Quinteto de cordas e soprano levam música clássica de compositores paranaenses a museus de Curitiba

As apresentações do projeto ‘Composições Paranaenses: A Música Pede Passagem’ serão gratuitas e irão circular por museus da cidade no mês de outubro. Conversa didática, oficina de musicalização, intérprete de libras e visita guiada aos espaços também serão oferecidas ao público. O primeiro concerto será no MON, dia 16 (quarta).

A estreia será dia 16, com apresentações no MON.
Foto Edição 2021: Josnel Garcia de Carvalho

Projeto ‘Composições Paranaenses: A Música Pede Passagem’ irá levar música clássica de compositores paranaenses a museus de Curitiba durante o mês de outubro.

O projeto ‘Composições Paranaenses: A Música Pede Passagem’ – Edição Museus 2024 tem como objetivo levar a música clássica, de autoria exclusiva de compositores paranaenses, a espaços públicos não convencionais. A primeira edição de 2021 circulou pelas Ruas da Cidadania. Desta vez, as apresentações serão realizadas em seis Museus da cidade. Após cada concerto o público poderá apreciar uma conversa didática sobre o trabalho e terá também a oportunidade de fazer uma visita guiada no espaço. A estreia será dia 16 de outubro (quarta-feira), com apresentações em dois horários, às 14h e às 15h30, no Museu Oscar Niemeyer (MON), no Auditório Poty Lazzarotto.

O grupo de músicos é formado por um quinteto de cordas: Vitor Andrade – (violinista); Ricardo Molter (violinista); Jader Cruz (violista); Samuel Pessatti (violoncelista); Rafael Rodrigues – (contrabaixista) e a soprano Luciana Melamed.

A entrada é gratuita. Além do público espontâneo, as apresentações contarão com agendamento de alunos da rede pública de ensino e de instituições que atendem pessoas surdas. Todos os concertos irão contar com intérprete de libras.

O programa é dedicado exclusivamente aos compositores paranaenses: Alceo Bocchino (Canção de Inverno); Bento Mossurunga (Ondas do Iapó); Henrique de Curitiba (Seis Poemas de Helena Kolody, Vocalize e Suíte Brasileira) e Rogério Krieger (Frevo com Batuque, Capoeira e Fandango).

Como contrapartida social, o projeto oferece também oficinas de musicalização corporal.

O projeto é uma realização da Catálise Produções Culturais, com coordenação de Cristiano Nagel, direção artística de Vitor Andrade e produção de Lilyan de Souza e Josnel Garcia de Carvalho.

Este projeto é realizado por meio da Lei Municipal Complementar 57/2005 do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba. Incentivo: Grupo Positivo

Divulgação

A programação conta com 12 apresentações:

16/10 (quarta) – 14h e 15h30 / Museu Oscar Niemeyer (MON) – Auditório Poty Lazzarotto (Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico).

17/10 (quinta) – 14h e 15h30 / Museu da Vida (Rua Jacarezinho, 1691 – Mercês).

23/10 (quarta) – 14h e 15h30 / Museu de Arte Contemporânea de Curitiba – MAC (Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico).

24/10 (quinta) – 14h e 15h30 / Museu da Imagem e do Som – MIS (Rua Barão do Rio Branco, 395 – Centro).

30/10 (quarta) – 14h e 15h30 / Museu de Arte Indígena – MAI (Av. Água Verde, 1413 – Água Verde).

31/10 (quinta) – 14h e 15h30 / Museu Alfredo Andersen (R. Mateus Leme, 336 – São Francisco).

Ficha Técnica

Soprano – Luciana Melamed

Violino I /Ensaiador -Ricardo Molter

Violino II –  Vitor Andrade

Viola – Jader Cruz

Violoncelo – Samuel Pessatti

Contrabaixo – Rafael Rodrigues

Intérprete de Libras – Ravena Abreu

Arranjador- Adailton Pupia

Direção Artística – Vitor Andrade

Coordenação – Cristiano Nagel

Produção – Lilyan Cristina de Souza e Josnel Garcia de Carvalho

Assistência de Produção – Gabriel Santinelli e Zayin F.

