles inseridos no Regulamento do concurso.
Qual é o retorno de cada vencedor do certame? Voltam ao Brasil ou conseguem iniciar uma carreira?
Os ganhadores das versões anteriores estão brilhando no exterior. Ei-los:
Ednaldo Borba – piano Mestrado na JMU. Terminando doutorado na Universidade de Oregon
Priscilla de Oliveira – piano Doutorado na JMU. Começa a lecionar na Pensacolla College na Florida em Agosto de 2015
Michel Nirenberg – saxofone Mestrado na JMU. Gravou um CD e mora em Washington DC
Henrique Medeiros Batista – percussão Mestrado na JMU. Foi aceito para o doutorado na Bowling Green University em Ohio.
Guilherme Andreas – flauta Segundo ano de Mestrado na JMU.
Em depoimentos exclusivos para Sol Maior:
Ednaldo Borba:
¨Participei do projeto Música no Museu em vários recitais e frequentemente desfrutei da oportunidade que este projeto oferece aos novos talentes.Também sou grato a este por me proporcionar a condição de participar no concurso em que ganhei uma bolsa de Mestrado para estudar na James Madison University nos Estados Unidos onde obtive o titulo de Mestre em piano. Obrigado Musica no Museu.
Michel Nirenberg –
Sem dúvida a parceria entre a James Madison University e o Música no Museu é importante. Me sinto privilegiado por ter a oportunidade de me aperfeiçoar fora do país em uma insitituição de alto nivel. Porsso afirmar, sem dúvida,que esta etapa foi e está sendo fundamental na minha profissão como profissional e espero que este apoio permaneça por muitos e muitos anos para que novos jovens músicos brasileiros tenham no futuro a mesma oportunidade que hoje estou tendo.
Priscilla de Oliveira –
¨Gostaria mais uma vez de agradecer por ter ganhado a bolsa de estudos para estudar na James Madison University através do Concurso Jovens Músicos-Música no Museu. Completei um ano de estudo nos EUA e estou gostando muito do curso. Estou cursando o doutorado em piano performance e a oportunidade tem sido ótima tanto pessoalmente como profissionalmente. Como aluna tive oportunidade de participar de master classes, recitais, concursos, concertos, além das aulas de piano e matérias regulares, como German Lied, Seminário de Piano, Pedagogia, etc. Como parte da minha bolsa, tenho a oportunidade de dar aulas de piano em grupo, aulas de percepção e acompanhar instrumentistas, cantores e ensaios de ópera. No ano passado ganhei o concurso de solistas da universidade (Concerto Competition) e pude solar o Concerto de Liszt No.1 para piano com a orquestra da universidade¨
Podemos já dar a boa notícia que em 2016 mais um músico terá a sorte de ganhar um prêmio com esse tão expressivo valor?
A continuidade do concurso é uma das metas de Música no Museu para 2016 em que pesem todas as dificuldades na obtenção de patrocinios para a sua execução ante a crise econômica que assola o país. Mas temos fé em que tudo melhore no próximo ano.
Alegra-nos o prestigio da participação no júri dos Maestros Alceu Bochino, Julio Medaglia,Ricardo Tacuchian,Villani-Cortes, Henrique Morelembaum, do pianista português Adriano Jordão,o violonista Fabio Zanon, o oboista Harold Emert,o musicólogo Lauro Gomes, dos representantes da James Madison University, Paulo Steinberg, Lori Piitz’, Andrew entre outros grandes nomes de prestigio nacional e internacionalm trazem-nos a certeza de que conseguimos reunir o que há de mais expressivo na música clássica na atualidade. E o modelo que imprimimos através de uma Comissão Organizadora que reuniu nomes também de expressão oriundos de orquestras e escolas de musica como Miriam Grosman, Maria Celia Machado, Paulo Pedrassoli (UFRJ), Kristina Augustin (UFF), Maria Helena Andrade (ProArte), Aizik Geller, Orquestra do Theatro Municipal, Licia Lucas (presidente da Academia Nacional de Musica) e o Maestro Israel Menezes.
Assim, sinto-me gratificado pela participação de nomes tão expressivos na nossa música e que se associam no esforço da renovação da música clássica no Brasil, o grande objetivo de Música no Museu.
E a história de Música no Museu e sua expressão internacional?
Realizando concertos de norte a sul do país, a história de Música no Museu, nestes seus 17 anos de atividades já registra um publico de 650.000 pessoas e uma mídia espontânea de milhares de registros em todos os veículos do Brasil, rádios, TVs, jornais, revistas, internet e até do exterior, com destaques para matérias no New York Times,Le Monde de la Musique entre outras. Tambem a excelência do projeto, que já recebeu inúmeros prêmios e honrarias nacionais (Ordem do Merito Cultural, Golfinho de Ouro, Embaixador do Rio, Urbanidades do IAB, Homens de Ação, Homens de Valor, da Hebraica, Mérito de Minas Gerais, Medalha Pedro Ernesto, Benemérito do Rio de Janeiro etc) e internacionais (Cultura Viva da Unesco). Latin American Quality Awards na PUC em Buenos Aires e gerou a monografia de Marie Hoffman, da Humboldt-Universität zu Berlin Philosophische Fakultät III Institut für Musikwissenschaft und Medienwissenschaft Musik und Medien/Kulturwissenschaft sob o titulo Die Rolle der „Klassik“ im öffentlichen Leben in Rio de Janeiro und die Konzertreihe „Música no Museu“ (Musik im Museum) The Role of “Classical Music” in the Public Life of Rio de Janeiro and the Series of Concerts “Música no Museu” (Music at the Museum) (a musica clássica na vida publica do Rio de Janeiro e a Serie de Concertos Musica no Museu). Na sua incursão internacional, há 8 anos que vem realizando, anualmente, concertos nos mais importantes espaços de cidades de todos os continentes. Cidades de Portugal (incluindo Coimbra e sendo escolhido para as comemorações dos 725 da Universidade de Coimbra), Espanha, França, Austria, Alemanha, República Tcheca *Europa), Estados Unidos (no Carnegie Hall em NY, LACMA, Los Angeles etc etc), Argentina, Chile, Canadá (Américas), Marrocos (África), India e Vietnam (Asia) e Australia (Oceania). E o mais importante levando a música e os músicos brasileiros para o exterior.
Também participa de eventos internacionais acolhendo os seus vencedores na Série no Brasil : Concurso Internacional de Piano Santander e Councours S.A.R. Princesse Lalla Meryen – Concurso Internacional de Pianos do Marrocos.
Além disto realiza o RioHarpFestival, o maior festival de harpas da América Latina e um dos maiores do mundo e que, já na sua 10ª. versão, colocou o Brasil no circuito mundial da harpa. Realiza, também, o RioWindsFestival trazendo ao Rio os maiores nomes dos sopros na atualidade.
Tudo isto se coroa com a parceria com a James Madison University dando, mais uma vez, um grande prestigio internacional que se junta a tôdas as suas demais expressões.
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