HAICAI PARA CRIANÇAS (GRANDES OU PEQUENAS)

SÁBADO, 12.03.2016, 18h

Livrarias Curitiba – Shopping Curitiba

O terceiro volume da série Cores Luminosas traz um tema que está no auge: Suco Verde Poético – Clorofilografias. A autora descobriu que pode ser muito sensível e poético registrar suas gratificantes experiências com sementes, plantas, frutas, legumes e sucos. A regeneração da sua própria saúde e de sua família e plenitude de ser e estar inspiram-lhe um fabuloso tema a ser explorado.

Aline Negosseki Teixeira é pedagoga e escritora de romances, poesia e haicai. Já publicou 15 livros, dos quais vários vieram a constar nas listas “10 mais vendidos” do Amazon, inclusive seu livro infantil que foi traduzido para o inglês, Haiku For Children – Sensespelling.”

A loja fica no Shopping Curitiba, rua Brigadeiro Franco, 2300, Batel, Curitiba-PR.

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Twitter: @LetrasLilases
Depoimento de  Aline:
Comecei a escrever quando ainda era criança e nem havia sido alfabetizada.
Tinha 4 ou 5 anos, folheava gibis que minha mãe me dava, rasgava eles todinhos, de tanto que os amava. Já então eu tinha certeza de que queria escrever um livro. Ganhei um piano de brinquedo e o transformei em “maquininha de escrever”. Encaixava atrás das teclas uma folha de papel e dizia, conta minha mãe, “estou escrevendo um livro”.
E dizia: “Quando crescer vou ser escritora.”
Escrevi meu primeiro livro aos 7 anos. A professora ficou tão empolgada e impressionada, que o pediu emprestado para mostrar para alguém da direção.
Que pena que nunca mais tive notícias dele. Não me esqueço de nada a respeito dele. Se chamava: “A Princesa Pobre”, sobre uma princesa que havia sido roubada por um bandido, e ainda assim o príncipe-herói continuou amando-a. Minha mãe viu e me ajudou a confeccionar uma capa de papel de presente para ele.
Ainda na escola, lá nos primeiros anos do ensino fundamental, eu amava as aulas de redação e ansiava por elas. Quando na hora da leitura, em que todos tímidos se esquivavam, eu lia cheia de alegria as 4 ou 5 páginas que havia escrito em casa. As professoras sorriam, e diziam: “essa gosta de escrever”.
Com 9 para 10 anos encontrei um volume perdido de Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, da Cora Coralina. POr semanas eu não fazia outra coisa que não ler e reler, inclusive em voz altas para as outras crianças da rua em que morava.
Quando adolescente eu já escrevia versos cadenciados e ritmados sobre todos os temas.
Eu amava a biblioteca da escola e lia muito. Sempre amei literatura brasileira e poesia.
Aos 14 anos li A Moreninha e fiquei perdidamente sonhadora com essa obra. Nesse mesmo ano participei de um curso de haicai, quando conheci e me apaixonei por esse estilo. Nessa época tentei escrever meu primeiro romance, mas detestava tudo. Também li Olhai Os Lírios do Campo, do Erico Verissimo e o tema de Eugênio e Olívia me sensibilizou muito.
Aos 15, quando de uma viagem ao Rio de Janeiro, convenci meus pais a me levarem na Ilha de Paquetá. Meu sonho era conhecer esse lugar, onde foi ambientado o romance A Moreninha.
Aos 21, já na faculdade, incentivada pelo meu esposo, escrevendo monografia, iniciei outra vez a escrever um romance. Dessa vez, sem me importar com que os outros poderiam pensar, soltei meu coração e a imaginação. Com memórias vivas dentro de mim do passeio à Ilha de Paquetá, o Palácio Fiscal onde ocorreu O Último Baile do Império, me deu a matéria prima para aos 22 concretizar e finalizar como sempre desejado meu primeiro romance. E histórico!… Como sempre amei.
Junto com o diploma de Pedagogia (outra coisas que eu dizia que seria desde crianças era professora), recebi do Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional do RIo de Janeiro o registro autoral de O Último Baile do Império.
Depois disso, não parei mais de escrever nem por um só dia. Publicar o meu livro parecia uma missão impossível, mas meu esposo fez disso palpável. Já são 15 obras publicadas, inclusive obras para o público infantil e em braille, para os leitores com necessidades especiais.
Hoje, com 30 anos, além de ser mãe que faz de seu trabalho um contexto significativo, sou mediadora de oficinas literárias e palestrante em escolas, faculdades e outras instituições, contadora de histórias, artista plástica e sonhadora de plantão: ver todos os meus livros impressos e correndo o Brasil e além!
Escrever tem sido desde sempre um deslumbramento, algo muito natural, mesmo uma necessidade. É maravilhoso libertar a imaginação e organizar o pensamento, ponderar, investigar. Penso que uma das principais razões que me fazem escrever, desde sempre, é a busca sem fim de respostas para as muitas perguntas da existência humana e a experiência de viver, principalmente no âmbito emocional. Criar personagens e colocá-los, segundo os ímpetos da minha alma sussurram, para experimentarem o amor e a dor também é uma forma de compreender o todo que nos rodeia.
O que, porém, de todas as coisas mais me chama à estupefação em todo esse processo que vive uma escritora, são as amizades e situações quase surreais que trazem para sua vida. A conexão com o outro é inexplicável! Algo que você somente sabe quando vivencia.

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