Sonorização – Eduardo Schoten e Josnel Garcia de Carvalho

Designer Gráfico – Mariana Citon

Assessoria de Imprensa – Glaucia Domingos

Serviço:

O que: Concerto ‘Composições Paranaenses: A Música Pede Passagem’

Quando: de 16 a 31 de outubro (quartas e quintas)

Onde: MON, Museu da Vida, MAC, MIS, MAI e Alfredo Andersen

Que horas: sempre às 14h e 15h30

Quanto: Gratuito

Informações: 41 99899 0503

Redes Sociais: https://www.instagram.com/composicoes_paranaenses/

Glaucia Domingos

================================================================

Sobre os compositores

Alceo Bocchino (1918 – 2013), maestro curitibano, parceiro de Villa Lobos, professor de Tom Jobim. O compositor aos 5 anos já tocava piano em festivais de arte.
Diplomou-se em piano pelo Conservatório de Salzburgo, Áustria. Após sua passagem como professor de piano, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, e de fisiologia da voz, no Conservatório de Santos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde atuou como diretor musical das rádios Mayrink Veiga e Mundial. Foi um dos dois principais colegas e colaboradores musicais de Villa-Lobos, trabalhando como revisor e executor ao piano, geralmente à primeira vista. Por esta capacidade notável de ler e reduzir as partituras instantaneamente, Villa-Lobos lhe chamava carinhosamente de “Cachorrão”, segundo relato do próprio Bocchino.
Em 1985, tornou-se o fundador e maestro titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, cargo que ocupou por diversos anos e atualmente era seu maestro Emérito. De sua obra Modinha e Fuga e Canção de Inverno.

Zbigniew Henrique Morozowicz (1934 – 2008), mais conhecido como Henrique de Curitiba. Um dos maiores compositores de sua geração e do estado, Henrique começou seus estudos musicais com sua mãe que era pianista, Wanda Lachowski. Em 1953, graduou-se na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Teve uma longa carreira internacional, estudou piano com Henry Jolles e composição com H. J. Koellreuter, na Escola Livre de Música de São Paulo. Aperfeiçoou-se na Polônia na Escola Superior de Música de Varsóvia e fez mestrado em Composição Musical no Ithaca College de New York. Compôs mais de 150 obras, entre elas muitas peças para coral e para voz, gêneros nos quais se destacam. Eles elas, Seis Poemas, de Helena Kolody, e Suite Brasileira, que serão executadas durante o projeto Composições Paranaenses, a música pede passagem. Sua família ainda hoje enriquece a vida cultural, com a presença de seu irmão Norton Morozowicz, importante músico e maestro brasileiro e de Milena Morozowicz, bailarina e coreógrafa.

Bento Mossurunga (1879 – 1970), conhecido por ser o compositor do hino do Paraná e de Curitiba, Bento é natural de Castro. Ainda pequeno aprendeu a tocar violinha sertaneja, tendo crescido entre violeiros populares e ouvindo música produzida por escravos libertos que moravam numa colônia próxima à sua casa. Mudou-se para Curitiba em 1895, onde prosseguiu seus estudos na Escola de Belas Artes. Além de estudar, trabalhava numa loja de chapéus e frequentava o Grêmio Musical Carlos Gomes, tendo convivido com os compositores e músicos da época. Viveu no Rio de Janeiro por 25 anos, onde exerceu as atividades de pianista, violinista, regente e compositor. Em Curitiba criou a Orquestra Estudantil de Concertos, que viria a ser mais tarde a Orquestra Sinfônica da UFPR. Foi professor de canto orfeônico no Colégio Estadual do Paraná e um dos fundadores da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Recebeu o título de Cidadão Honorário de Curitiba em 1956.

Rogério Krieger (1962- 2023), nascido em Curitiba foi um destacado compositor e maestro. Recebeu suas primeiras lições de música com seu avô, Aldo Krieger. Formou-se em música pela Escola de Música e Belas Arte do Paraná. Foi o fundador e maestro titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, onde também atuou como maestro emérito. Estudou regência e composição com renomados mestres e suas obras foram executadas internacionalmente. Em 2004 foi o primeiro brasileiro a ser interpretado pela Orquestra Sinfônica de Ankara, Turquia. Em 2011, recebeu o Prêmio Funarte de composição clássica.

