Dia da Família: escolas reforçam a importância do diálogo e da convivência
O formato de família com pai, mãe e filhos, que representava a quase totalidade das famílias do século passado, já não se encaixa mais no atual modelo nuclear das famílias brasileiras. A mudança foi reconhecida pelo dicionário Houaiss, que redefiniu o significado da palavra família, deixando-o mais próximo da realidade e abrangente: “Núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantêm entre si uma relação solidária”.
Essa transformação nos modelos familiares levou os educadores e as instituições de ensino a repensarem a forma de dialogar e homenagear os membros da família dos alunos. Por isso, o Colégio Positivo optou por comemorar o Dia da Família neste sábado (6), já que a data é lembrada no dia 15 de maio. Este ano, a proposta do evento é explorar os cinco sentidos do corpo humano. Durante o dia, será realizado um circuito de oficinas, relacionado ao tato, olfato, audição, paladar e visão.
Para o diretor-geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann, é um momento para celebrar o afeto, o amor e a união que definem a família, já que a estrutura familiar é a base para o desenvolvimento das crianças. “Por meio do encontro, busca-se ampliar a convivência e cumplicidade entre os alunos, seus pais, avós e demais familiares, oportunizando a troca de experiências e vivências marcantes e divertidas, que ficarão guardadas na memória e serão lembradas na vida adulta”, afirma.
A evolução do modelo familiar
A sociedade brasileira do século passado, tutelada pelo código civil de 1916, trazia uma visão diferente em relação à família, em função do contexto social da época. A família matrimonializada, patriarcal e patrimonialista apresentava distinção entre os membros. As pessoas unidas sem os laços matrimoniais e os filhos nascidos dessas uniões sofriam discriminação.
Com a Constituição Federal de 1988, surgiu um novo conceito de família, denominado eudemonista, que prima pelo afeto entre os integrantes. O crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, no final do século XX, fez com que as famílias passassem de um modelo no qual o número de integrantes era muito grande, para outro nuclear, formado apenas por pai, mãe e filhos. Atualmente, a família pós-nuclear é pluralística, para a qual a forma não importa – e sim o afeto, a cooperação entre seus membros, independente de sexo e de padrões pré-estabelecidos.
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