Mesa redonda e lançamento do catálogo Kirchgässner: um modernista solitário serão realizados no MON
O lançamento do catálogo Kirchgässner: um modernista solitário acontecerá no Museu Oscar Niemeyer (MON) na quarta-feira, dia 2 de agosto, às 18h30. Haverá também uma mesa-redonda com Arwed Kirchgässner, Giceli Portela professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Hugo Segawa professor da Universidade de São Paulo (USP), Maria Luiza Piermartiri professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Salvador Gnoato, curador da exposição e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
A mostra, que encerrou no dia 30 de julho, domingo, foi inaugurada em 21 de fevereiro de 2017 e recebeu neste período cerca de 85 mil pessoas. Conta com obras ainda desconhecidas do arquiteto que antecipou o modernismo no Brasil, Frederico Kirchgässner (1899-1988).
Sobre o arquiteto
Kirchgässner nasceu na Alemanha em 1899, vindo para o Brasil pouco tempo depois, em 1909. Instalado em Curitiba, o alemão estudou Artes Plásticas e Arquitetura por correspondência na Architectktur System Karnack-Hachfeld de Potsdam e na Deutche Kunstschule de Berlim. No final da década de 1920, foi para Berlim fazer provas e tirar seu diploma. Lá conheceu Hilda (1902-1999), sua prima, com quem já trocava cartas. Apaixonaram-se, casaram-se e vieram para o Brasil.
Aqui, o arquiteto projetou a casa em que moraria com Hilda, no ano de 1930. Na Rua Jaime Reis, no centro da capital paranaense, a casa de Kirchgässner surpreendeu com a estética modernista que só seria difundida no país nas décadas de 1950 e 1960. A edificação com laje ao invés de telhado, com pórticos no terraço emoldurando a paisagem, seguia a tendência modernista já reconhecida na Europa e Estados Unidos, com Le Corbusier, Ludwig Mies van der Rohe, Alvar Aalto e Frank Lloyd Wright. Em Curitiba, o usual eram as casas com grandes telhados inclinados, herança da colonização europeia.
Para combinar com a vanguarda da casa, Kirchgässner desenhou e produziu móveis de design inovador, criando um mobiliário notável. O arquiteto projetou também a casa de seu irmão, Bernardo Kirchgässner, e um pequeno edifício de apartamentos.
Kirchgässner trabalhou como topógrafo da Prefeitura de Curitiba. Em 1929, desenhou a Planta de Curytiba, com nanquim sobre tecido, e uma série de desenhos da paisagem da cidade. Além da arquitetura, dedicou-se à pintura, e este seu lado artístico também é exposto na mostra.
A exposição foi composta também por obras de Hilda Kirchgässner, que também era artista visual e se dedicava principalmente às aquarelas. Em 1941, Hilda teve seu trabalho reconhecido no I Salão Paranaense de Belas Artes.
Serviço
Lançamento do catálogo Kirchgässner: um modernista solitário
Data: 2 de agosto de 2017
Horário: 18h30
Local: Miniauditório Poty Lazzarotto
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