Mês da Mulher: conheça 4 produções brasileiras que celebram o amor entre mulheres
Em celebração ao Dia da Mulher, o Museu da Diversidade Sexual destaca produções nacionais que retratam o afeto entre mulheres
A trajetória das mulheres lésbicas e bissexuais na sociedade sempre esteve marcada por desafios, desde a luta contra o preconceito e a invisibilização até a resistência diante de violências que tentam negar suas existências. Por muito tempo, histórias de amor entre mulheres foram silenciadas ou retratadas de forma marginalizada, reforçando a ideia de que essas vivências não pertenciam ao espaço público. No entanto, a representatividade é um instrumento poderoso de transformação social, pois permite que essas mulheres se reconheçam e se vejam como parte legítima do mundo ao seu redor.
O cinema e a televisão desempenham um papel importante nesse processo, dando voz a narrativas que, além de emocionantes, são representativas e ampliam a compreensão sobre o amor em suas mais variadas formas. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Museu da Diversidade Sexual, destaca quatro produções brasileiras que colocam o afeto entre mulheres no centro da história:
O perfume da memória
A produção retrata a história de Ana e Laura, duas mulheres que se apaixonam em uma única noite. O filme é gravado de uma forma que coloca o espectador “dentro” de uma casa onde grande parte da história se passa, presenciando, ali, uma infinidade de encontros e desencontros radicais. Duas mulheres com grandes afinidades e discordâncias irreconciliáveis. O longa está disponível gratuitamente no Youtube.
Esse é um filme internacional, mas com a grande atriz brasileira Glória Pires. Baseado na história real de Elizabeth Bishop, uma poetisa insegura e tímida que apenas se sente à vontade ao narrar seus versos para o amigo Robert Lowell. Em busca de algo que a motive, ela resolve partir para o Rio de Janeiro e passar uns dias na casa de uma colega de faculdade, Mary, que vive com a arquiteta brasileira Lota Macedo Soares. A princípio Elizabeth e Lota não se dão bem, mas logo se apaixonam uma pela outra. O filme pode ser encontrado na Netflix e no Globoplay.
Disponível no Prime Video, o filme explora cinco histórias de amor que aconteceram durante a quarentena da pandemia de Covid-19, com pessoas buscando um conforto em meio ao caos do isolamento social, fazendo de tudo para se manterem próximas. Priscilla e Giovanna são um dos casais retratados, as jovens se envolvem em um relacionamento virtual e apesar da distância física, constroem uma forte conexão emocional, compartilhando momentos de intimidade e apoio.
Como Esquecer
Júlia, interpretada por Ana Paula Arósio, é professora de literatura inglesa e não se conforma de ter sido abandonada por sua companheira Antônia depois de 10 anos de relacionamento. Agora, de mal com a vida, ela luta para enfrentar os fantasmas das recordações e seguir em frente, para isso, vai contar com o apoio do amigo Hugo, um homem gay viúvo, com quem irá dividir um novo lar. Enquanto isso, no trabalho, Júlia desperta o interesse de outras mulheres, mas apenas uma mexe com seus sentimentos. O filme está disponível de forma gratuita no Youtube.
Sobre o Museu da Diversidade Sexual
O Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ – contemplando a diversidade de siglas que constroem hoje o MDS – e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIA+, se propõe a discutir a diversidade sexual e de gênero e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.
Enviado por Mariana Mimoso mariana.mimoso@pinepr.com
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