“Eu vejo assim” retrata sonhos e aventuras de crianças em tratamento
Exposição fica em cartaz de 5 a 29 de abril na galeria InterARTividade, do Pátio Batel.
Uma imagem realmente vale mais que mil palavras no projeto “Eu vejo assim”. Produzido por crianças em tratamento no Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, o trabalho mostra através de imagens os sonhos que tomam conta do universo infantil. A exposição, realizada com incentivo do Ministério da Cultura e com apoio da Montenegro Produções Culturais, ficará aberta de 5 a 29 de abril na Galeria InterARTividade, do Pátio Batel.
De acordo com Carolina Montenegro, produtora e coordenadora geral do projeto, a iniciativa surgiu com o propósito de resgatar o lado lúdico da infância de crianças em tratamento em hospitais. “Nossa proposta era transformar os desenhos das crianças e suas impressões sobre o mundo em produções fotográficas em que elas são os próprios personagens de suas criações”, explica ela.
Carolina revela que a proposta foi inspirada no trabalho do fotógrafo canadense Shawn Van Daele, que em 2014 retratou sonhos de crianças que enfrentam doenças ou passaram por alguma tragédia familiar. “Com a utilização de fotografia, ilustração e arte digital foi possível transformar cenários de sonhos em realidade”, conta.
O resultado da mostra é reflexo do trabalho de um time completo, que durante meses se dedicou ao projeto. Um grupo formado por arte-educadores, jornalistas e fotógrafos passou 30 horas em atividades no Hospital Pequeno Príncipe, trabalhando junto às crianças na produção dos desenhos e registro das suas histórias. Um estúdio também foi instalado dentro do hospital, onde as crianças foram fotografadas em cenas que remetiam aos seus desenhos e histórias. “O trabalho nos mostrou que a criança, ao imaginar um sonho possível, vê a si mesma, vê a sua condição, então, se permite sonhar e acreditar que o sonho pode acontecer”, explica Guilherme Zawa, coordenador de fotografia do projeto.
Na próxima etapa do trabalho entrou em cena o time de ilustradores, fotógrafos e jornalistas para criar suas impressões a partir do trabalho das crianças. Nessa fase foram criados as ilustrações e crônicas individuais para cada produção infantil. Em seguida, um grupo de programadores visuais entrou em campo para animar as ilustrações que serão apresentadas na exposição do projeto.
Tom Lisboa, curador da galeria interARTividade, que abriga a mostra “Eu vejo assim”, ressalta a importância de projetos como este para a sociedade: “A arte é transformadora no desenvolvimento sensível e criativo do ser humano, mas também trata de superação de nossos limites, sejam eles físicos ou intelectuais. Esta exposição é inspiradora em todos esses sentidos”.
Serviço:
Eu vejo assim
Local: Galeria InterAtividade – piso L3 do Pátio Batel – Avenida do Batel, 1868
Data: de 5 a 29 de abril
Horários: de segunda a sábado, das 10hs às 22hs, e aos domingos, das 14hs às 20hs.
Entrada franca
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