Além das Fronteiras: Interseção da Forma e da Materialidade

O projeto bref, design art de Pat Monteiro Leclercq faz estreia em feira de arte em Paris

Juan Esteves Martins_Retrato de Lina Bo Bardi, 1991_Papel de Belas Artes Baryta Hahnemühle

Baseado em Paris, ‘bref, design art’ é um projeto nômade idealizado pela Franco-Brasileira Pat Monteiro Leclercq. A partir dele, expõe e representa o design colecionável internacional e brasileiro em diálogo com a arte contemporânea em locais únicos ao redor do mundo, gerenciando projetos e residências entre a França e o Brasil e uma rede de colecionadores, galerias e instituições.

De 15-20 de outubro, pela primeira vez, a bref participa da feira THEMA em Paris. Criada por Michaël Hadida para dar visibilidade para uma rede internacional de designers e criativos, marcas e galerias, colecionadores e empreendedores. Hadida foi CEO da loja-conceito LECLAIREUR, fundada pelos pais em 1980.

A THEMA acontece no emblemático Hôtel de Guise, no 7º arrondissement de Paris, ao lado de eventos como a Art Basel Paris e Design Miami/Paris. Essa proximidade permite aproveitar o momento do mercado e atrair um público que está ativamente buscando novas descobertas e tendências. Para Pat Monteiro Leclercq, participar deste evento posiciona o projeto como um player importante nesse cenário, diferenciando-se pela proposta única da feira.

Bref, design art apresenta “Além das Fronteiras: Interseção da Forma e da Materialidade”, uma exposição com Fernanda Froes, Juliette Somnolet, Juan Esteves, Kassia Borges Mytara, Marion Flament, Maximiliano Crovato, Menguante, Regina Silveira, Ronald Sasson, Tomazicabral, Volcan Artstudio e Unusualmentor, também conhecida como Anna Mari. As obras em exposição examinam como os criadores contemporâneos ultrapassam os limites da forma, material e textura. Por meio da mistura de técnicas tradicionais e tecnologias modernas, as peças exploram o espaço entre abstração e função, entre o orgânico e o preciso.

Além das Fronteiras: Interseção da Forma e da Materialidade

bref, design art

Curadoria: Pat Monteiro Lecquerq

Co-curadoria: Caterina Licitra

THEMA fair

15-20 de outubro de 2024, das 10h às 17h

Hôtel de Guise – Paris

72 rue de l’Université, 75007

ingressos: Link

www.brefdesignart.com
 

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Obras

Fernanda Froes
É uma artista visual nascida no Rio de Janeiro, Brasil, e que vive nos EUA. Sua arte explora as conexões entre ecologia e colonização e seu relacionamento. Froes conduz pesquisas na intersecção de arte, ciência e história, enfatizando a importância de preservar o patrimônio natural e cultural das Américas. Seu processo artístico geralmente começa com pesquisa iconográfica e se estende para incluir pintura, arte em fibra e gravura. Ela incorpora pigmentos históricos como pau-brasil, índigo e mangue, conectando seu trabalho à sua herança brasileira.

A artista é formada em Design Gráfico e Desenho Industrial pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e possui mestrado em Artes Visuais pelo Miami Art Institute (MIUAD). Recentemente participou de exposições individuais e coletivas incluindo eventos no Ancient Spanish Monastery, Feria Clandestina, Parodi Costume Collection, Consulado do Brasil em Miami, MIFA – Miami International Fine Art Museum, Paris Design Week, Espace Krajcberg Paris, Soho Beach House Miami, Epic Residencies & Hotel, Coral Gables Museum e Vizcaya Museum.
Obra: Vanishing Names 2024. Arquivo digital e impressão em canvas de algodão

fernandafroes

Fernanda Froes_Obra: Vanishing Names 2024. Arquivo digital e impressão em canvas de algodão

Juliette Somnolet

Observa a natureza e a interação dos humanos com a terra. Artista multidisciplinar, inspira-se em saberes de todo o mundo, técnicas ancestrais e brinca com materiais e objetos encontrados nos locais onde está sediada. O(s) “Meio(s)” e a sua diversidade permitem à artista experimentar vários suportes dos quais assina com uma marca plástica de mão, em movimento, como testemunha dos gestos de uma criação em curso para tender para uma obra consciente da sua marca . Ela recupera, entretém, digitaliza, modela seus mundos desde que o material ecoe a mensagem. A sua produção é muitas vezes imersiva e pretende confrontar-nos com os grandes desafios do nosso tempo: os usos digitais, o ambiente, as relações humanas, com uma questão que a habita: O que estamos a criar? Ela é uma testemunha da maldade dos homens. Suas obras emanam uma forma de poesia perturbadora que leva o espectador a uma confusão de sentimentos. E nos quatro cantos do mundo ela deixa a sua marca, os seus Mundos que nos perturbam e fascinam, os seus Monstros que nos questionam.
Obra: Esculturas Black prosthetic e White prosthetic em cerâmica e cera de abelha

juliettesomnolet

Juliette Somnolet_Obra: Esculturas Black prosthetic e White prosthetic em cerâmica e cera de abelha

Juan Esteves

Juan Esteves (Santos, São Paulo, 1957 – 2024) foi um fotógrafo, jornalista, crítico de fotografia, educador, curador. Destaca-se por sua vasta produção no gênero retrato, documentando, a partir da década de 1990, grandes nomes das artes visuais brasileiras no século XX.

