Alunos da rede municipal aprenderão sobre astronomia indígena com realidade virtual, em projeto inédito

Experiência foi desenvolvida pela Uninter e será aberta a comunidade em geral gratuitamente

Óculos Tecnologia
Crédito: Divulgação

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135 alunos do ensino fundamental da rede municipal de Curitiba terão uma experiência inédita em todo o mundo, que resgata o passado, com um olhar para futuro. Nesta sexta-feira (1), 

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elas aprenderão sobre astronomia indígena, com o uso de óculos de realidade virtual, em um projeto desenvolvido pelo Mestrado em Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter. O evento acontece no campus Garcez da instituição de ensino, no centro da cidade.

Ao colocar os futurísticos óculos no rosto, essas crianças e adolescentes enxergarão um planetário virtual e vão entender como os índios fazem a leitura das constelações, da posição do sol e das fases da lua para viver aqui na Terra. “Vemos que todos se interessam pela astronomia, mas poucos têm acesso ao aprendizado do tema. Encontrar uma maneira de facilitar o ensino é a nossa prioridade. Melhor ainda quando conseguimos valorizar a cultura do nosso país”, explica Germano Afonso, professor do mestrado e doutor em astronomia.  O estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio é obrigatório no Brasil.

O projeto será lançado nesta sexta-feira (1/12), em primeira mão para esses estudantes, e depois vai ser aberto gratuitamente para grupos de escolas, turistas e público em geral. As visitas serão guiadas por professores da Uninter e devem ser agendadas com antecedência pelo telefone (41) 2102-4939.

 Vencedores

Os 135 alunos têm um motivo especial para participarem desse momento único. Eles são medalhistas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), eventos organizados pela Agência Brasileira Espacial (AEB), para incentivar o conhecimento astronômico entre as escolas. Mais de 660 mil alunos se inscreveram em todo o país.  Em Curitiba, entre instituições particulares e públicas, 276 crianças e adolescentes foram medalhistas, ou seja, apresentaram um bom desempenho.

Essa conquista é resultado do processo de qualificação do ensino das escolas municipais, que foi fortalecido por meio de um trabalho que começou em 2016, quando a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba (SME) firmou uma parceria com a Uninter para a formação de professores das Práticas de Ciência e Tecnologias da educação integral. Antes disso, o tema foi identificado em um sistema de avaliação municipal como prioritário devido ao menor desempenho dos estudantes no ensino fundamental, dos anos iniciais e finais, em conteúdos que abordam questões sobre Terra e Universo.

Desde então, para reverter essa situação, o mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter oferece formação de astronomia gratuita aos professores da rede municipal, focando no incentivo a metodologias lúdicas de ensino, como o uso de jogos e da tecnologia. Foram abertas 30 vagas em 2016 e 80 vagas em 2017, além de visitas ao Observatório Solar Indígena no campus Divina da Uninter. “Esse convênio foi fundamental para aprofundar conhecimentos científicos de astronomia e trazer mais brilho aos olhos dos professores e estudantes. É uma maneira de contribuir para que o docente reflita sobre sua prática e tenha vontade de fazer diferente”, afirma Kelly Aguiar, representante da educação integral da SME.

O número de medalhistas das provas da Agência Brasileira Espacial (AEB) são prova disso. Em 2015, as escolas municipais de Curitiba tiveram 14 medalhistas. Em 2016, 94. E em 2017, 135 estudantes, que mudaram a forma de olhar para o céu.  ?

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