Livro de médico paranaense reflete sobre a pandemia do Covid-19 e expõe a fragilidade da democracia no Brasil

Em “Pasquim da Pandemia – Saúde e democracia fragilizadas”, Carlos Homero Giacomini, Mestre em Saúde Pública, produz um diário crítico e irônico sobre a evolução do Coronavírus no Brasil em 2020.

 

Pasquim da Pandemia
Crédito: Divulgação

O Brasil alcançou nas últimas semanas o epicentro mundial da pandemia pelo novo Coronavírus. O aumento do número de casos e mortes pela doença é espantoso. Com esta motivação o médico Carlos Homero Giacomini passou a produzir crônicas sobre a pandemia, mesclando os acontecimentos marcantes do país às mudanças em seu próprio cotidiano. Em “Pasquim da Pandemia”, ele não só expõe medos e inseguranças sobre a doença, mas também reflete sobre o momento histórico de instabilidade política que o Brasil vive, e como isso afetou o tratamento da maior crise sanitária da nossa história recente.

 

Tendo trabalhado durante 35 anos como gestor público, na saúde e em outras áreas de governo, Homero traz uma perspectiva particular da pandemia, relatando com franqueza e uma dose de humor os desafios da saúde pública brasileira.

 

A origem do título

 

A palavra Pasquim diz respeito a textos irônicos dirigidos às autoridades vigentes. O termo criado na Roma antiga foi bastante utilizado no Brasil durante a década de 1970 por jornalistas e quadrinistas opositores ao regime militar. Resgatada por Homero, a palavra dá o tom à análise política presente no livro, que tece críticas contundentes às medidas governamentais de combate ao coronavírus e analisa como a pandemia expõe cada vez mais as fragilidades da democracia no país.

 

A situação dos mais vulneráveis

 

O médico e escritor afirma que a pandemia pegou o mundo despreparado. “Muitas coisas já não iam bem e agora ficaram piores, em especial para cerca de 30% dos brasileiros que vivem sob múltiplas carências e que estão morrendo em maior número proporcionalmente”, explica o autor. Ele acrescenta que a falta de união no combate à pandemia impõe seu preço: “é triste ver o país desunido no combate à pandemia, sem ter tido a capacidade de alinhar as forças sociais na mesma missão de salvar vidas e diminuir os efeitos negativos sobre a economia.” Para Homero, a liderança tem peso primordial nesse contexto desafiador e o que foi feito até o momento não basta. “Quem poderia ter assumido o papel de liderança escolheu não fazê-lo, sequer foi solidário, deixando o país perplexo e desorientado. Muitos estão convencidos de que esta fuga às inegáveis responsabilidades de presidente, sobretudo nas horas mais críticas da nação, só pode ser explicada por motivos ainda não claros, que quase ferem de morte nossa frágil democracia, mas que, por obra dela mesma, começam a ser esclarecidos. Vai passar, mas muitos não poderão se orgulhar do papel que desempenharam para isso”, conclui o autor.

O financiamento coletivo

 

“Pasquim da Pandemia” é o quarto livro do médico paranaense. A obra faz parte de um projeto de financiamento coletivo, em que leitores e apoiadores contribuem com um valor e escolhem uma entre as recompensas disponíveis. As colaborações podem ser feitas a partir de R$ 15,00. O livro em formato digital pode ser adquirido por R$ 29,00 e o exemplar impresso autografado por R$ 49,00. A campanha em vigor no site Catarse está disponível até o dia 12/07. Para apoiar, basta se cadastrar no site, escolher o valor da colaboração e a forma de pagamento, que pode ser em cartão de crédito ou boleto bancário.

 

Conheça a campanha em: https://www.catarse.me/pasquim

 

Sobre o autor: Carlos Homero Giacomini é escritor, membro da Academia Brasileira de Administração Pública, médico pediatra, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e mestre em saúde coletiva. Trabalhou por 35 anos como servidor da saúde e gestor de serviços públicos. É autor de “Valor, Talento e Método”, “Os Segredos do Gestor Público de Sucesso” e “Brasileiros, Paixão Itália!”.

 

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*