Conservação da natureza é recompensada com investimento público
Programa de Serviços Ambientais oferece incentivo econômico para a conservação de áreas naturais
Quase 1 milhão de reais do Fundo Estadual de Meio Ambiente foram destinados a vinte propriedades privadas do estado do Paraná nos últimos meses. O valor é referente ao programa de Pagamento por Serviços Ambientais para Reservas Particulares do Patrimônio Natural (PSA/ RPPN), que tem como principal objetivo conceder incentivo econômico a proprietário de imóveis que possuam áreas naturais capazes de fornecer serviços ambientais.
“Os Serviços Ambientais são os serviços prestados a favor da natureza por meio de ecossistemas que sustentam a vida no planeta e beneficiam toda a sociedade, que seria incapaz de fabricar estes serviços por si mesma”, explica a coordenadora do Projeto PSA/RPPN do Instituto Água e Terra, Tereza Hoffman. “Como no Paraná boa parte dessas áreas está em propriedades particulares, é importante incentivar que os proprietários conservem. Nada mais justo, então, do que premiar quem conserva a natureza e gera benefícios para toda a população”, defende ela.
Para participar do programa, cada RPPN teve que passar por uma vistoria e respeitar todos os critérios de elegibilidade previstos em edital, que classificou cada RPPN para priorização da distribuição de recursos. A área com melhor classificação no Paraná foi a Mata do Uru, uma floresta de Araucárias presente no município da Lapa, que foi contemplada com R$ 50 mil, limite máximo do PSA/RPPN definido em Edital.
Iniciativa privada também colabora com PSA
A Mata do Uru foi a primeira RPPN do Brasil a fazer parte do Programa Desmatamento Evitado – antes mesmo de ter esse nome -, organizado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS). O programa é a construção de uma tríplice aliança entre a SPVS, empresas interessadas na causa ambiental e proprietários de reservas naturais bem conservadas. No caso da Uru, o apoio privado é oriundo da Posigraf, gráfica do Grupo Positivo, que ao longo de 16 anos já investiu quase R$ 2 milhões na conservação e manutenção da área e, com esse investimento, consegue minimizar os impactos de emissão de carbono gerados pela empresa.
“O Grupo Positivo entende a conservação da biodiversidade e a sustentabilidade como estratégia de manutenção dos negócios. Entendemos que todas as organizações, independente do tamanho ou do setor de atuação, impactam de alguma forma o meio ambiente, seja pela utilização de matérias primas oriundas da natureza, seja pelo consumo de água, energia, geração de resíduos, gases do efeito estufa, até pela ocupação da área e mudança das atividades do solo”, conta a coordenadora de sistema de gestão no Grupo Positivo, Andréa Arantes. Para ela, a contrapartida é que, ao mesmo tempo que as organizações geram impacto ao meio ambiente, elas também precisam dos serviços fornecidos pela natureza, como regulação do clima e fornecimento de todos os insumos para produção e manutenção dos negócios. “Então, a partir do momento em que começamos a enxergar a conservação da biodiversidade como estratégia, conseguimos entender a ligação direta da conservação da Mata do Uru e de áreas naturais com o nosso negócio”, explica.
Sobre a Posigraf
Há mais de 45 anos no mercado, a Posigraf, gráfica do Grupo Positivo, é uma das maiores gráficas da América Latina. Instalada em uma área de 52 mil m2, a companhia tem representações em todo o Brasil. Seu portfólio de serviços compreende a produção de livros didáticos e publicações especiais, tabloides e materiais promocionais, além de revistas e periódicos.
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