Obra: Retrato de Lina Bo Bardi, 1991

Série Presença-Presença 03 de 10 (+2 provas de artista)

Papel de Belas Artes Baryta Hahnemühle

Certificado de Autenticidade assinado pelo galerista e especialista do artista Ricardo Fernandes

Obs: obra impressa para a exposição coletiva de fotografia Terra Brasilis, 2019, em Paris, França – Produção da Galeria Ricardo Fernandes em parceria com a Galerie Dauphine para celebrar a Coleção Brasileira de Fotografia Contemporânea da Biblioteca Nacional Francesa (BnF) em Paris. Esta obra também fez parte da mostra coletiva Centenário da Semana de Arte Moderna de São Paulo 1922 – Paris 2022.

Juan Esteves Obra: Retrato de Lina Bo Bardi, 1991Papel de Belas Artes Baryta Hahnemühle

Kassia Borges Mytara

É uma renomada artista visual, pesquisadora, educadora e curadora, profundamente enraizada em sua herança Karajá. Seu trabalho é profundamente influenciado pela cerâmica tradicional Karajá, que ela habilmente integra em suas criações contemporâneas de argila. Sua pesquisa se aprofunda em temas de origem, feminilidade e ancestralidade, refletindo seu compromisso em preservar e celebrar a cultura indígena.

Kássia Borges Mytara também é um membro vital do MAHKU (Huni Kuin Artists Movement) Collective, onde colabora com outros artistas indígenas para promover e preservar sua herança cultural. Junto com o MAHKU Collective, o painel de entrada da Bienal de Veneza 2024.

Obra: Sem título, Kássia Borges Mytara, 2024

Escultura totem 6 peças, tinta acrílica sobre cerâmica

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Kassia Borges Mytara_Obra: Sem título, Kássia Borges Mytara, 2024

Marion Flament

Nascida em 1989 em Reims, é artista visual. O seu trabalho constrói-se em torno da alma dos lugares, dos materiais e da luz que os constituem, para serem traduzidos na escala da instalação e da escultura. A sua prática pauta-se sobretudo pela experimentação de técnicas de fogo. Formada na escola Boulle, no Parque Lage no Rio de Janeiro e em Artes Decorativas em Paris, atualmente vive e trabalha em Paris. Recentemente foi-lhe atribuída a Fundação dos Artistas, o apoio à investigação da ADAGP, o apoio à exposição do CNAP, o apoio individual à investigação e criação da região do Grande Leste, da academia de know-how em vidro Hermès, das residências La Junqueira em Lisboa, dos ateliês de Paris, da Villa Belleville e a Casa de Velázquez em Madrid.

Obra: Olho de boi 1

Vidro tradicional, vidro pintado com fuligem, aço, chumbo, vidro soprado.

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Marion Flament_Obra: Olho de boi 1_Vidro tradicional, vidro pintado com fuligem, aço, chumbo, vidro soprado

Maximiliano Crovato

O modus operandi de Crovato é design livre e moldagem em escala real em papelão, e então ele continua com a prototipagem e fabricação em seu estúdio. Suas criações apresentam ângulos inesperados e combinações vivas, ganhando reconhecimento por sua fusão entre arte e funcionalidade.

Obra: CHIARA 2024 em alumínio

maximilianocrovato

Maximiliano Crovato_Obra: CHIARA 2024 em alumínio

Menguante

Menguante do diretor criativo JUAN DAVID OCAMPO é um projeto que resgata técnicas artesanais colombianas, levando-as ao mundo da iluminação. Os conceitos da Menguante são luz e sombra, criando um fio condutor, onde através de um processo de investigação das técnicas artesanais do país, a marca encontra seu DNA. A exploração de objetos tradicionais e endêmicos construídos com matérias-primas que o ambiente natural nos oferece, como argila, pedra e metal, são misturados para capturar a luz neles e criar ¨Esculturas de luz¨. A Menguante desenvolve atmosferas que levam o usuário a experimentar sentimentos e emoções a partir da luz e da sombra emitidas por essas peças atemporais.

Obras: Peças em Cerâmica La Chamba em dois tamanhos

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Menguante_Obras: Peças em Cerâmica La Chamba

Regina Silveira

Regina Silveira (n. 1939) é uma artista e educadora brasileira nascida em Porto Alegre e radicada em São Paulo. Suas obras estão presentes em diversas coleções públicas permanentes como MOMA (Nova York) e Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madri, entre outros. Ao longo de sua carreira, Regina Silveira tem explorado consistentemente ideias de realidade e novos meios, sendo uma das pioneiras a trabalhar com Arte digital desde os anos 80. expandindo interpretações para simulacros entre ausência e presença através de seu vocabulário visual e poética. Regina teve participação ativa e contribuição ousada na história institucional do MAC USP em diferentes momentos. Ela liderou discussões relevantes sobre Arte como meio de acesso ao conhecimento, introduzindo o primeiro curso de pós-graduação em artes visuais do Brasil, criado pela Universidade de São Paulo em 1974.

