Theatro Municipal celebra a dança e história do Ballet IV Centenário durante o mês de agosto
De 9 a 17 de agosto, será apresentada a performance Fantasias Brasileiras na escadaria externa do Theatro Municipal.
A segunda temporada do Balé da Cidade acontece de 9 a 18, com a peça BIOGLOMETARA, de Cristian Duarte, e a criação inédita Pensamento Cintilante, de Luis Garay, ambas com participação da Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Alessandro Sangiorgi.
E nos dias 28 e 29, em comemoração aos 70 anos do Ballet IV Centenário, o Theatro apresenta uma série de encontros com estudiosas e estudiosos de distintas áreas do conhecimento.
Crédito: Kázmer Richard Sasso. Coreografia Lenda do Amor Impossível
Em agosto, o Theatro Municipal de São Paulo realizará uma série de ações para celebrar os 70 anos da estreia pública do Ballet IV Centenário, companhia de dança criada em 1954 para as comemorações dos quatrocentos anos da cidade de São Paulo, que finalizou as suas atividades em 1955. Pioneira no país, a companhia representou um marco na história da cidade de São Paulo e na profissionalização da dança, formando importantes figuras que se tornaram expoentes em outras companhias e no ensino da dança, como Edith Pudelko, Ismael Guiser, Lia Marques, Marika Gidali, Neyde Rossi, Raul Severo, Ruth Rachou, Yoko Okada e muitas outras e outros.
Nos dias 28 e 29 de agosto será realizado no Salão Nobre do Theatro Municipal o evento Memórias, histórias e contextos: Ballet IV Centenário 70 anos, projeto de Ana Teixeira e Ana Lúcia Lopes, que traz uma série de encontros com artistas e pesquisadoras e pesquisadores de diferentes áreas do saber. O ciclo de debates terá enfoque em aspectos sociais, políticos e artísticos que envolvem as comemorações dos quatrocentos anos da cidade de São Paulo e do Ballet IV Centenário.
Para discorrer sobre os temas propostos, no dia 28, às 15h, será realizada a mesa Intersecção entre memórias, gestos, danças e palavras, que propõe uma conversa com artistas que integraram o Ballet: Gil Saboya, Marika Gidalli, Marisa Magalhães, Neyde Rossi, Yara Von Lindenau e Yoko Okada. A conversa será mediada por Helena Katz (professora-doutora da PUC-SP). No período da tarde, às 17h a segunda mesa do dia abordará o tema Ballet IV Centenário: histórias e contextos, com participação de Acácio Ribeiro Vallim Junior (professor e crítico de Dança), Karita Garcia Soares (doutora em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e com mediação de Fernanda Bueno (coordenadora artística do Balé da Cidade).
Já no dia 29, às 15h, uma mesa abordará o tema Resistências artísticas nos anos 1950, com participação confirmada de Rosane Borges (jornalista, escritora e doutora em Ciências da Comunicação pela USP), Amailton Azevedo (professor e pesquisador da PUC-SP) e mediação de Felipe Campos (coordenador do Núcleo de Articulação e Extensão do Theatro Municipal). E o último encontro do ciclo será às 17h, com o tema Conversa sobre acervo do Ballet do IV Centenário, e participação da equipe do Acervo do Theatro Municipal.
Na ocasião, o Núcleo de Acervo e Pesquisa lançará uma publicação da série Índice de fontes, com o título Ballet IV Centenário,que após ações de mapeamento, identificação e pesquisa, produziu um amplo levantamento de documentos do Ballet IV Centenário no acervo do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, reunindo cerca de 395 itens, entre trajes de cena, programas de espetáculos, fotografias e outros tipos documentais.
A entrada para as mesas é gratuita e a classificação livre para todos os públicos.
Performance Fantasias Brasileiras
Entre os dias 9 e 17 de agosto, às 17h, será realizado, na escadaria externa do Theatro, a performance Fantasias Brasileiras,uma série inédita que se apresenta para a rua e que parte do histórico Ballet IV Centenário que foi dirigido por Aurélio Milloss, importante bailarino e coreógrafo hungraro. Millos permaneceu na cidade até 1955.
A performance Fantasias Brasileiras será apresentada pelo núcleo de dança Pérfida Iguana, polo de produção de dança dirigido pelos artistas Carolina Callegaro e Renan Marcondes e produzido por Tetembua Dandara. A proposta levará à rua quatro releituras de danças do histórico Ballet IV Centenário que tematizaram o Brasil, reorganizando suas imagens e gestos através do corpo para criar pinturas vivas que refletem tanto a beleza das danças da companhia quanto a violência de seu desmanche.
O projeto faz parte do Edital de Chamamento Externo do Complexo Theatro Municipal de São Paulo e será apresentado em dois programas. O primeiro será composto pelas releituras das danças Fantasias Brasileirase Lenda do Amor Impossível, já o segundo programa será composto por O Guarda-Chuva e A Cangaceira. A performance é gratuita e tem aproximadamente 30 minutos.
Foto Larissa Paz. Ensaio da coreografia BIOGLOMERATA
Segunda Temporada do Balé da Cidade de São Paulo
O palco do Theatro Municipal recebe a segunda Temporada do Balé da Cidade, com a obra BIOGLOMERATA, do coreógrafo Cristian Duarte e concepção musical para teremim de Tom Monteiro, e Pensamento Cintilante, de Luis Garay com composição musical de Luciano Azzigotti, ambas com participação da Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Alessandro Sangiorgi. Os trabalhos serão apresentados nos dias 09, 10, 11, 13, 14, 16, 17 e 18 de agosto, duração de 110 minutos, classificação 18 anos, ingressos de R$12 a R$87.
Assim como o Ballet IV Centenário foi inovador, o Balé da Cidade de São Paulo destaca a importância da dança como um campo aberto para a participação e envolvimento de todos, trabalhando uma perspectiva da dança contemporânea como tecnologia de comportamento.
A coreografia BIOGLOMERATA é baseada na montagem original de Biomashup, concerto de dança criado em 2014. O espetáculo, com música de Tom Monteiro e arranjos de Monteiro e Carlos Bauzys, explora o espaço-tempo e envolve o público em um exercício contínuo de percepção com o teremim como elemento central. Os figurinos são assinados pelo Ateliê Vivo, um projeto transdisciplinar artístico e educacional de moda que atua, desde 2015, em São Paulo. Neste contexto de pesquisa e inovação artística, BIOGLOMERATA utiliza o teremim, um dos primeiros instrumentos musicais totalmente eletrônicos que é controlado sem qualquer contato físico entre objeto e músico, tocado por Tom Monteiro, como matéria tátil de uma coreografia sonora estruturada na obra Biomashup, de 2014.
Já Pensamento Cintilante, a segunda coreografia da noite, é um trabalho a partir da prática e estudo sobre pensar em imagens e o ouvir, no queer como um “assalto ou um desvio no sentido”, conectando o político-terrenal ao cósmico. A criação e concepção é de Luis Garay, considerado um dos coreógrafos mais promissores de sua geração, o artista, nascido na Colômbia e radicado na Argentina, tenta criar vínculos entre teorias científicas, poesia e teatro. Garay tem como seu foco de pesquisa a compreensão do corpo, a psique, o social, o íntimo, o particular e o cósmico como elementos interconectados. O espetáculo conta com Luciano Azzigotti, composição original para orquestra, Beatriz Sano, assistente de direção e acompanhamento dramatúrgico, e Marina Dalgalarrondo, figurino.
Mais informações disponíveis no site.
Por Assessoria de imprensa
André Santa Rosa
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