Balé da Cidade de São Paulo apresenta Réquiem SP, coreografia inédita de Alejandro Ahmed, em conjunto com Coral Paulistano e Orquestra Sinfônica Municipal
Utilizando de uma rigorosa obra de Ligeti, a coreografia investiga de maneira provocativa as possibilidades de articulação entre corpos, contextos e manifestações culturais, destacando as dinâmicas e a singularidade de uma cidade como São Paulo. As apresentações acontecem nos dias 14, 15, 18, 19, 21 e 22 de março
Ensaio da coreografia Réquiem. Foto Larissa Paz
O Balé da Cidade de São Paulo estreia sua primeira temporada do ano com Réquiem SP, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo. Com criação, direção e coreografia de Alejandro Ahmed, que também atua como Diretor Artístico do Balé da Cidade, a obra terá a participação do Coral Paulistano e Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência e direção musical de Maíra Ferreira. As apresentações acontecem nos dias 14, 15, 18, 19, 21 e 22 de março e os ingressos variam de R$10 a R$92.
Nova coreografia do Balé da Cidade de São Paulo
A coreografia Réquiem SP apresenta um desafio e um exercício que estabelece um diálogo entre distintas linhagens de dança, como o balé, o jumpstyle e as danças urbanas e populares. A proposta investiga de maneira provocativa as possibilidades de articulação entre corpos, contextos e manifestações culturais, destacando as dinâmicas e a singularidade de uma cidade como São Paulo. Nesse cenário, o movimento do elenco vai além da técnica, atuando como matéria para explorar e compreender as interações do corpo com o ambiente.
O diretor explica que, além da interação entre três corpos artísticos, haverá uma integração de diferentes plataformas criando um ecossistema multimídia. “O Requiém SP explora além da partitura de György Ligeti, se estende para três movimentos musicais: um é um interlúdio de autogestão coreográfica e de som, outro é o Réquiem de quatro movimentos e o final que tem outras duas faixas do produtor canadense Venetian Snares. Um breakcore, ou seja, batidas rápidas e espaçadas, muito diferente da relação do que é o Requiém do Ligeti, mas, ao mesmo tempo, com complexidades de composição que se correlacionam”, explica Alejandro Ahmed.
Responsável pela criação, direção e coreografia, Alejandro Ahmed atua como diretor artístico do Balé da Cidade de São Paulo desde julho de 2024. Reconhecido como um dos coreógrafos mais destacados da dança contemporânea no Brasil, Ahmed desenvolve uma abordagem artística que investiga as correlações entre corpos, ambientes e tecnologias, investigando os limites dos corpos e as suas possibilidades de transformação.
Coreografia ensaio Réquiem SP. Foto Larissa Paz
Coral Paulistano executa obra complexa
O Réquiem, de György Ligeti, foi composto entre 1963 e 1965. A obra é uma composição para Coral e Orquestra, e traz em sua forma todas as características musicais do compositor hungaro sem deixar de lado a tradição musical de um Réquiem. Teve sua estreia em 14 de março em Estocolmo e se tornou uma das mais conhecidas de Ligeti, usada na trilha sonora de clássicos do cinema como 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick.
Ligeti dedicou nove meses exclusivamente à composição da seção Kyrie, com duração de seis minutos. Nessa parte, ele explorou a polifonia mais intricada de sua carreira, utilizando vinte linhas vocais. Apesar da complexidade, o musicólogo Harald Kaufmann destaca que essa abordagem mantém uma conexão com a tradição da polifonia vocal clássica dos antigos mestres. Além de Ligeti, será executada uma obra do músico eletrônico canadense Venetian Snares (Aeron Funk).
Com pouco menos de meia hora, a obra é dividida em quatro movimentos: I. Introitus, II. Kyrie, III. Dies Irae e VI. Lacrimosa. Segundo Maíra Ferreira, regente titular e responsável pela direção musical, é necessário um alto nível de sofisticação para executar o concerto. “Ligeti explora muito os extremos, então vai da nota aguda para a nota grave muito rapidamente. Tecnicamente, o cantor precisa ter um ótimo preparo para explorar o trato e a extensão vocal. Às vezes temos alguns pontos de descanso em uma obra. Essa não tem”, pontua. “Das obras que trabalhei, em quase dez anos no Theatro Municipal, nunca cantamos algo tão desafiador”, finaliza.
Serviço
Balé da Cidade de São Paulo
Coral Paulistano
Orquestra Sinfônica Municipal
14 MAR, sexta- feira, 20h00
15 MAR, sábado, 17h00
18 MAR, terça-feira, 20h00
19 MAR, quarta-feira, 20h00
21 MAR, sexta-feira, 20h00
22 MAR, sábado, 17h00
Sala de Espetáculos – Theatro Municipal de São Paulo
Ingressos de R$10,00 a R$92,00 (inteira)
Classificação – Não recomendado para menores de 18 anos
Duração: Aproximadamente 60 minutos
Alejandro Ahmed, criação, direção e coreografia
Maíra Ferreira, direção musical e regência
Gabriela Geluda e Laiana Oliveira, solistas
Aline Blasius, assistente de direção
Bibi Vieira, assistente de criação e design de movimento
João Peralta, diretor de fotografia, edição e criação de vídeo e interlocução musical
Karin Serafin, figurino
Diego de los Campos, cenografia, objetos e controles físicos digitais
Mirella Brandi, desenho de luz
Camila Bill, artista convidada
Michelle Bezerra e Clara Caramez, técnicas multimídia
Netto Silva, figurinista assistente
Vitória Paiva, assistente de cenografia
Grupo Cena 11, pesquisa estendida
Assessoria de Imprensa
André Santa Rosa – (82) 99329-6928
andre.lima@theatromunicipal.org.br
Letícia Santos – (11) 97446-0462
leticia.dossantos@theatromunicipal.org.br
SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).
Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei Federal de Incentivo à Cultura: Shell, Nubank, Bradesco e igc Partners. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.
SOBRE A SUSTENIDOS
A Sustenidos é a organização responsável pela gestão do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, do Theatro Municipal de São Paulo e dos programas Musicou, Som na Estrada e MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange); e pelos festivais Ethno Brazil e Big Bang. Foi responsável pela gestão do Projeto Guri, programa de ensino musical, no litoral e no interior do Estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA, de 2004 a 2021. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos, eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.
Quem apoia nossos projetos: Shell, Nubank, CTG, VISA, Bradesco, Instituto CCR, Rede Itaú, Grupo Maringa, Zanchetta, Igc Partners, Cipatex, Drogal, Marquespan e Sicoob.
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