Nena Inoue volta aos palcos curitibanos com temporada gratuita do espetáculo SOBREVIVENTE, sucesso de público e crítica no Festival de Curitiba
Por meio do teatro documental, ao lado de seu filho Pedro Inoue, a premiada atriz, de origem japonesa, reconstrói o caminho de sua historiografia e investiga uma possível ascendência indígena. A temporada acontece no Teatro José Maria Santos, de 06 a 25 de junho, de quarta a domingo
Após estrear com teatro cheio e ingressos esgotados na edição do Festival de Curitiba deste ano, seguida de temporada no Sesc Pinheiros, em São Paulo, a atriz Nena Inoue retorna aos palcos curitibanos com SOBREVIVENTE, seu mais recente trabalho, no Teatro José Maria Santos, entre os dias 08 e 25 de junho, com apresentações de quarta a domingo. Neste trabalho que fala de ancestralidades, Nena Inoue divide o palco com seu filho, o ator Pedro Inoue, sob direção do amazonense Henrique Fontes, que também assina a dramaturgia. A entrada é gratuita e os ingressos são distribuídos com uma hora de antecedência no local.
Nena Inoue reconstrói, por meio do teatro documental, utilizando fotos e documentos, o caminho de sua historiografia. Isso porque, em meados de 2022, a atriz descobriu indícios de uma possível origem indígena além da já conhecida descendência japonesa. Não à toa, seu filho Pedro Inoue, também em cena, contribui para que o processo de investigação sobre as origens de Nena e os apagamentos que marcaram a vida dela e das mulheres da família sejam revelados, revisitados e ressignificados.
Ao reconstruir e narrar a busca pelas suas próprias origens, Nena faz um convite ao público para que façam esse mesmo exercício. Uma análise feita pelo portal Ingresse na Arte durante a temporada do espetáculo em São Paulo, traduz bem a reflexão que a atriz busca com a obra documental: “Você tem fotos de seus bisavós? Conhece a história dos seus antepassados e carrega seus nomes? Se a sua linhagem familiar é europeia, pode ser que sim. Mas se for africana ou indígena? A resposta tende a ser não, uma vez que a história desses povos tem sofrido um apagamento recorrente desde o século 16.”
SOBREVIVENTE repercutiu positivamente entre público e imprensa. “Poucas intérpretes conseguem cativar o público como Nena Inoue (…) Emociona ao mesmo tempo em que levanta reflexões sociais, históricas, de gênero e de luta. Um dom das verdadeiras contadoras de história”, escreveu o jornalista André Nunes para o Blog do Arcanjo.
Sobre a atuação de Nena, o editor do site Deus Ateu, Marcio Tito, escreveu: “Inoue amplia as simbologias da autoficção e realiza na cena um contraditoriamente delicado, sutil, explícito e brutal teatro descomplicado”..
A atriz comenta sobre a experiência de atuar com o filho e a repercussão positiva do que ela chama de experiência compartilhada. “A presença do Pedro não é só como ator, ele também é diretor assistente e ator operador de vídeo e áudio deste trabalho e, através dos recursos digitais, ele constrói em cena a dramaturgia audiovisual deste espetáculo documental, revelando as histórias que quero e preciso trazer à tona”, completa Nena.
O diretor e dramaturgo Henrique Fontes conta sobre a trajetória da peça. “Quando iniciamos o processo criativo, SOBREVIVENTE era uma pesquisa sobre a realidade das mulheres indígenas, todo o processo de violência e apagamento das histórias delas, e isso me levou a criar uma fábula, que seria narrada em primeira pessoa. No meio disso, sentimos a vontade e a necessidade de trazer a própria história da Nena, que também vivenciou o apagamento de uma mulher, sua avó materna, ao que tudo indica, indígena”, afirma Fontes, que é vencedor do Prêmio Shell de Melhor Dramaturgia com o texto “A Invenção do Nordeste”.
A obra é a segunda de uma trilogia idealizada por Nena Inoue com enfoque nas histórias verídicas de mulheres, iniciada em 2018 com o espetáculo “Para Não Morrer”, que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Atriz 2019, no Rio de Janeiro, e que já foi assistida por mais de 40 mil pessoas.
O projeto foi realizado com recursos do programa de apoio e incentivo à cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba e tem como incentivadores a Bosch e o Consórcio Servopa.
Sobre Nena Inoue
Nena Inoue é atriz, diretora e produtora há 40 anos. Trabalhou em mais de 80 espetáculos, dentre eles “O Vampiro e a Polaquinha”, “Murro em Ponta de Faca”, “Mistérios de Curitiba”, e nos projetos “Outras Leituras”, “Leituras da Ditadura”, “Curitiba Urge” e realizou 4 edições do “Curitiba Mostra”, projeto de caráter multiárea (teatro, literatura, música, performance), apresentando trabalhos de jovens artistas da cidade de Curitiba.
Criou o Espaço Cênico em 1997, existente até hoje. De 2006 a 2009, foi Diretora Artística no Teatro Guaíra. Em 2017, estreou seu primeiro solo, “Para Não Morrer”, com sua direção e dramaturgia de Francisco Mallmann a partir da obra “Mulheres”, de Eduardo Galeano e por esta atuação recebeu o Troféu Gralha Azul 2017 e Prêmio Shell/2019 de Melhor Atriz.
SERVIÇO
“SOBREVIVENTE”, com Nena Inoue
08 a 25 de junho – quarta a sábado, às 20h; domingo, às 19h
Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655 – São Francisco)
Entrada gratuita com distribuição de ingressos uma hora antes no próprio teatro
Duração: 70 minutos. Classificação: 12 anos
Teatro documental
Mais informações: www.instagram.com/nenainoue
FICHA TÉCNICA
Idealização e Projeto: Nena Inoue
Dramaturgia e Direção: Henrique Fontes
Atuação: Nena Inoue e Pedro Inoue
Direção de Texto: Babaya
Músicas: Lilian Nakahodo
Cenografia/Figurino/Adereços: Carila Matzenbacher
Iluminação: Marina Arthuzzi
Operação Luz: Vitinho Amaral
Cenotécnico: Nietzsche
Relato Voz Off: Dráusio Galante, João Paulo de Souza
Relato Vídeo: Dulce Cândida de Souza
Costureira: Sandra Francisca Canonico
Fotografia: Maringas Maciel, Humberto Araujo
Vídeos e Registros: Trópico Audiovisual / Igor Marotti
Designer Gráfico: Martin CastroAssessoria de Imprensa e Redes Sociais: Platea Comunicação e Arte
Direção de Produção: Marcos Trindade
Coordenação Geral: Nena Inoue
Captação de Recursos: Meire Abe
Realização: Teatroca e Espaço Cênico
Apoio Cultural: Teatro Guaíra, Padaria América, Baba Salim, O.I.D.E, Quermesse, Novo Café do Teatro
Incentivo: Bosch e Consórcio Servopa.
“Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba”.
Thays Cristine
Assessoria de Imprensa
Platea Comunicação e Arte
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