Exposição “Modernismo Paranaense”, com obras de arte da coleção de João Batista Brotto

Alicia Asconeguy

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e o Escritório de Arte Márcia Aracheski convidam para a exposição “Modernismo Paranaense”, com as obras de arte do colecionador João Batista Brotto. As pinturas estão no Salão Principal do TJPR. Há ainda obras da uruguaia Alicia Asconeguy, expostos no hall da Presidência. O período expositivo segue até 28 de julho, das 10h às 18h, de 2ª a 6ª-feira. A visitação é aberta ao público, mas necessita de cadastramento, por meio do www.marciaaracheski.com.br.

Theodoro De Bona
Luiz Carlos de Andrade Lima
Guido Viaro
Ida Hannemann de Campos

Algumas das obras selecionadas pela curadora da exposição, Márcia Aracheski, da coleção de João Batista Brotto, são assinadas por Ida Hannemann de Campos, Luiz Carlos de Andrade Lima, Theodoro de Bona, Guido Viaro e pela uruguaia Alicia Asconeguy, entre outros artistas. Para Brotto, “é importante dar a oportunidade para que mais pessoas conheçam e apreciem obras de artistas tão importantes da arte paranaense. O TJPR está de parabéns pela iniciativa”.

Texto curatorial

por Márcia Aracheski Curadora, Pesquisadora de Arte e Museóloga

MODERNISMO PARANAENSE

Assim como o movimento modernista brasileiro surgiu com a ruptura ao seu antecessor, no Paraná, ainda que lentamente, o mesmo ocorreu quase duas décadas após o principal evento modernista – A Semana de 22 – que inseriu novas formas de pensar a Arte. Houve, na capital paranaense, além da ruptura natural com o movimento anterior, discussões entre estilos entre os seguidores do “pai da pintura paranaense”, Alfredo Andersen, que almejavam manter a arte clássica das paisagens e naturezas mortas e, os do modernista Guido Viaro, que entendiam a evolução e o movimento da Arte, como tudo se desenvolve na vida.

Os anos transcorrem e vem o pós-modernismo, que abrange a década de 1960 até 2000, onde a Arte Conceitual de Joseph Kosuth e Piero Manzoti conservaram a essência da concepção, do entendimento do objeto artístico. Esta ideia se manteve forte até pouco tempo dando espaço a outros elementos, como, por exemplo, a matéria e o volume, a palavra e forma, entre outros, mas ainda com resquícios do conceito. Até chegar a escultura invisível “Io Sono”, do artista e professor italiano Salvatore Garau, ser comercializada por valor estrondoso. Encerra-se, então, a Arte Conceitual.

Dos anos 2000 até hoje, a Arte Atual busca referência em obras e artistas do passado, igualando-se aos mestres e ultrapassando-os como, por exemplo, o também escultor italiano Jago, que superou o mestre Michelangelo. Aos 36 anos, o artista ganha um museu dedicado à sua obra em Nápoles, na Itália, inaugurado em maio de 2023.

Desta maneira, a importância de expor obras de artistas que contribuíram para a cultura favorece tanto a difusão da arte quanto o incentivo para criação de novos talentos. “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”, já diz Leonardo Da Vinci. Os artistas são tão necessários quanto qualquer outro profissional, pois facilitam a comunicação com formas e cores e traduzem sentimentos em expressões manifestadas com traços e pinceladas.

Serviço:

Exposição: “Modernismo Paranaense”, do colecionador João Batista Brotto

Onde: Salão Principal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Rua Prefeito Rosaldo Gomes Mello Leitão – Centro Cívico

Quando: O período expositivo segue até 28 de julho, das 10h às 18h, de 2ª a 6ª-feira.

A visitação é gratuita, porém necessita de autorização. Acesse www.marciaaracheski.com.br e faça seu cadastro.

Maria Fernanda Gonçalves 

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*