ENTREVISTA EDILSON VIRIATO
Edilson Viriato
Foto / Katia Velo
Edilson Viriato em seu Ateliê de Arte “Casa Prata”. Ao fundo, parte dos trabalhos de seus orientandos para confraternização de final de ano. Em suas mãos, Jornal de Piracicaba, sexta-feira dia 09 de novembro 2007, referente a sua premiação no 39o. Salão de Arte Contemporânea de Picacicaba.
Crédito Foto: Katia Velo
“Limites da Paixão” nova exposição do artista paranaense Edilson Viriato – Casa Andrade Muricy (22/11/07).
A Casa Andrade Muricy e o artista plástico Edilson Viriato convidam para a exposição “Limites da Paixão”, abertura oficial dia 22 de novembro, às 19h.
A exposição reunirá fotografias e instalações fotográficas.
Para alguns, Viriato é polêmico, para muitos; profano, e, para poucos sagrado.
Polêmico e profano desde o início da sua carreira, quando escolheu como tema o sagrado e o profano, com o uso de coroas de flores (Bienal), utilização de imagens de Santos (Os Brutos Também Amam) e anjos (“The Hot Angel”).
Sagrado, pois consegue fazer um trabalho de qualidade técnica e plástica, além de alcançar o que qualquer profissional deseja: o reconhecimento profissional no Brasil e exterior. Viriato deseja (às vezes de forma incontrolável) viver e representar isto através dos seus trabalhos.
Viriato encontra sempre uma forma, um suporte, uma cor, enfim, de transformar desejo em arte.
E, mesmo que não se sinta o mesmo que ele, Viriato consegue transportar seus impulsos intrinsecamente pessoais para planos universais.
O paranaense Viriato é um artista que está à frente do seu tempo e, portanto, choca: coisa que comumente acontece a qualquer artista que está um passo adiante, e vê de forma mais ampla e geral.
Portanto, para esta nova exposição “Limites da Paixão”, tratando-se de Viriato, sempre se espera ser surpreendido…
Em entrevista em seu Ateliê de Arte “Casa Prata”, com exclusividade, Viriato fala com Katia Velo sobre este novo trabalho.
Katia Velo. Você sempre trata de assuntos considerados polêmicos em suas exposições, porém nesta nova exposição individual “Limites da Paixão” parece que há um novo processo, talvez mais conservador?
Viriato. Para mim em nenhuma exposição tratei de temas polêmicos, são as pessoas que as rotulam assim. Eu simplesmente trato de coisas que fazem parte da vida, da minha vida, só isto.
KV Quais foram suas principais inspirações para esta exposição?
V Não houve uma inspiração, acredito tratar-se mais de motivações da vida. A vida é viva é tão viva que faz parte da morte…
KV – Embora você seja um artista eclético e até performático a ênfase em suas exposições é geralmente aplicada à pintura. Como ocorreu esta mudança para a fotografia.
V – Na verdade eu sempre utilizei a fotografia, tendo inclusive participado e sido premiado em vários salões como o Salão Paranaense, o Salão de Arte de Santo André e tantos outros… e recentemente no 39º. Salão de Arte Contemporânea em Piracicaba, SP, com fotografia! Além disso, nesta exposição, a fotografia assume várias facetas como foto/escultura, foto/instalação e muita surpresa vêm por ai!
KV – O uso de antíteses bem/mal, anjo/demônio, etc. costumam ser a “matéria prima” para seus trabalhos. Em “Limites da Paixão” você utiliza esta figura de linguagem?
V – Uso, mas não de maneira tão explícita. Há uma sutileza em seu uso, ela está meio camuflada, velada, mais reflexiva… Por exemplo, a paixão é boa ou má?!
KV – Nesta exposição você destaca apenas a paixão sexual, carnal ou há também outros tipos de paixão?
V – Vários tipos, a paixão da vida, pela vida, uma série de aspectos que eu abordo no dia-a-dia.
KV – Você freqüentemente viaja à Europa, principalmente para Colônia na Alemanha. O que o atrai tanto desta cidade? E quais as influências artísticas que podemos observar nesta exposição vindas de lá?
V – 70% (setenta por cento) das fotos foram feitas na Alemanha. Colônia, para mim, representa o “business” da arte. Eu me encanto por esta cidade, pois ela me inspira liberdade, no sentido geral. Em Colônia sinto-me mais eu.
KV – Há limites para a paixão?
V – (Risos) Não!!!!!!!!!!!!
Serviço:
“Limites da Paixão”, fotografias e instalações fotográficas.
Dia 22 de novembro de 2007, às 19h
Casa Andrade Muricy
Alameda Dr. Muricy, 915 – Centro
Curitiba – Paraná – Brasil
Telefone: (41) 3321-4798
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