Documentário sobre herança cultural ucraniana estreia nesta quinta-feira nos cinemas

Aldeia Natal. Crédito : GP7

Brasil arcaico, Ucrânia e relações familiares se encontram em novo longa-metragem do diretor Guto Pasko, que tem estreia confirmada em Curitiba, São Paulo e outras capitais

Estreia nesta quinta-feira em circuito nacional o mais novo longa-metragem do diretor paranaense Guto Pasko, o documentário “Aldeia Natal”. Em Curitiba, poderá ser visto no Cine Passeio a partir da quinta-feira (17), além de chegar às telas de outras cidades como São Paulo (no Cine Marquise).

A obra relata uma jornada pessoal iniciada no interior do Paraná e concluída na Ucrânia. Guto Pasko parte de uma situação autobiográfica – a relação distante com os pais e a condição de descendente de imigrantes ucranianos – para montar um panorama sobre questões brasileiras e universais. Relacionamentos familiares, religiosidade, imigração, tradição cultural e a busca pelas raízes dos antepassados são alguns dos temas abordados pelo filme.

No começo do mês, o filme já teve duas  sessões especiais no interior do Paraná, em regiões de forte presença da imigração ucraniana. Dia 3 de agosto foi apresentado em Irati e, no dia 6, em Prudentópolis. Ambas as cidades contam com cinemas de rua.

O documentário foi filmado entre 2018 e 2019, com locações em Queimadas, área rural de Prudentópolis, e na Ucrânia. No país europeu, a equipe esteve na região oeste em novembro de 2019, distante dos territórios invadidos pelos russos, mas algumas das províncias visitadas também foram alvo de bombardeios recentes, como Lviv. A produção é de Andréia Kaláboa e Guto Pasko, sócios da GP7 Cinema.

HISTÓRIA CINEMATOGRÁFICA

Com 98 minutos de duração, o novo filme retrata o retorno do cineasta Guto Pasko a sua “aldeia natal”, a bucólica Queimadas, e a busca por se reconectar com os pais, os irmãos e o legado histórico e cultural dos antepassados – imigrantes que fizeram parte das levas de ucranianos que vieram para o Brasil no final do século XIX. Este processo lento e gradual de reaproximação termina com uma viagem à Ucrânia, onde ele, o pai (João Pasko) e a mãe (Cecília Ternosky Pasko) percorrem aldeias isoladas procurando rastros dos antepassados que emigraram e parentes ainda vivos. Mais do que nomes em antigas lápides ou primos distantes, pelo caminho vão encontrando a união familiar desfeita por conta de discordâncias sobre religião, tradição e costumes.

Uma destas tradições, comum no interior do país até tempos recentes, é a de pagar promessas fazendo com que um dos filhos dedicasse a vida à igreja. No caso da família de Guto Pasko, profundamente religiosa, uma graça foi concedida e o escolhido para retribuir o favor divino foi ele, o mais velho de 11 irmãos. O jovem não aceitou a imposição e aos 11 anos saiu de casa, se mudando para Curitiba. Uma irmã mais nova, de apenas nove anos, foi então enviada para um convento, substituindo-o na promessa.

IDENTIDADE CULTURAL

“Depois de 30 anos de distanciamento de meus pais e irmãos, e já tendo feito outros cinco filmes com temática ligadas à cultura ucraniana, vi que deveria encerrar este ciclo olhando para minha própria família”, conta Pasko. “É também uma busca pela minha própria identidade, ao mesmo tempo que revela um Brasil diferente, construído por aqueles imigrantes que vieram de lugares tão longínquos”.

Prudentópolis tem a maior colônia de descendentes de ucranianos no Brasil – cerca de 80% de sua população de 52 mil habitantes tem antepassados que imigraram daquele país. Por conta do isolamento e da forte religiosidade, a região manteve intactos muitos costumes, como a língua, música, dança e o ritual bizantino utilizado nas missas.

Pasko já dirigiu sete longas-metragens documentais e a série televisiva “Contracapa”, além de dezenas de outros trabalhos. Seu primeiro longa de ficção, “Entrelinhas”, filmado no ano passado, foi selecionado recentemente para a mostra competitiva nacional do festival CINE PE 2023, que acontecerá de 4 a 9 de setembro em Recife.

A estratégia de distribuição da obra conta com a consultoria da Fistaile e adotará ações para expandir a circulação do filme. O planejamento reuniu técnicas de formação de equipe, ativações de marketing locais e ações de impacto. Junto ao lançamento comercial, conciliando objetivos de acesso aos públicos do filme, serão prospectadas e organizadas exibições em escolas e centros culturais, principalmente no interior do Paraná, onde o longa foi filmado.

Serviço: Documentário “Aldeia Natal”

Em circuito nacional a partir desta quinta-feira (17), com apresentações em cidades como Curitiba (no Cine Passeio) e São Paulo (Cine Marquise).

Cine Passeio

Endereço: Rua Riachuelo, 410 – Centro, Curitiba – PR)

Siga: www.cinepasseio.org/

Cine Marquise Paulista

Endereço: Av. Paulista, 2073 – Cerqueira César, São Paulo – SP

Siga: www.cinemarquise.com.br/

Trailer: www.vimeo.com/516808038/8b7cafe00d

Siga: www.instagram.com/aldeianatal_filme/

FC Comunicação | Assessoria de Imprensa

Guilherme | Fabiano | Cauby

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