Exposição ‘Tempo pra quê?’ segue até 12 de dezembro

Crédito: Divulgação

O passar do tempo, a atualidade e o dia a dia podem ser vistos de diferentes maneiras por cada geração. É o que a exposição “Tempo pra quê?” pretende retratar. Em um processo de criação coletiva, artistas de diferentes gerações trazem o olhar do tempo presente, dos diálogos, desafios e expectativas. Cada artista nasceu em um ano diferente: Ieda Iane (1964), Georgete Zelazowski (1966), Georjane Zelazowski (1968), Eduardo Dalazen (1974), Felipe Tosin (1978), Leonardo Mercher (1985), Maria Fernanda Cafarel (1985) e Daniel Derviche Casagrande (1989); e juntos trazem uma exposição cheia de diversidade em 2017. Entre os temas abordados na exposição, estão o papel social da mulher, a cultura do entretenimento e a liberdade de expressão.

Ieda Iane busca apresentar a relação do corpo feminino com as demandas sociais que ainda constrangem a liberdade da mulher, sem se colocar em uma posição de vítima, mas valorizando o fazer artístico e as potencialidades femininas. Georgete Zelazowski fala sobre a cultura industrial, do consumo e acumulação, em que quase sempre ignoram-se as consequências materiais dos atos, trazendo como exemplo as cápsulas de café. Felipe Tosin traz as cores da liberdade de expressão das ruas, os neons que ganham as formas orgânicas dos parques e o paisagismo paranaense para suas obras.

Eduardo Dalazen busca expressar as angústias de uma juventude vivaz mas que encontra grandes desafios para ser ouvida. Para isso, usa o figurativo em abstração. Georjane Zelazowski fala da memória e do núcleo familiar em suas costuras com materiais múltiplos. A artista mostra que o ato repetitivo do cotidiano no espaço privado muitas vezes é desvalorizado, como um fazer menor do que outras atividades produtivas e sociais. Ela usa o desenho como linguagem e explora as linhas, um traço alimentado pela infância com a mãe costureira.

Daniel Casagrande usa a tecnologia para expressar as novas possibilidades da arte, como uma nova linguagem artística que não se limita apenas aos jovens. Ele usa pixelização e sobreposição de monitores e vídeos para inspirar suas pinturas em tela. Maria Fernanda trata do belo no brutalismo das cidades de concreto. Misturando vidro e cimento em esferas suspensas, ela lembra da necessidade do olhar para a beleza na verticalidade das cidades. Com uma variedade de materiais, ela propõe experiências estéticas ao público por meio das cores e figuras reconfortantes e conhecidas e da própria realidade do dia a dia. Leonardo Mercher fala sobre as expectativas que sua geração tem em torno da noite curitibana, sobre a luz neon das baladas que atraem os jovens por consumo de desejos e pertencimento. Para isso, registra as paisagens noturnas da cidade, mostrando uma crítica sobre o encantamento de uma geração.

A exposição está aberta ao público na Biblioteca Central da Universidade Positivo, no câmpus-sede Ecoville, das 8h às 22h30, até o dia 12 de dezembro. A entrada é gratuita.

 

Serviço

Exposição Tempo pra quê?

Onde: Universidade Positivo – Câmpus Ecoville | Biblioteca Central (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Ecoville)

Quando: até 12 de dezembro

Quanto: Entrada gratuita

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