“A Voz do Rio” da chilena Seba Calfuqeuo
Seba Calfuqeuo, artista chilena, de origem Mapuche, inaugurou em outubro, sua primeira exposição individual na Galeria Marilia Razuk, A Voz do Rio, com texto crítico de Jacopo Crivelli Visconti.
Seba Calfuqueo (1991) apresenta – “A Voz do Rio” – exposição individual
na Sala 2 da Galeria Marilia Razuk, até o dia 16 de dezembro de 2023. A
mostra conta com diferentes linguagens e técnicas utilizadas pela
artista, como vídeos de performances, desenhos e trabalhos realizados em
cerâmica, todos tem como ponto de partida o “rio”. Partindo de
cosmovisões indígenas na América do Sul e na intervenção de projetos
hidroelétricos nos leitos dos rios. A exposição apresenta histórias de
conexão e defesa dos rios, desde o povo Mapuche até as conexões com
povos indígenas da Amazônia.
“A Voz do Rio” apresentará dois vídeos de performance de Seba Calfuqueo,
“TRAY TRAY KO”, realizado em 2022 e “Kowkülen”, realizado em 2020. Ambos abordam questões ligadas a água privatizada no Chile, desde a ditadura Pinochet até os dias atuais, e como isso tem impacto ambiental, político e territorial. Seba Calfuqueo também apresenta desenhos e cerâmicas realizados recentemente, que fazem referência à projetos extrativistas e usinas hidroelétricas que além de provocarem impacto ambiental, desrespeitam as cosmovisões indígenas – que tem por definição, o território como parte de seu próprio corpo.
A exposição individual “A Voz do Rio” acontecerá paralela à 22º Bienal
Sesc_Videobrasil| Especial 40 anos, sob o tema “A Memória é Uma Ilha de
Edição”, na qual Seba Calfuqueo fará parte.
“Meu trabalho é realizado através de instalações, cerâmica, desenho,
fotografia, performance e vídeo, com o objetivo de explorar tanto as
semelhanças quanto as diferenças culturais, bem como os estereótipos que
surgem no cruzamento de formas de pensamento indígenas e globais.”
Declaração de Seba Calfuqueo
Sobre Seba Calfuqueo
Seba Calfuqueo (Ela/Elu, Santiago, Chile, 1991). Artista visual e
curadora, vive e trabalha em Santiago, Chile, é membro do coletivo
Mapuche Rangiñtulewfu e da Revista Yene. Possui graduação e mestrado em Artes Visuais pela Universidade do Chile.
De origem Mapuche, seu trabalho recorre ao seu patrimônio cultural como
ponto de partida para propor uma reflexão crítica sobre o status social,
cultural e político do sujeito Mapuche na sociedade chilena
contemporânea. Seu trabalho inclui instalações, cerâmicas, performances
e vídeos, com o objetivo de explorar as semelhanças e diferenças
culturais entre o cruzamento de formas de pensar indígenas e ocidentais,
bem como seus estereótipos. Seu objetivo também é tornar visíveis as
questões relacionadas ao feminismo e à teoria queer.
Seu trabalho faz parte de importantes coleções como Centre Pompidou
(França), Museo MALBA (Argentina), Museo Thyssen-Bornemisza (Espanha), coleção KADIST (França), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MAC RS (Brasil), Museo Nacional de Bellas Artes (Chile) e MAC (Chile), entre outros. Participou da 34ª Bienal de São Paulo, 12ª Bienal
do Mercosul e 22ª Bienal Paiz (Guatemala).
Seba Calfuqueo recebeu o Prêmio Municipalidad de Santiago em 2017 e o
Prêmio Fundación FAVA em 2018. Em 2021, foi premiada com as Bolsas
Fractal da Eyebeam e, em 2023, pela Fundación Ama Amoedo’a FAARA.
SERVIÇO:
SEBA CALFUQUEO – A VOZ DO RIO
Texto crítico: Jacopo Crivelli Visconti
Exposição: 21.10.23 – 16.12.23
Local: Galeria Marilia Razuk – Sala 2
Rua Jerônimo da Veiga, 62 – Itaim Bibi, São Paulo
Segunda à sexta / 10h30 – 19h
Sábado / 11h-16h
Entrada Gratuita
https://www.galeriamariliarazuk.com.br
www.instagram.com/galeriamariliarazuk/
créditos
mostra: Filipe Berndt / Divulgação
vídeos: Still do filme
Erico Marmiroli
marmiroli comunicação
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