Sobre os músicos

Luciana Melamed – soprano, atualmente a cantora é solista da Camerata Antiqua de Curitiba. Estudou canto com a cantora e professora Neyde Thomas. É bacharel e mestre em canto pela Universidade Mozarteum Salzburg, na Áustria, classe de Barbara Bonney. Na Universidade de Indiana (EUA) diplomou-se em Performance com a professora Virgínia Zeani. Foi vencedora do primeiro grande prêmio no V concurso de canto Bidu Sayão, em Belém do Pará, ganhou também prêmios nos concursos Maria Callas em Jacareí e Carlos Gomes em Campinas, além de ter sido finalista em diversos concursos internacionais na Europa e Estados Unidos.
Trabalhou com maestros como Maurice Peress, Christopher Zimmermann, Josef Wallnig, Maurizio Arena, Adam Fischer, Yoram David, Alessandro Sangiorgi, Roberto Duarte, Manfred Schmidt, Osvaldo Colarusso, Alceo Bocchino, Massimiliano Carraro, Stefan Geiger e Luis Otavio Santos, entre outros. No ano de 2013 debutou no Teatro Municipal de São Paulo, como Donna Anna, na produção da ópera Don Giovanni de W.A. Mozart.

Vitor Andrade – violinista, proponente do projeto, é músico integrante da Camerata Antiqua de Curitiba desde 2013 e membro fundador da Orquestra Paranaense de Tango, com ampla experiência na música clássica. Formado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná/UNESPAR. Já integrou também a Camerata Dona Francisca (Joinville/SC), Orquestra Sinfônica da EMBAP e Orquestra da Cidade de Ponta Grossa.

Ricardo Molter – violinista spalla da Orquestra Sinfônica do Paraná. Toca desde os dez anos de idade. Foi spalla da Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa de 2010 a 2013. Atuou por cinco anos como concertino, spalla, solista e camerista da Camerata Antiqua de Curitiba. Bacharel em violino pela EMBAP/UNESPAR (2014) e mestre em música pela UEM (2023), foi aluno de Paulo Lückmann, Marco Damm, Paulo Bosísio e Winston Ramalho.

Jader Cruz – violista, arranjador e compositor formado pela Academia de Música da OSESP sob a orientação de Horácio Schaeffer. Integra a Orquestra Sinfônica do Paraná e a Orquestra Paranaense de Tango, o Quarteto Poty e a orquestra Anima Musicale. Já fez parte de importantes orquestras brasileiras como a Orquestra do Teatro São Pedro (SP) e a Orquestra Filarmônica de Goiás, onde fez a estreia brasileira de grandes obras do século XX e gravou a integral das Sinfonias de Cláudio Santoro pelo selo NAXOS. Como convidado, já trabalhou junto à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e à Orquestra Sinfônica Brasileira.

Samuel Pessatti – violoncelista, iniciou seus estudos no violoncelo aos 6 anos, é bacharel em Violoncelo pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Foi solista com a Orquestra Filarmônica da UFPR e convidado para tocar com a Orquestra de Câmara do Conservatório de Winterthur. Já atuou como primeiro violoncelo na Orquestra de Blumenau, Orquestra Filarmonia Santa Catarina, Orquestra da EMBAP, Orquestra Filarmônica da UFPR, Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa. Atualmente integra o Quarteto Poty, desempenhando um intenso trabalho de Música de Câmara. É professor de violoncelo e de música de câmara no Musicarium Academia Filarmônica.

Rafael Rodrigues – contrabaixista, graduado pela Universidade Metropolitana de Santos e aluno da Escola de Música do Estado de São Paulo, atuou como músico das Orquestras Jovem do Estado de São Paulo, Sinfônica Heliópolis, Sinfônica Villa Lobos, Camerata Fukuda, Jovem Municipal de Guarulhos e Banda Sinfônica do Exército, Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP, tendo participado de concertos nos principais teatros nacionais, bem como no Avery Fischer Hall – Lincoln Center, em Nova Iorque, e no Broward Center, em Fort Lauderdale. Atuou como músico convidado nas Orquestras Sinfônica de Santo André, Sinfônica Municipal de Santos, Sinfônica Municipal de Campinas. Foi solista junto à Orquestra Antunes Câmara, ao Fukuda Cello Ensemble e à Banda Sinfônica do Exército.

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*