Filme do cineasta Rogério Sagui contará história da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

Foto: Wilker Mattos A cidade teatro de Nova Jerusalém, com nove palcos plateia espalhados numa área de 100 mil metros quadrados foi idealizada e construída pelo gaúcho Plínio Pacheco e sua esposa, a pernambucana Diva

O diretor da novela global Mar do Sertão e da série Luz, do Netflix, afirmou o longa metragem contando a história de Plínio e Diva Pacheco deverá ser lançado nos principais festivais de cinema do Brasil e do exterior

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O cineasta Rogério Sagui se reuniu com o produtor da Paixão de Cristo, Robinson Pacheco, na cidade teatro de Nova Jerusalém em Pernambuco

A apaixonante história de Plínio e Diva Pacheco, idealizadores e construtores da cidade teatro de Nova Jerusalém em Pernambuco, onde há 55 anos é realizado o mega espetáculo da Paixão de Cristo, será contada em um longa-metragem dirigido pelo cineasta, roteirista e produtor Rogério Sagui. 

Diretor de obras como a novela global Mar do Sertão, a série Luz, do Netflix e a novela Dona Beja, do canal HBO, Sagui esteve, no último sábado, em Nova Jerusalém, localizada no município do Brejo da Madre de Deus, a 180 km do Recife, para assistir ao espetáculo e se reunir com o produtor cultural e coordenador geral do espetáculo, Robinson Pacheco.  

No encontro, foram traçados os planos para a viabilização do filme. Segundo Rogério Sagui, já está sendo formada uma equipe de quatro a cinco profissionais sob sua coordenação que vão formatar o roteiro do longa com base em um texto de cerca de 400 páginas escrito por Robinson Pacheco e em livros que contam a história da cidade-teatro. 

“A partir do dia 20 de junho quero estar com a primeira versão do roteiro pronta. A gente vê um potencial grande de chegar a todos os festivais do Brasil e do mundo, em Cannes, Berlim. E levar muito público para o cinema, para as pessoas que querem conhecer a gênesis dessa história”, explica. De acordo com ele, a ideia é que, futuramente, o filme possa abrir as portas para a produção de uma minissérie.

Ele conta que ficou impressionado com a saga de Plínio Pacheco, um gaúcho que chegou a um lugarejo no agreste nordestino da década de 50 e se apaixonou pela mulher mais bonita da região e se encantou ao ver pessoas fazendo teatro naquele lugar. “Ele foi contagiado com isso e se transformou através dessas pessoas e daí o sonho: ‘A gente precisa fazer um teatro a céu aberto’ ”, disse. 

Para Robinson Pacheco, filho do casal protagonista, o filme será muito importante para perpetuar a história da Nova Jerusalém que começou com uma encenação realizada nas ruas de uma pequena vila pela família de Epaminondas e Sebastiana Mendonça, pais de Diva, e evoluiu para um mega espetáculo que atrai multidões todos os anos.“Nada mais justo que fazer um filme para revelar ao mundo esse acontecimento cultural que veio não só favorecer o desenvolvimento de toda uma região, mas também transformar vidas por meio de uma mensagem inspiradora e de exemplos de vida marcados pela coragem e determinação”, destaca Pacheco. 

Pacheco conta que a ideia de fazer um filme ou minissérie surgiu em conversas com o ator Eriberto Leão que no ano passado retornou a Nova Jerusalém para interpretar Pilatos, depois de ter feito o papel de Jesus 2005 e 2010. “Eriberto sempre me incentivou a escrever um pré-roteiro. No ano passado eu finalmente consegui colocar tudo no papel”, disse o produtor cultural. 

Na temporada de espetáculos deste ano, Robinson apresentou o pré-roteiro a atriz e produtora Mayana Neiva, artista convidada para interpretar Maria na Paixão de Cristo 2024.  “Ela leu o texto e apaixonou-se pela história e se interessou em nos ajudar a viabilizar o filme. Foi aí que ela, juntamente com o cineasta Kennel  Rogis, teve a ideia de convidar Rogério Sagui para vir assistir ao espetáculo e conhecer toda a história da Nova Jerusalém. Ele veio e se encantou com o que viu e, depois de duas longas reuniões, decidimos dar início ao projeto de realização do filme”, relata. 

Ele revela ainda que a Sociedade Teatral de Fazenda Nova, entidade promotora do espetáculo, já está atuando em diversas frentes com o objetivo de viabilizar os recursos necessários para a realização da obra cinematográfica. “Já acionamos os profissionais na área de captação de recursos por meio da lei de incentivos de áudio visual e estamos fazendo contato com potenciais patrocinadores”, afirmou.

Por Mauro Gomes Ferreira – MG Comunicação

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