Confraria AD vai construir espaço de educação profissional para geração de renda em comunidade da RMC

Comissão de arquitetas realizou visita técnica na Comunidade Nova Esperança, em Campo Magro, onde vivem 900 famílias; associação coletou informações das reais necessidades dos moradores para iniciar projetos

Nadine Hyppolite Sylvain, da Pastoral do Imigrante, ladeada pelas arquitetas Janaina Bazzo, Ana Claudia Rodrigues e Claudia Sovierzosk / Créditos: Beatriz Helena de Paula

A associação sem fins lucrativos Confraria AD deu início ao trabalho social para a construção de um instituto de educação que beneficiará a comunidade Nova Esperança, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. Lá, residem cerca 900 famílias de diferentes nacionalidades, como haitianas, cubanas, brasileiras, argentinas, venezuelanas, colombianas e também da Guiana Francesa. Uma comissão formada por arquitetas da associação realizou uma visita técnica no local para coletar informações que serão utilizadas na produção dos projetos. O novo espaço comunitário vai abrigar uma cozinha-escola e salas de aula para capacitação profissional e aprendizado de línguas. 

A intenção da associação é que os projetos proponham uma visão de economia e de sustentabilidade, tendo em vista que a localidade já possui estruturas com esse propósito, como fossas ecológicas. “Conversar in locu com os moradores nos ajudou a entender exatamente o que eles precisam para iniciarmos os projetos. A Nova Esperança é uma comunidade simples, de baixa renda, mas muito organizada e os moradores são muito solidários e sabem trabalhar em prol do coletivo. Pensamos em oferecer nos projetos soluções mais perenes, modernas, ecológicas e de baixo custo”, explica a presidente da Confraria AD, Gabriela Antoniuk. 

A ideia é que a construção desse espaço de educação possa dar suporte aos moradores na geração de renda, como a produção de artesanato. Na cozinha-escola, além das boas práticas para a produção de alimentos, tendo em vista que alguns moradores têm o desejo de vender comidas típicas dos seus países, serão ensinados também pratos da cozinha brasileira. A sala de aula servirá para o aprendizado da língua portuguesa e também como espaço para aulas particulares de francês e espanhol.  

Uma das salas do instituto de educação deverá abrigar as máquinas de costura que são utilizadas pelos moradores para a produção de “paredes” confeccionadas com caixas de leite vazias (tetrapak) – a exemplo do programa Brasil sem Frestas. “Com os projetos prontos, vamos levantar os materiais para as obras que poderão ser executadas por profissionais da própria comunidade, como pedreiros, que sabem construir e seguir um projeto”, informa Gabriela Antoniuk.  

Doações darão suporte às obras sociais 

Com a realização do ConfraDay, evento beneficente promovido pela associação no final do mês de agosto e que contou com a participação de mais de 200 pessoas, foi arrecadado o valor de R$ 22 mil.  Metade desse recurso será destinada para o desenvolvimento das obras sociais na comunidade Nova Esperança, e o restante para a entidade parceira Obra Nossa-PR, que desde o começo da pandemia, no ano passado, trabalha para dar assistência a pessoas em situação vulnerável na RMC, por meio de ações solidárias como a entrega de alimentos e de itens de higiene pessoal. 

Sobre a Confraria AD  

A associação, sem fins lucrativos, surgiu da união de arquitetos, designers de interiores, paisagistas e construtores com o propósito de colaboração mútua entre os profissionais atuantes no setor da construção civil. Sempre gerando soluções para melhorias da atuação profissional e para valorização da categoria, tornando-se referência para sociedade em qualidade e excelência de boas práticas. 

Enviado por Flora Guedes Aureliano

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