Obra: DROP #001. A primeira coleção NFT WALLS Series de Regina Silveira está entrelaçada com a série “15 Laberintos” em serigrafia criada em 1971. Em sua própria interpretação digital, Regina adiciona novas dimensões à obra: volume, tempo e ação, tornando os labirintos animados e mais perceptíveis, agora entregues por meio de pixels. Registrado como NFT na blockchain Ethereum.

Regina Silveira_Obra: DROP #001 – A primeira coleção NFT WALLS Series de Regina Silveira

Ronald Sasson

Nasceu em Curitiba em 1967, desde muito cedo já se relacionada com o design, na elaboração de objetos experimentais. Vive em Paris e Israel completamente imerso no mercado de artes plásticas. No Brasil, trabalha como artista plástico e aos poucos incorpora o design de uma maneira autodidata, buscando uma característica que fundisse sua base artística autoral com as possibilidades industriais e de replicação. Com mais de 30 prêmios internacionais, incluindo 5 IF Design Award Alemanha, 4 nominee ao German Design Award, 8 Good Design Award Chicago, 8 Prêmio A’Design Itália, 1 Prêmio Restaurant & Bar Inglaterra, também o Prêmio Design da Casa Vogue Brasil 2018 e o Prêmio do Museu da Casa Brasileira. Exibido na Biennale di Venezia em 2018, Artgenève Montecarlo em 2017, NHOW Milan 2016 e nas exposições coletivas, Frio e Marble History.

Obra: A mesa de centro Nazca apresenta curvas em seu topo que lembram as linhas de Nazca nos Andes. Para desenvolvê-la, o designer usou uma técnica de bricolagem técnica neste material complexo e duro que é o aço inoxidável. O resultado foi uma pasta leve que está mais no estilo de Calder do que qualquer outra coisa.

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Ronald Sasson_Obra: Mesa de centro Nazca

TomaziCabral

Juntos, desde 2019, a dupla de artistas visuais e designers Nicole Tomazi e Sergio Cabral se uniram para transcender os limites da forma e da função através da arte e da poesia. Com talentos e habilidades complementares, seu poder criativo ilimitado explora várias estéticas e abordagens, onde a materialidade e o artesanato assumem uma forte identidade no desenvolvimento de edições limitadas em design experimental, instalações e obras de arte.

Obra: Na coleção “Nem Tudo Que Reluz é Ouro”, o metal é trabalhado em conjunto com a palha de trigo, matéria “imperfeita” e inesperada, trançada à mão no Sul do Brasil pelas mulheres do campo e costurada à máquina, uma a uma, da forma mais singela e sutil, ele faz um contraponto entre o que vemos e o queremos ver. Sua beleza e seu brilho sobre peças estranhas e acolhedoras nos remetem a glória e aconchego, a sofisticação e simplicidade. Com criações bordadas e trabalhadas individualmente, como uma verdadeira alta costura, Nicole Tomazi e Sergio Cabral mais uma vez brincam trabalhando ou trabalham brincando e nos propõem um questionamento do real significado do ouro. A mensagem é simples e clara: nem sempre o que parece realmente é, mas, na verdade, pouco importa. Afinal, podemos definir nosso ouro das mais variadas formas. Talvez o ouro nesse espaço seja a palha e toda a construção dessa mensagem que traz tanto deleite para nossos olhos.

tomazicabral

Obra de Tomazicabral_Nem Tudo Que Reluz é Ouro”, o metal é trabalhado em conjunto com a palha de trigo

Volcan

A dupla holandesa/colombiana Rex e Edna examina o comportamento e as percepções humanas por meio de narrativas globais. Seu trabalho, misturando diversas influências culturais, oferece insights sobre a sociedade moderna. Em 2024, eles participam da 60ª Bienal de Veneza, consolidando ainda mais sua presença internacional. A expertise em moda de Edna e a direção criativa de Rex se combinam para criar uma arte instigante que convida os espectadores a se envolverem com a vida contemporânea. Com sede em Notting Hill, em Londres, seu estúdio serve como um centro criativo onde eles continuamente ultrapassam os limites da arte orientada por narrativas.

Obra: “125 quilômetros de casa” em Alcatrão, tinta acrílica, barras de óleo, tinta de estrada, fogo e mídia mista.

volcanartstudio

Volcan_Obra: “125 quilômetros de casa” em Alcatrão, tinta acrílica, barras de óleo, tinta de estrada, fogo e mídia mista

Unusualmentor aka Anna Mari

Unusualmentor, também conhecida como Anna Mari, escolheu o fogo como meio para seus trabalhos esculturais de vidro.

Estas peças únicas são feitas em Murano, Veneza, Itália. Trabalha em projetos especiais e como cenógrafa em Paris.
Obra: Bubbling Bonito em Vidro Murano

unusualmentor

Unusualmentor aka Anna Mari_Obra: Bubbling Bonito em Vidro Murano

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