Um dos principais articuladores do mercado de arte, Casa Arte Plena aposta em novos colecionadores e em exposições no Brasil e exterior para crescer

Com 18 anos de atuação, a Casa Arte Plena fortalece artistas goianos conectando talentos regionais a grandes eventos, sendo um dos principais articuladores do mercado

Wanessa Cruz, Sandro Tôrres e Anna Carolina Cruz da Casa Arte Plena, uma das empresas de arte responsável por essa conexão cultural

A Casa Arte Plena, há 18 anos no setor cultural e responsável pela FARGO (Feira de Arte Goiás) e por outras exposições que lança e apresenta ao mercado também novos artistas do Centro-Oeste, tem investido em uma estratégia para promover diversas mostras no mercado nacional e também internacional, potencializando a importância do mercado regional: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal; dessa forma continuar crescendo e se manter como um dos principais articuladores do mercado de arte. Uma das ações é justamente o Projeto Fargo o ano todo – #fargoanotodo# – , que visa manter o setor aquecido, principalmente para colecionadores iniciantes, com potencial de investimento de até R$ 10 mil. 

“O colecionismo brasileiro não é representado apenas por pessoas de alto poder aquisitivo”. A constatação vem da pesquisa realizada pelo galerista Nei Vargas, professor da Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, e é comprovada pelos sócios da Casa Arte Plena, Anna Carolina Cruz, Wanessa Cruz e Sandro Tôrres, responsáveis por desbravar novos mercados com artistas do Centro-Oeste e dar mais visibilidade à produção artística do Estado.

“Fortalecer artistas regionais faz parte do nosso DNA. Além de produzirmos exposições e a FARGO, também buscamos estar presentes no grandes eventos do circuito em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, região Nordeste e nos internacionais como a Bienal de Veneza. Também acabamos de voltar de Cuba, onde estamos com obras de artistas goianos e a exposição ‘Horizonte de Colores’, até 11 de setembro, que reúne obras de artistas cubanos e brasileiros, apresentando uma variedade de manifestações artísticas, como pinturas, gravuras, esculturas e fotografias”, reforça Wanessa Cruz, Diretora da Arte Plena, empresa especializada em produção e fomento cultural, principalmente artes visuais, atuante desde 2007.

Essa atuação sólida reforça a importância da Casa Arte Plena também nacionalmente por ser um catalisador para a região, criando oportunidades para artistas locais ganharem visibilidade e acesso ao mercado global. Isso é fundamental para o mercado, pois segundo Art Basel UBS Report (2023), as vendas em feiras de arte representaram 29% das receitas totais dos revendedores. 

“Goiânia é uma cidade jovem – tem só 90 anos – e já percebemos um movimento interessante de novos colecionadores na faixa de 40 a 50 anos surgindo; muitos estão ascendendo em suas carreiras, que vão muito além do agronegócio. Temos clientes empreendedores, profissionais liberais e autônomos e que entenderam que a arte pode ser um negócio lucrativo a longo prazo”, ressalta Sandro Tôrres, Diretor, Curador e Coordenador de projetos da Arte Plena. “Além disso, nosso trabalho não é apenas uma vitrine para o talento regional, mas uma ponte que conecta artistas goianos ao mundo, assegurando que a arte produzida no Centro-Oeste alcance novos horizontes e continue a crescer em reconhecimento e valor”.

FARGO o ano todo

Essa construção de marca da FARGO, responsável por reunir obras de artistas expoentes de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de galerias, escritórios de arte e marcas institucionais, tem movimentado o segmento no Estado goiano.

“Desde 2017, passamos a ter um papel de importante relevância na consolidação desse ambiente favorável para a produção e negócios em arte, atuando diretamente no incremento dessas relações e de forma a maximizar sua visibilidade. Outro fator importante é nossa expertise no segmento, pois estamos há quase 18 anos movimentando e destacando nomes novos para o setor. Temos vários exemplos de jovens artistas que começaram vendendo obras por R$ 500 e hoje, o mesmo artista, já vale sete vezes mais, ou de outros que simplesmente ultrapassaram barreiras se consolidando com obras acima dos cinco dígitos”, afirma Wanessa Cruz, Diretora da Arte Plena

Sandro Tôrres, que também é artista e atualmente está com obras na exposição “De-construcción”, inaugurada no dia 10 de agosto no Centro Provincial de Artes Plásticas y Diseño de La Habana, em Cuba, exemplifica esse impulso dado pela FARGO e pela Casa Arte Plena. “Poder levar a força criativa, técnica e inspiracional de Goiás para outros países promove o talento goiano além das fronteiras brasileiras e mostra o potencial de negócios que podem ser gerados localmente”, destaca.

Relevância no setor

O projeto da FARGO, reconhecida como a maior feira de negócios em arte do Centro-Oeste e uma das mais relevantes nacionalmente, opera no sentido de romper a bolha do escopo cultural e atingir outras áreas, como a da economia, visto que os números são crescentes a cada edição, motivando o grupo de expositores – alguns parceiros desde a primeira edição – e atraindo a atenção de agentes do mercado nacional, de olho na pujança financeira de alguns setores goianos, mas também na qualidade da produção artística. 

Larissa Ximenes 

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