Fundação Bienal de São Paulo realiza quarto encontro do programa Pavilhão aberto 2022
Próximo evento acontece no sábado, 5 de novembro, e a programação conta com uma conversa entre Benjamin Seroussi, Graziela Kunsch e Luiz Fernando de Almeida, além de jogos para crianças e visitas mediadas pelo edifício histórico; todas as atividades são gratuitas
Sábado, dia 5 de novembro, a partir das 10h, a Fundação Bienal de São Paulo realiza o quarto encontro do programa Pavilhão aberto 2022, que tem como objetivo abrir o histórico Pavilhão Ciccillo Matarazzo, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e localizado dentro do Parque Ibirapuera, para livre circulação do público. O evento oferece uma programação gratuita, com jogos para crianças, visitas guiadas e conversa com convidados. Os visitantes podem também explorar conteúdos sobre a história das Bienais, interagindo com a arquitetura do local por meio de um conjunto de QR Codes distribuídos pelas colunas.
Com o título de O lugar do restauro, o território da arte, o quarto e último encontro do Pavilhão aberto 2022 discute a importância da preservação e da atualização de patrimônios públicos arquitetônicos e como as negociações para sua efetivação perpassam artistas, funcionários, instituições e seus públicos. O tema deste encontro parte da reforma em curso das escadas rolantes do Pavilhão – as primeiras da cidade de São Paulo.
Em 1954, a cidade vivia a efervescência das comemorações de seu quarto centenário. O maquinário, que hoje faz parte do cotidiano urbano, causou alvoroço na época de sua instalação. Após quase sessenta anos de uso, as escadas estão sendo substituídas por novas que atendem aos requisitos contemporâneos – um projeto complexo que vem sendo planejado há dois anos pela equipe da instituição junto a especialistas e órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio.
Confira a programação completa:
Pavilhão aberto
Encontro 4: O lugar do restauro, o território da arte
5 de novembro, sábado
Não é necessário realizar inscrição
11h e 14h: Visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal
Intervenção e preservação: o pavilhão como suporte de obras site-specific nas Bienais de São Paulo
Na visita mediada, realizada pela equipe de Educação da Bienal, será explorada a tendência da arte contemporânea de obras feitas para espaços específicos e sua relação com o Pavilhão da Bienal, além de resgatar histórias de funcionários da Bienal sobre os bastidores e personagens que habitaram o edifício, revelando algumas das especificidades das relações materiais e imateriais que acontecem aqui.
13h30 – 15h30: Ação para crianças com Caravana Lúdica com jogos do mundo
Caravana Lúdica apresenta ao público jogos de diferentes épocas e partes do mundo feitos em madeira reciclável, tecido, tinta e pirógrafo. Crianças, adultos e idosos podem se divertir com jogos africanos, europeus, asiáticos e ameríndios, que colaboram para o desenvolvimento cognitivo e social humano, criando um espaço para a troca de experiências entre diferentes gerações e grupos sociais. Os jogos são indicados a todas as idades acima de sete anos e duram um tempo médio de dez minutos por partida.
16h30: Conversa com Benjamin Seroussi, Graziela Kunsch e Luiz Fernando de Almeida
A complexidade do processo para a substituição das escadas rolantes do Pavilhão Ciccillo Matarazzo instigou a Fundação Bienal a promover uma discussão sobre como decisões acerca do restauro de locais históricos são impactadas pelas vivências nesses territórios. O debate contará com a participação do curador, editor e gestor cultural Benjamin Seroussi, da artista e educadora Graziela Kunsch e do ex-presidente do IPHAN e fundador do Instituto Pedra Luiz Fernando de Almeida, agentes envolvidos no recente restauro crítico da Vila Itororó, em São Paulo, e em ações desenvolvidas nesse espaço. Outro disparador da conversa é uma cadeira da Vila Itororó deixada sob a guarda da Fundação Bienal pela artista Eleonora Fabião após a realização de seu trabalho nós aqui, entre o céu e a terra (2021), na 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto, objeto que representa as relações materiais e imateriais que perpassam as instituições culturais, os patrimônios históricos e seus públicos.
10h – 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Última entrada às 17h30.
Sobre o Pavilhão aberto 2022
A segunda edição do programa Pavilhão aberto acontece de maio a novembro de 2022e é composta por conversas com convidados de perfis diversos, oficinas para crianças, visitas mediadas ao Pavilhão e conteúdos digitais complementares. Este ano, já passaram pelos encontros os seguintes convidados: os arquitetos e curadores Guilherme Wisnik e Louise Lenate Ferreira da Silva, o padre Julio Lancellotti e a artista Carmela Gross.
O Pavilhão aberto 2022 trata de questões relacionadas à preservação, modernização e usos contemporâneos desse patrimônio histórico e arquitetônico. São quatro encontros, divididos em duas partes com enfoques complementares. A primeira, que aconteceu entre maio e julho, partiu do protagonismo do Pavilhão da Bienal na criação de um imaginário de futuro para abordar conflitos contemporâneos que atravessam esse importante eixo cultural da cidade de São Paulo. A segunda, que acontece em novembro, parte da reforma das escadas rolantes do Pavilhão para discutir o lugar do restauro e formas de intervenção da arte no território.
A primeira edição do Pavilhão aberto aconteceu entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, e reuniu ações com os arquitetos Álvaro Razuk, Anna Helena Villela, Lúcio Gomes Machado e o curador Rodrigo Queiroz.
Playlist Pavilhão aberto
Para o Encontro 4 do Pavilhão aberto 2022, a equipe da Fundação Bienal preparou uma seleção de músicas que têm relação com o tema do dia e outras curiosidades. Saiba mais sobre cada faixa e ouça: clique aqui!
Por Erico Marmiroli / NovaPR
Deixe um comentário