RETORNO À INFÂNCIA

RETORNO À INFÂNCIA

Quando eu era criança, nem sonhava em ser artista plástica, mas já me encantava com as cores. Lembro-me quando ia ao Centro da cidade em São Paulo e via as cores neons das propagandas, ficava em êxtase. Aos seis anos usava canetinhas Silvapen (canetas hidrográficas) para pintar o rosto, naquela época (década 70), usava-se maquiagem carregada “tipo mexicana” que eu achava linda! E, além disso, não havia aula de Arte estava mais para artesanato. Mas, sempre pensei em ser professora. Desde pequena, eu brincava de dar aula para as minhas bonecas.

Nesta época, tive o meu primeiro desejo real de consumo: uma caixa de lápis de cor com 24 cores. Quando via uma, era como se visse uma caixa de joias. Para mim, eram inacreditáveis as cores daquela caixa! As minhas eram sempre de seis, no máximo 12, nunca 24.

Porém, parece que o destino já estava traçado, tanto que quando fiz um teste vocacional, aos quinze anos, o resultado foi artista. Estranhei, pois pensava que artista era só da TV, ou os que já haviam morrido. Hoje, penso que mudamos muito pouco de quando éramos crianças, mas algo que perdemos (mas não devemos deixar que isto aconteça) é o poder de imaginar, de acreditar, de viver a nossa verdadeira essência.

 

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!