Após vitória no Prêmio Jabuti, Bárbara Carine lança livro com reflexão sobre ambiente acadêmico
A nova obra apresenta caminhos possíveis para pensar uma intelectualidade emancipadora, e não limitadora dos saberes.
Vencedora do Prêmio Jabuti na categoria Educação com o livro Como ser um educador antirracista, idealizadora da primeira escola afro-brasileira, professora e autora de obras como Querido estudante negro e Educando crianças antirracistas, Bárbara Carine está de volta com E eu, não sou intelectual? – Um quase manual de sobrevivência acadêmica, que chega às livrarias pela Editora Planeta. A proposta da obra é dialogar com as pessoas interessadas em pensar a intelectualidade produzida a partir de outros marcadores que não aqueles universais pautados pela academia ocidental.
Pode um(a) intelectual não ser acadêmico(a)? Pode a intelectualidade não dissociar corpo e pensamento? Pode o(a) intelectual acadêmico(a) escrever coloquialmente? Podemos repensar na academia a lógica de produtividade? A produtividade acadêmica tem gênero? Tem cor? Pode uma graduação, um mestrado e/ou um doutorado serem desenvolvidos de modo saudável? Essas e muitas outras questões são abordadas em E eu, não sou intelectual?, com o intuito de desenvolver uma perspectiva pluriversal de intelectualidade, bem como de promover acolhimento aos marginalizados das instituições acadêmicas.
Mesclando poemas e textos reflexivos da autora, o livro aborda temas como a marginalização docente; o conceito de produtividade; a descolonização; as correntes de pensamento; a maternidade na academia; a linguagem acadêmica e outros que pertencem a esse universo complexo e excludente.
“Nomeei-me intelectual diferentona, mas refletindo muito decidi que não quero ser “diferente”. Desejo um espaço social em que eu apenas seja e não difira, destoe ou seja vista como uma intelectual “café com leite” (como a gente falava na infância na minha favela), sem seriedade, alguém que não está de fato inserida na “brincadeira”. Talvez na intelectualidade ocidental eu seja sempre uma estrangeira, mas e se de repente eu criar um espaço acolhedor para os/as dissidentes como eu?”, escreve Bárbara Carine na apresentação da obra.
FICHA TÉCNICA
Título: E eu, não sou intelectual?
Autora: Bárbara Carine
ISBN: 978-85-422-3165-6
Páginas: 80
Preço livro físico: R$55,90
Editora Planeta | Selo Paidós
Eventos de lançamento: 12/3 em Vitória e 25/3 em Brasília
SOBRE A AUTORA
Bárbara Carie Soares Pinheiro é mãe, mulher negra cis, baiana, professora, escritora, empresária, palestrante, influenciadora como @uma_intelectual_diferentona, formada em Química e em Filosofia pela UFBA, e mestra e doutora em Ensino de Química pela UFBA/UEFS. Realizou estágio de pós-doutorado na Cátedra de Educação Básica – IEA/USP. Atualmente, é professora adjunta do Instituto de Química da UFBA e idealizadora, sócia e consultora pedagógica da Escola Maria Felipa, primeira escola afro-brasileira do país. É autora de livros como descolonizando_saberes: mulheres negras na ciência e História preta das coisas: 50 invenções científico-tecnológicas de pessoas negras (ambos finalistas do prêmio Jabuti). Pela Editora Planeta, já publicou Querido estudante negro, Educando crianças antirracistas e o best-seller Como ser um educador antirracista, vencedor do Prêmio Jabuti 2024 na categoria Educação.
SOBRE A EDITORA
Fundado há 70 anos em Barcelona, o Grupo Planeta é um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, além de uma das maiores corporações de comunicação e educação do cenário global. A Editora Planeta, criada em 2003, é o braço brasileiro do Grupo Planeta. Com mais de 1.500 livros publicados, a Planeta Brasil conta com nove selos editoriais, que abrangem o melhor dos gêneros de ficção e não ficção: Planeta, Crítica, Tusquets, Paidós, Planeta Minotauro, Planeta Estratégia, Outro Planeta, Academia e Essência.
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