Contar histórias transforma vidas
Mais de 2,5 mil pessoas foram beneficiadas pelo projeto de Contação de Histórias, braço do Programa de Voluntariado desenvolvido pelo Instituto Positivo
O Dia do Contador de Histórias é comemorado em 20 de março. Trata-se de um ato que transforma vidas, tanto de quem conta quanto de quem ouve. O projeto de Contação de Histórias do Instituto Positivo (IP), pertencente ao Programa de Voluntariado organizado pela instituição, formou, nos últimos dois anos, 110 pessoas dispostas a levar o ato – normalmente associado às crianças na hora de dormir – a oito instituições de Curitiba e Região Metropolitana, somando, em 2014, mais de 2,5 mil ouvintes. São hospitais, casas lares e asilos, que recebem grupos de três a oito voluntários dispostos a contar histórias.
“Procuramos incentivar colaboradores a se tornarem voluntários e dividirem talentos e habilidades com a comunidade. Embora a contação de histórias tenha também um aspecto lúdico, por mexer com o imaginário e a criatividade, nosso propósito maior é aliar esses aspectos ao incentivo a leitura”, revela a coordenadora de Responsabilidade Social do Instituto Positivo, Cristiane da Fonseca. “O Instituto Positivo trabalha o voluntariado transformador, que busca contribuir com a mudança positiva da realidade social para o indivíduo e para a comunidade, por isso tem um propósito maior”, ressalta Cristiane.
Desenvolvido em parceria com o Instituto História Viva, os voluntários, antes de se tornarem contadores, passam por capacitação de 10 horas/aula e cursos de reciclagem contínuos. Durante o curso, os voluntários aprendem conhecimentos técnicos e práticos de postura de voz e corporal e indicações e dicas sobre livros recomendados para cada tipo de público e sugestões de abordagens. “No curso abordamos também os aspectos dos cenários sociais de cada organização, discutindo que assuntos podem ser tratados e quais não devem em cada realidade”, explica a analista de Responsabilidade Social do Instituto Positivo, Silvia Cristina Francisco.
Na prática, o ato é uma chamada relação de “ganha-ganha”: benéfica tanto para o contador de histórias quanto para quem escuta. “Ouvir histórias é encantador, dá a segurança que precisamos para enfrentar os desafios da vida a partir da construção de novos sentidos”, conta a gestora executiva do Instituto História Viva, Roseli Bassi. “Além disso, existem muitos benefícios ligados ao trabalho voluntário, uma vez que o indivíduo fica mais preparado para atuar em equipe, melhora a qualidade de leitura e potencializa sua comunicação, expressão oral e corporal”, diz.
Programação
Ao se tornar voluntário, o colaborador assume o compromisso de frequentar uma das organizações sociais a cada quinze dias. “Eles sempre vão em grupo, pois facilita o trabalho e há uma troca de experiências e de responsabilidades. Além disso, eles vão sempre ao mesmo local, em uma tentativa de fidelizar os voluntários à instituição”, ressalta Silvia.
Por se relacionarem com o mesmo perfil de pessoas, à exceção dos grupos que atuam nos hospitais, as histórias dificilmente se repetem, assim como a dinâmica de trabalho. “Nos asilos, por exemplo, houve dias em que fomos e não contamos as histórias. Nós apenas ouvimos. Era isso que eles precisavam para aquele momento”, conta Cristiane.
Sobre o Instituto Positivo
Alinhado à estratégia de sustentabilidade e em consonância com a principal vocação do Grupo Positivo, o Instituto Positivo (IP) tem a Educação como foco prioritário. Ele articula e promove iniciativas que contribuam para o aumento da qualidade da educação básica do país, direcionando os seus investimentos para ações sustentáveis e estruturantes. O IP atua por meio de três frentes: Fortalecimento da Gestão Municipal para a Educação, Produção e Disseminação de Conhecimento e Mobilização Social Estruturada.
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